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Edição de 02/06/2025
Segunda, 2 de junho.
O conceito de mineração urbana ganha relevância diante do aumento no volume de lixo eletrônico no mundo. Trata-se de uma estratégia essencial para enfrentar os impactos ambientais e econômicos gerados pelos 82 milhões de toneladas de e-lixo previstos até 2030. Confira nesta edição!
E mais: o único país que alimenta sua população sem depender de ninguém, bebidas psicoativas fazem sucesso nos EUA, o retorno ao presencial ainda divide empresas e profissionais. Começando a semana com o Zat!
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🕑 Tempo de leitura da edição: 5min41s
MINERAÇÃO URBANA
Como o lixo eletrônico virou nova fronteira de disputa por matérias-primas

Foto: iStock
O avanço acelerado da tecnologia traz um problema crescente: o aumento do lixo eletrônico. Smartphones, notebooks, fones, cabos e baterias se acumulam nas gavetas, aguardando um destino. A ONU alerta que a geração global de e-lixo cresce cinco vezes mais rápido do que sua reciclagem. Em 2022, o mundo produziu 62 milhões de toneladas desse tipo de resíduo — um salto de 82% em relação a 2010.
No Brasil, o cenário é ainda mais desafiador. Somos o maior gerador de resíduos eletrônicos da América do Sul, com 2,4 milhões de toneladas em 2022. Porém, apenas 3,3% desse total foram reciclados formalmente.
A chamada “mineração urbana” — prática de extrair matérias-primas de produtos descartados — surge como solução estratégica. A ideia é simples: recuperar metais e materiais valiosos de aparelhos eletrônicos fora de uso, reduzindo a necessidade de explorar recursos naturais. Esses resíduos escondem materiais como cobre, lítio, cobalto e metais raros, fundamentais para indústrias de tecnologia e energia. No entanto, os custos de extração ainda são altos, o que dificulta a competitividade frente às matérias-primas virgens.
Na Europa, a mineração urbana já faz parte da política industrial. Com cerca de 700 milhões de smartphones antigos armazenados em gavetas, a União Europeia (UE) busca reduzir a dependência de importações de matérias-primas consideradas críticas e estratégicas, como lítio, cobalto e terras raras. Atualmente, apenas 1% desses insumos são reciclados internamente. Com a Lei das Matérias-Primas Críticas, aprovada em 2024, a meta é elevar esse índice a 25% até 2030.
A UE já opera com 2.700 instalações especializadas em reciclagem e aposta em uma transição para a economia circular como resposta à pressão por recursos para tecnologias digitais e verdes. O esforço ainda enfrenta barreiras, como a rentabilidade da extração e o fenômeno da "hibernação eletrônica" — aparelhos guardados por medo de vazamento de dados.
Panorama 🌎
🇺🇸 Alerta dos EUA sobre o Brasil gera resposta firme da Embratur.
Estados Unidos listaram áreas do Brasil como perigosas, incluindo cidades do DF. Embratur rebateu, disse que o país vive boom no turismo e criticou a visão "alarmista". Governo local também se manifestou e convidou americanos a conhecerem as regiões pessoalmente.
💸 Fraudes no INSS chegam ao STF após PF envolver deputados e senadores.
A Polícia Federal confirmou a presença de parlamentares no esquema bilionário de fraudes na Previdência. Parte das investigações será enviada ao Supremo, ampliando a gravidade do caso. O Planalto tenta se distanciar, enquanto a oposição articula reação no Congresso.
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IOF: veja o que mudou e o que segue em vigor em meio à pressão do Congresso.
Governo Trump propõe cortar 50% do orçamento da NASA e ameaça missões climáticas e científicas.
Poloneses escolhem novo presidente em segundo turno apertado.
AUTOSSUFICIÊNCIA ALIMENTAR
O único país que alimenta sua população sem depender de ninguém

Imagem: Pexels
Apenas a Guiana, país sul-americano com cerca de 800 mil habitantes, é capaz de produzir localmente todos os sete grupos nutricionais necessários para alimentar sua população, segundo estudo publicado na revista Nature Food. A pesquisa, conduzida pela Universidade de Goettingen (Alemanha) e pela Universidade de Edinburgh (Reino Unido), analisou 185 países e regiões, com foco em frutas, vegetais, carnes, laticínios, peixes, proteínas vegetais e alimentos ricos em amido.
O levantamento indica que quase todas as nações dependem de importações para garantir uma dieta equilibrada. O Brasil, por exemplo, não é autossuficiente em vegetais e peixes. Em contrapartida, 65% das regiões analisadas produzem carne e laticínios em excesso.
Especialistas alertam que, embora o comércio internacional seja eficiente, baixa autossuficiência reduz a resiliência diante de crises como guerras e pandemias, que impactam cadeias globais de abastecimento.
DIRETO DA REDAÇÃO
Queremos te ouvir!

Imagem: Giphy
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ASSUNTO
PARA O ALMOÇO 💬
No frio, nosso corpo faz mais xixi por causa de um mecanismo chamado diurese por frio. Funciona assim: quando a temperatura baixa, os vasos sanguíneos da pele se contraem para conservar calor. Isso faz o sangue se concentrar mais na parte central do corpo.
O organismo percebe esse aumento no volume sanguíneo como um “excesso de líquido” e, para equilibrar, os rins aceleram a produção de urina. Resultado: mais idas ao banheiro.
É o corpo economizando calor... e gastando água!
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O QUE MAIS
TÁ ROLANDO? 👀

🍹 Bebidas com o principal composto psicoativo da maconha viram febre nos EUA e desafiam mercado de cerveja. Graças a uma brecha legal, marcas estão vendendo bebidas psicoativas com THC em lojas comuns. Cervejarias artesanais agora enfrentam dilema entre aderir ou resistir a essa nova onda — que promete movimentar bilhões até 2028.
ECONOMIA E NEGÓCIOS
📉 Juros devem seguir em 14,75% até 2026, dizem analistas. Alta do IOF e economia aquecida levam mercado a apostar que o Banco Central vai manter a Selic no atual patamar por mais tempo. Cortes só são esperados a partir do 1º trimestre de 2026, com risco fiscal pesando nas decisões.
📱 Marca líder da China começa a vender celulares no Brasil. A Jovi inicia as vendas dos modelos V50 5G e V50 Lite 5G, fabricados na Zona Franca de Manaus. Com parceria da Zeiss e foco em fotografia e IA, a marca aposta forte no mercado nacional.
ESPORTE
🚨 Título histórico do PSG termina em tragédia na França. Durante as comemorações pela conquista da Champions, houve 3 mortes, 192 feridos e mais de 500 detenções. Um policial está em coma após ser atingido por fogo de artifício. O PSG e autoridades condenaram os atos violentos.
SAÚDE, CIÊNCIA E EDUCAÇÃO
🎓 Fies enfrenta recorde de inadimplência e baixa procura; MEC promete mudanças. Com 61,5% dos contratos em atraso e menos da metade das vagas preenchidas, o Fies vive crise. Governo quer reestruturar o programa, focar em áreas com mais empregos e facilitar o pagamento conforme a renda.
🧠 Maus-tratos na infância afetam área crucial do cérebro. Pesquisa da USP mostra que experiências de violência e negligência prejudicam o hipocampo, região ligada à memória, aprendizagem e regulação emocional. O estudo reforça como traumas afetam o desenvolvimento neurológico de crianças e adolescentes — e alerta para os efeitos de longo prazo.
ETCETERA
😌 A importância de descansar sem culpa. Na cultura da produtividade, muitos associam descanso à preguiça, mas a ciência é clara: pausar é vital e é muito diferente de procrastinar. Psicólogos explicam que o descanso consciente melhora foco, criatividade e saúde mental. Confira.
🍟 Uma dica do TikTok sugere que refrigerante de cola e batata frita ajudam na enxaqueca. Especialistas explicam: cafeína, sal e açúcar podem aliviar sintomas em alguns casos, mas não substituem tratamento médico — e o excesso pode até piorar. Então, cautela!
🏘️ Cidade no Paraguai vive impasse após compra por seita sul-coreana. Puerto Casado, no norte do Paraguai, foi comprada pela seita Moon em 2000. Desde então, moradores lutam por títulos de propriedade, vivendo entre promessas, disputas judiciais e abandono estatal. A falta de posse da terra impede acesso a crédito, desenvolvimento e até universidades.
CLICKBAIT
🏢 Ranking revela quais são as capitais com maior qualidade de vida, veja!
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TRABALHO E FUTURO
O retorno ao presencial ainda divide empresas e profissionais

Imagem: Giphy
O avanço do trabalho remoto durante a pandemia consolidou novas expectativas nas relações profissionais. Segundo pesquisa da consultoria Robert Half, 87% dos profissionais desejam modelos híbridos ou totalmente remotos. No entanto, a exigência crescente de retorno ao presencial tem gerado atritos nas empresas.
Estudos apontam que mudanças unilaterais nas condições de trabalho podem ser interpretadas como quebra do chamado “contrato psicológico” — um acordo informal baseado em confiança, reciprocidade e equilíbrio entre entregas e condições oferecidas. A consultoria Gallup destaca que empresas que oferecem flexibilidade registram 43% menos rotatividade voluntária.
Especialistas alertam que o retorno forçado impacta diretamente indicadores como produtividade, satisfação e retenção de talentos. A falta de alinhamento nas expectativas pode gerar aumento no número de pedidos de demissão e queda no engajamento. Além disso, pesquisas mostram que 55% dos profissionais não aceitariam propostas que exigissem 100% de presencialidade.
Diante desse cenário, analistas reforçam que o debate sobre modelos de trabalho não se limita à localização física, mas reflete transformações profundas nas dinâmicas organizacionais e nas prioridades dos profissionais.
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