Terça, 02 de setembro.

Estudos recentes revelam uma mudança preocupante: o chamado “pico da infelicidade”, antes associado à meia-idade, agora começa já na juventude. Pesquisadores apontam que jovens vivem com saúde mental fragilizada, que tende apenas a se manter ruim ao longo da vida adulta. Confira.

E mais: energia solar lidera explosão de empregos na próxima década, cantor francês viraliza com clássicos brasileiros, o que a ciência descobriu sobre a monogamia. Vem com o Zat!

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SAÚDE MENTAL

“Pico da infelicidade” desaparece: jovens já começam a vida adulta deprimidos

O fenômeno conhecido como "pico da infelicidade" deixou de existir globalmente, segundo nova pesquisa científica. A análise examinou dados de mais de 10 milhões de americanos coletados pelos Centros de Controle e Prevenção (CDC), órgão oficial de saúde dos EUA, entre 1993 e 2024, além de 30 mil domicílios britânicos (2009-2023) e quase 2 milhões de pessoas de 44 países no estudo Global Minds (2020-2025).

Tradicionalmente, a saúde mental seguia um padrão em formato de "U": começava bem na juventude, deteriorava até os 50 anos e melhorava na velhice. Os resultados mostram uma mudança drástica: jovens já iniciam a vida adulta com saúde mental debilitada, que apenas se mantém em patamares ruins ao longo dos anos. Não há mais a recuperação histórica após os 50 anos.

"O mal-estar mental é maior entre os jovens e diminui com a idade. Essa é uma mudança enorme", destacam os pesquisadores. Entre as possíveis causas estão os impactos da Grande Recessão de 2008, serviços de saúde mental subfinanciados, Covid-19 e o aumento do uso de redes sociais.

A descoberta sinaliza uma crise global de saúde mental juvenil que demanda atenção urgente de formuladores de políticas públicas.

MERCADO DE TRABALHO

Energia solar lidera explosão de empregos na próxima década

A energia solar será o setor com maior crescimento percentual nos próximos dez anos, com expansão de 180,2%, segundo dados do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos (BLS), órgão oficial que monitora o mercado de trabalho americano. O levantamento, divulgado em 28 de agosto, revela que as energias renováveis dominarão o ranking de crescimento industrial.

A energia eólica aparece em segundo lugar com 81,4% de expansão, seguida pela geotérmica (41,4%). Juntos, esses setores devem gerar aproximadamente 41.600 novos empregos na próxima década.

Porém, o maior volume absoluto de vagas estará nos serviços para idosos e pessoas com deficiência, que deve criar 528.500 novos postos de trabalho, impulsionado pela demanda crescente por cuidados domiciliares. Esse número é dez vezes superior à soma de todas as vagas em energia renovável.

Na área da saúde, destacam se também os consultórios de fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e audiologia, com previsão de 114.800 novas vagas. Os dados americanos servem como referência para tendências globais do mercado de trabalho.

VERSÃO À FRANCESA

Cantor francês viraliza com clássicos brasileiros

Aymeric Frerejean, pianista e cantor parisiense de 48 anos, conquistou as redes sociais ao traduzir clássicos da música brasileira para o francês. Apaixonado pelo Brasil desde que se casou com uma brasileira, Aymeric viralizou com versões de hits como Evidências (Chitãozinho & Xororó) e Anunciação (Alceu Valença).

“Minha versão de Evidências foi repostada pela dupla e ficou cada vez mais conhecida. ‘Anunciação’ viralizou. Começaram a me parar na rua, no shopping”, conta ele, que já adaptou mais de 30 sucessos, incluindo Detalhes, Asa Branca e Carinhoso. Seu método vai além da tradução literal: ele analisa letra, melodia, harmonia e expressões idiomáticas, respeitando o sentido original e adaptando rimas e ritmo para soar natural em francês.

Todo domingo, Aymeric realiza uma live para apresentar suas versões, detalhando o processo de adaptação e interagindo com fãs. Seu público é majoritariamente formado por estudantes de francês e mulheres apaixonadas por músicas românticas.

Antes de se dedicar à música, Aymeric trabalhou em indústria farmacêutica e tocou em cabarés parisienses, onde conheceu sua esposa. Hoje, o francês que veio cantar o Brasil já se apresentou em cidades como Rio de Janeiro, Curitiba e Salvador, e conquistou o reconhecimento da própria dupla sertaneja de Evidências, que elogiou sua interpretação.

Para Aymeric, cada versão é uma homenagem sincera: unir jazz, bossa nova e samba à suavidade da língua francesa é a sua maneira de traduzir a paixão pela música brasileira.

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MONOGAMIA É NATURAL?

O que a ciência descobriu sobre nossos instintos

Pesquisas com primatas revelam que nossos ancestrais praticavam acasalamento múltiplo, similar aos chimpanzés e bonobos atuais.

Kit Opie, biólogo evolutivo da Universidade de Bristol (Reino Unido), explica que a mudança climática na África subsaariana forçou grupos humanos a se tornarem maiores para proteção contra predadores. Com cérebros maiores e períodos de lactação estendidos, as fêmeas precisaram da ajuda de parceiros específicos para criar a prole.

Estudos neurológicos com arganaz-das-pradarias mostram que a oxitocina (hormônio do vínculo) e dopamina regulam a atração e o comprometimento. Já a antropóloga Katie Starkweather, da Universidade de Illinois Chicago, documentou mais de 50 casos de poliandria (mulher com múltiplos maridos) globalmente.

A conclusão científica é clara: humanos evoluíram para serem flexíveis nos arranjos de relacionamento, adaptando-se conforme circunstâncias sociais e ambientais. Assim, a monogamia humana não é um impulso natural, mas uma estratégia evolutiva de sobrevivência que surgiu há cerca de 2 milhões de anos.

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