Segunda, 2 de setembro.

Liberdade de expressão versus controle judicial, impacto na rotina digital, a complexa relação entre o judiciário e as big techs, a figura controversa de Elon Musk, amado por uns e detestado por outros: não é à toa que o bloqueio do X no Brasil foi o assunto do final de semana. Hoje os ministros do STF se reúnem para avaliar a decisão. Aguardemos os próximos capítulos.

E mais: os números do mercado editorial no Brasil, novidade nos tratamentos cardíacos, a vitória histórica de Bia Haddad no tênis. Segundou com o Zat!

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CRISE E DESAFIOS

Mercado editorial brasileiro busca recuperação

O mercado editorial brasileiro está em crise. Com perda de 43% no faturamento nos últimos 18 anos, o setor enfrenta o desafio de se adaptar rapidamente às mudanças no comportamento dos consumidores.

Além disso, o preço médio dos livros vem sofrendo uma desvalorização (cerca de 30% nos últimos 17 anos).

Para tracionar as vendas e reverter esse cenário, uma estratégia adotadas pelas editoras brasileiras foi diversificar os canais de venda — mas sem abandonar os tradicionais, como as livrarias físicas.

Apesar disso, o crescimento do conteúdo digital é indiscutível. Nos últimos cinco anos, esse mercado cresceu em 158%, representando 8% do faturamento das editoras em 2023.

Olhando para frente

A pergunta que fica é se o setor vai se recuperar com essas estratégias. Na prática, a resposta ainda é incerta. O único que poderia dar uma resposta definitiva é o próprio mercado, que ainda se mostra volátil e em transformação.

Quanto ao futuro do livro, o cenário é ainda mais incerto. Muitos esperavam que o livro físico pudesse desaparecer. No entanto, ele ainda resiste — e pode continuar relevante por muito tempo.

SAÚDE DO CORAÇÃO

Tratamento cardíaco entra na era da inteligência artificial

A angioplastia, reconhecida como o padrão-ouro no tratamento de artérias coronárias obstruídas, entra em uma nova fase com a inteligência artificial (IA), trazendo avanços significativos no combate à maior causa de mortes no mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os problemas cardiovasculares são responsáveis por cerca de 17,9 milhões de óbitos anuais. No Brasil, são 400 mil mortes por ano, e 50% das pessoas que sofrem infarto não chegam ao hospital a tempo.

A evolução tecnológica transformou a angioplastia, que inicialmente exigia cirurgias invasivas como a ponte de safena, em um procedimento minimamente invasivo que permite a alta hospitalar no mesmo dia. O uso de stents (pequenos dispositivos tubulares) revestidos com medicamentos foi um marco na redução do reentupimento das artérias. 

Agora, a IA promete um novo salto ao personalizar o tratamento, ajudando na escolha do modelo ideal de stent para cada paciente e guiando os médicos durante o procedimento para aumentar sua precisão.

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HUMOR E EMOÇÕES

Cuidado: reclamar demais faz mal para o cérebro

Reclamar é uma forma de extravasar emoções, mas reclamar frequentemente ou ser exposto a reclamações de outras pessoas, além de prejudicar o humor, faz mal para o funcionamento do cérebro.

É o que mostrou este estudo da Universidade de Stanford, que revelou que 30 minutos de reclamações diárias podem danificar os neurônios do hipocampo, a parte responsável pelo funcionamento cognitivo e por resolver problemas.

Já cultivar pensamentos positivos pode até prolongar a vida. Porém, vale observar o seguinte: o hábito de repetir frases felizes como se fossem mantras pode tanto melhorar quanto piorar o humor.

Se o seu humor estiver mais para neutro, provavelmente você se sentirá melhor. Mas, se estiver triste, repetir frases positivas pode fazer com que você se sinta ainda pior. A teoria por trás disso se baseia na discrepância cognitiva: se a afirmação positiva contradiz fortemente a autopercepção da pessoa, ela pode gerar um conflito interno, aumentando o desconforto em vez de aliviá-lo.

Então, da próxima vez que sentir vontade de reclamar, em vez de ficar repetindo coisas boas, tente não engajar na reclamação, refletir racionalmente sobre o assunto ou apenas mudar o foco.

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