Sexta, 1 de novembro.

Entre os séculos 15 e 18, o mercantilismo incentivou o acúmulo de riquezas por meio do comércio e da expansão colonial, preparando o caminho para o capitalismo. Esse novo sistema, baseado no acúmulo de capital e no trabalho assalariado, formou a base da economia moderna. Hoje, autores de diversas correntes questionam para onde ele está caminhando. Confira nesta edição.

E mais: por que os japoneses andam alugando companhia masculina por hora, uma prática meditativa de dez minutos diários, como o “dix" virou febre entre adolescentes, filmes interativos para o final de semana. Sextou com o Zat!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min49s

CAPITALISMO REVISITADO

Onde estamos errando, segundo um veterano de Wall Street

“O que deu errado com o capitalismo?” é a pergunta que guia o novo livro do investidor Ruchir Sharma, banqueiro que passou quase toda sua carreira em Wall Street e atual presidente da Rockefeller Capital Management. Sua conclusão: o capitalismo de hoje não atingiu seu verdadeiro potencial.

Sharma cresceu na Índia dos anos 70 e 80, onde predominava uma economia “muito socialista”, segundo o autor, que aponta exemplos como a nacionalização dos bancos. Ele conta que esse contraste com a realidade capitalista que conheceu ao viver em Singapura e, depois, nos Estados Unidos, ajudou a moldar sua visão.

Em What Went Wrong with Capitalism, o autor examina os problemas estruturais do capitalismo atual, destacando o peso dos gastos governamentais e o vício em dívidas, além das intervenções dos bancos centrais, que segundo ele, sustentam empresas “zumbis” e aumentam a desigualdade.

Para o autor, o crescimento do número de bilionários é sintoma dessa “perversão” do sistema, em que o acesso ao financiamento beneficia apenas alguns: "Nas últimas décadas houve uma perversão do capitalismo. Algo está errado quando vemos que as pessoas que mais prosperaram nos últimos 20 anos são as mesmas que têm grande acesso a financiamento".

Ao revisitar períodos históricos como os anos 1920, Sharma defende que o capitalismo teria maior potencial sem intervenções excessivas. Ele sugere que governos poderiam planejar uma abordagem mais ponderada para futuras crises econômicas, evitando o resgate automático de empresas e bancos.

BUSCA PELA PRIVACIDADE

Como o "dix" virou febre na geração Z

Uma nova forma de uso do Instagram conquista os adolescentes brasileiros: o perfil "dix". Também chamada de PVD e off, a tendência, popular entre usuários da geração Z, representa uma versão privada da rede social na qual jovens compartilham momentos mais pessoais longe dos olhos dos pais e familiares.

Na prática, são segundas e terceiras contas que eles só compartilham entre si, diferentemente da conta “oficial”. Nem sempre é sinal de que estão fazendo algo errado, mas alguns aproveitam a privacidade para postar, por exemplo, fotos fumando vape e outros comportamentos que a família reprovaria.

O fenômeno chamou a atenção do Instagram, que desenvolve o "Flipside", versão oficial do conceito. A ferramenta permitirá criar um feed alternativo vinculado à conta principal, atendendo a quem busca mais privacidade em suas interações digitais.

AMIGOS DE ALUGUEL

Japão transforma solidão em negócio com serviço inusitado

Em meio à crescente epidemia de solidão no Japão, um serviço peculiar ganha destaque no mercado: o Ossan Rental, que permite "alugar" companhias masculinas mais velhas por hora.

O serviço cobra cerca de ¥1.000 (R$ 33) por hora, mais despesas com alimentação e transporte. Os "ossans" (tios, em japonês) oferecem diferentes perfis de companheirismo, desde orientação cultural até simplesmente estar presente – caso do renomado Morimoto, que cobra ¥10.000 (R$ 330) por sessão "para não fazer nada".

O negócio reflete uma tendência social no país asiático, onde a busca por conexões humanas tem levado à monetização das relações interpessoais. Segundo Yuichi, profissional do setor, os clientes procuram principalmente conforto emocional, mesmo que seja através de uma relação comercial.

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5 filmes interativos para o final de semana

Você já assistiu algum filme interativo?

Esse formato permite que os espectadores interajam com a narrativa, tomando decisões que afetam o desenrolar da história.

A maioria dos dispositivos mais novos podem ser usados para acessar os conteúdos interativos, incluindo smart TVs, navegadores de Internet, consoles de jogos, smartphones e tablets.

Seguem algumas sugestões da redação:

• Black Mirror: Bandersnatch - Esse filme baseado na série Black Mirror foi elogiado pela forma como explora temas de controle e livre-arbítrio.

• Você Radical. Nessa série para toda a família, Bear Grylls precisa sobreviver e completar missões complicadas nos lugares mais hostis do planeta.

• Jurassic World: Acampamento Jurássico - Aventura Escondida. Uma aventura no mundo de Jurassic Park. Cuidado com o T-Rex!

• Unbreakable Kimmy Schmidt: Kimmy x Reverend: uma comédia interativa sobre Kimmy, que vai se casar, mas antes precisa acabar com o plano maligno do reverendo.

• Choices: Stories You Play: esse jogo de narrativa interativa oferece uma rica coleção de novelas visuais em diversos gêneros, incluindo romance, fantasia e horror.

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