Quinta, 3 de abril.

O estresse é apontado como principal desencadeador do bruxismo, condição que, em algum grau, afeta 40% dos brasileiros. Ansiedade, noites mal dormidas e uso excessivo de telas também influenciam. Entre os sintomas menos conhecidos, estão dores de cabeça frequentes, sensibilidade dentária, estalos na mandíbula e dificuldade para dormir. Confira nesta edição.

E mais: maior escolaridade feminina é o novo fenômeno dos casamentos, farmacêuticas e grandes marcas ampliam disputa no mercado de dermocosméticos, como ser gentil pode aumentar o seu bem-estar. Vem com a gente!

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DISPARIDADE EDUCACIONAL

O novo fenômeno dos casamentos

Contrariando padrões históricos, as mulheres com formação superior estão se casando com homens menos escolarizados que elas, fenômeno chamado de hipogamia pelos especialistas em demografia.

Nos EUA, em 2020, 62% dos casamentos heterossexuais com disparidade educacional tinham a mulher como a parte mais escolarizada – um salto significativo comparado aos 39% registrados em 1980.

A transformação é ainda mais evidente quando analisada por gerações. Entre norte-americanos nascidos em 1930, apenas 2,3% formaram casais onde a mulher tinha diploma universitário e o homem não. Para a geração nascida em 1980, esse número quadruplicou para 9,6%.

A hipogamia feminina tem se tornado mais comum globalmente, refletindo o avanço educacional das mulheres. Nos EUA, cerca de 1,6 milhão mais mulheres que homens estão matriculadas em universidades atualmente.

Pesquisadores apontam que esse fenômeno não resulta necessariamente de mudanças nas preferências, mas de ajustes à realidade demográfica. As taxas de casamento entre mulheres com ensino superior permanecem estáveis, sugerindo que, sem homens igualmente escolarizados disponíveis, elas estão se adaptando.

Apesar da disparidade educacional, estudos indicam que, na maioria desses relacionamentos, os homens ainda são os principais provedores financeiros, mesmo com menos escolaridade. Mulheres com formação superior tendem a escolher homens sem diploma que estão entre os mais bem remunerados de seu grupo educacional.

CREMES POTENTES

Farmacêuticas e grandes marcas ampliam disputa no mercado de dermocosméticos

O mercado de dermocosméticos no Brasil movimentou R$ 6,89 bilhões em 2024 e segue em expansão, impulsionado por inovação, fusões e aquisições. Grandes farmacêuticas e marcas de beleza apostam em produtos mais sofisticados para conquistar consumidores e dermatologistas.

A Eurofarma recentemente adquiriu 60% da Dermage, ampliando sua participação nesse nicho. A Cimed, por sua vez, aposta na marca Milimetric, focada em estética profissional e produtos de skincare acessíveis. Já a Aché se consolidou no segmento premium com a linha Profuse.

Entre as empresas de cosméticos, a Natura &Co relançou a linha Chronos como Chronos Derma, com produtos testados clinicamente, e a Monange expandiu seu portfólio para cuidados faciais, refletindo a tendência de “premiunização” no setor.

Apesar do crescimento, a categoria não é regulamentada pela Anvisa como um segmento específico. No mercado, são considerados dermocosméticos aqueles com estudos dermatológicos mais robustos, composição diferenciada e ação mais profunda que os cosméticos comuns.

Com previsão de alcançar US$ 3,53 bilhões até 2028, o setor segue competitivo, com marcas tradicionais como La Roche-Posay, Vichy e CeraVe disputando espaço com empresas brasileiras em uma corrida pela inovação e preferência dos consumidores.

SAÚDE BUCAL

Bruxismo afeta 40% dos brasileiros

O hábito involuntário de apertar e ranger os dentes atinge cerca de 30% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, esse número é ainda maior, chegando a 40% dos adultos.

Contrariando o senso comum, o bruxismo não ocorre apenas durante o sono. O chamado "bruxismo em vigília" pode acontecer quando a pessoa está estressada, ansiosa ou concentrada em alguma atividade diurna.

A condição pode ser controlada com placas de proteção, aplicações de toxina botulínica nos músculos da mastigação e correção da mordida. Especialistas recomendam ainda redução do estresse, atividade física regular e diminuição do uso de telas antes de dormir.

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CIÊNCIA DO BEM-ESTAR

Como ser gentil pode transformar sua vida

Pode ser algo simples, como convidar um amigo para um café ou ajudar um colega no trabalho. Mas esses atos intencionais de bondade vão além do altruísmo: pesquisas indicam que a gentileza fortalece a saúde física e mental, reduzindo o estresse, melhorando o humor e aumentando a sensação de conexão social.

A gentileza pode até diminuir a pressão arterial e prolongar a vida, especialmente quando incorporada à rotina.

Tyler VanderWeele, pesquisador da Universidade de Harvard, explica que ser genuinamente bondoso e gentil significa buscar maneiras de contribuir para a vida dos outros em todas as interações.

Para quem quer cultivar esse hábito, o pesquisador sugere um exercício: escolher um dia da semana para realizar cinco atos gentis, repetindo isso por seis semanas.

No fim das contas, ser gentil não transforma apenas os outros — transforma também quem pratica.

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