Quarta, 03 de setembro.

Um e-mail seco, uma grosseria jogada no corredor, e a energia de uma equipe pode despencar. A incivilidade custa bilhões às empresas americanas, mas custa ainda mais em confiança, motivação e humanidade. No seu ambiente, o respeito ou os ruídos dão o tom?

E mais: STF inicia julgamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe, A Mulher da Casa Abandonada ganha documentário com depoimento inédito, como vivenciamos sentimentos contraditórios. Vem com o Zat!

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MAL-ESTAR NO TRABALHO

Grosseria no ambiente corporativo custa US$ 2,1 bilhão por dia às empresas americanas

Um novo levantamento da Society for Human Resource Management (SHRM) estima que a falta de civilidade no ambiente de trabalho esteja custando às empresas americanas cerca de US$ 2,1 bilhões por dia em produtividade perdida. Atos de grosseria, como e-mails ríspidos, respostas curtas e interações desrespeitosas, têm levado a quedas de desempenho, maior absenteísmo (faltas ou ausências recorrentes no trabalho) e impacto direto nos resultados financeiros.

Segundo o Índice de Civilidade da SHRM, trabalhadores nos EUA vivenciam coletivamente 208 milhões de episódios de incivilidade diariamente, número que cresceu durante a eleição de 2024 e se mantém em patamares elevados. A organização aponta que tensões sociopolíticas, o estresse pós-pandemia e a chamada “coragem digital” — a sensação de liberdade para dizer online o que não se diria pessoalmente — são fatores que alimentam esse ambiente hostil.

Além da perda financeira, a pesquisa indica reflexos no bem-estar dos funcionários: locais marcados por incivilidade apresentam menor segurança psicológica, menor coesão entre equipes e piores indicadores de inclusão e diversidade.

Para a SHRM, a saída está em investir em cultura organizacional clara e liderança exemplar. CEOs e gestores que estabelecem padrões de respeito e incentivam a escuta ativa conseguem melhorar tanto o clima interno quanto a produtividade.

ENTRETENIMENTO

A Mulher da Casa Abandonada ganha documentário com depoimento inédito

Estreia em setembro, na Amazon Prime, a minissérie documental A Mulher da Casa Abandonada, desdobramento do podcast homônimo criado pelo jornalista Chico Felitti. Dividida em três episódios e com direção geral de Kátia Lund, de Cidade de Deus, a produção traz fatos inéditos e o primeiro depoimento público de Hilda dos Santos, vítima mantida por quase 20 anos em condições análogas à escravidão nos Estados Unidos por Margarida e René Bonetti.

Lançado em 2022, o podcast tornou-se um fenômeno cultural, ultrapassando 7 milhões de downloads e figurando entre os mais ouvidos do Brasil.

O caso ganhou destaque após a descoberta do casarão em ruínas de Higienópolis, bairro nobre em São Paulo, revelando a trajetória de Margarida, que viveu como foragida do FBI após fugir do julgamento nos EUA. Seu marido cumpriu seis anos de prisão, enquanto ela permaneceu protegida no Brasil, onde o crime prescreveu em 2018.

CONTEÚDO DE MARCA

O quanto você realmente escuta o seu cliente?

O comportamento do consumidor evoluiu. E rápido! Estudos de referência, como os da McKinsey e da Qualtrics, apontam que os métodos tradicionais de feedback e previsão já não dão conta. Formulários intermináveis cansam, e a voz das pessoas pede novas formas de escuta — ou talvez, um retorno ao essencial: simplesmente ouvir com intenção.

Muitas empresas já buscam compreender melhor consumidores, potenciais clientes e parceiros. E esta é a nossa missão diária: transformar vozes em insights estratégicos para gestão e posicionamento de marca. Por meio de entrevistas em profundidade, grupos focais e estudos detalhados, revelamos percepções, tensões e oportunidades que vão além dos números e de comentários ocasionais nos canais digitais.

Unimos técnica e sensibilidade para interpretar o que realmente importa.

Marcas que buscam clareza e relevância encontram na Essence uma parceira para transformar vozes em fundamento estratégico.

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MENTE E EMOÇÕES

Como vivenciamos sentimentos contraditórios

Acontecimentos importantes, como ver um filho sair de casa para morar sozinho, costumam trazer sentimentos contraditórios: orgulho e alegria, mas também tristeza e incerteza. Isso levanta uma questão curiosa: será possível sentir emoções opostas ao mesmo tempo?

Durante muito tempo, a ciência acreditou que não — que alternamos rapidamente entre um estado positivo e outro negativo. Mas pesquisas recentes em neurociência sugerem que a realidade é mais complexa.

Experimentos com ressonância magnética mostram que regiões mais profundas do cérebro, como as amígdalas, reagem a emoções de forma separada. Já áreas corticais, como o córtex cingulado anterior e o córtex pré-frontal ventromedial, parecem integrar informações e permitir experiências emocionais mistas.

Ou seja, é nessas regiões associadas a conflitos e autorregulação que surge a capacidade de sentir tristeza e alegria de forma simultânea. Curiosamente, as crianças só começam a relatar emoções contraditórias no fim da infância — período em que essas áreas cerebrais amadurecem.

Compreender melhor como o cérebro processa tais sentimentos pode ajudar a transformar experiências difíceis em lembranças significativas, mostrando que emoções opostas não são apenas um choque, mas também uma oportunidade de crescimento.

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