Quinta, 3 de outubro.

De acordo com um levantamento recente, 12% dos brasileiros declararam ter apostado em bets nos últimos 30 dias. A maioria gastou até R$ 500. Em Roraima e no Pará, 17% afirmaram ter apostado no último mês, um número bem acima da média nacional. Já Ceará teve o menor percentual: 8%. Confira nesta edição.

E mais: os municípios brasileiros que não contam com autonomia financeira, os indianos que trabalham no mundo corporativo estão preocupados, Austrália intensifica luta contra fraudes. Vem com o Zat!

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AUTONOMIA FINANCEIRA EM XEQUE

A realidade de um terço dos municípios brasileiros

Imagine uma cidade tão pequena que você mal consegue se perder nela. Este é o caso de Borá (SP), o segundo menor município do Brasil, com apenas 907 habitantes. Borá é um bom exemplo de um problema que afeta grande parte dos municípios brasileiros: a falta de autonomia financeira.

Segundo um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), 55,5% das cidades brasileiras estão em situação "crítica" no quesito econômico.

Mais impressionante ainda, um terço dos municípios teve nota zero, indicando que não conseguem gerar receitas suficientes nem para sustentar a Prefeitura e a Câmara de Vereadores.

A explicação está na combinação de fatores históricos e econômicos.

Desde a Constituição de 1988, houve a criação de quase 1.500 novos municípios, muitos deles sem uma base econômica sólida. Especialistas explicam que, além disso, a dependência de transferências externas, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), desencoraja o desenvolvimento de atividades econômicas locais.

Para reverter esse cenário, os municípios precisam investir em gestão e modernização da administração tributária. Isso inclui atualizar a Planta Genérica de Valores para uma cobrança mais justa do IPTU e estimular o desenvolvimento econômico local para aumentar a arrecadação do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza).

A reforma tributária em curso também traz esperanças, com a criação de um comitê gestor do novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a mudança para a cobrança no destino, que pode beneficiar municípios menores.

EMPREGOS DE ALTA PRESSÃO

Cresce na Índia a preocupação com o mundo corporativo

A morte de uma jovem contadora na Índia trouxe à tona uma cultura de trabalho marcada por colaboradores exaustos e chefes intimidadores.

Anna Sebastian Perayil, de 26 anos, faleceu quatro meses após ingressar na Ernst & Young, uma das maiores consultorias globais. O caso ganhou notoriedade após a mãe de Anna divulgar uma carta relacionando a morte da filha ao ambiente de trabalho de alta pressão.

Dados recentes mostram que o país tem uma das forças de trabalho mais sobrecarregadas do mundo, com uma média semanal de quase 47 horas.

À medida que economias emergentes competem no cenário internacional, a pressão por produtividade se choca com o bem-estar dos funcionários. A competitividade por empregos corporativos no país, com milhares de candidatos para cada vaga, contribui para a manutenção desse ambiente. 

APÓS PERDAS MILIONÁRIAS

Austrália intensifica luta contra fraudes

A Meta, empresa controladora do Facebook e Instagram, removeu mais de 9 mil páginas de golpes e 8 mil fraudes de investimento com celebridades fakes, geradas por Inteligência Artificial, em suas plataformas nos últimos seis meses.

A empresa lançou uma ferramenta chamada Fraud Intelligence Reciprocal Exchange (Fire), em parceria com sete grandes bancos. O Fire cria um canal direto de comunicação entre a Meta e as instituições financeiras para compartilhar informações sobre golpes.

Apesar dos resultados iniciais promissores, o número de denúncias ainda é pequeno em comparação às perdas relatadas ao serviço oficial de alerta de fraudes da Austrália.

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AUTOCUIDADO

Menos pressão, mais aceitação

Com ofertas que vão de cursos variados a suplementos nutricionais e livros de autoajuda, o consumo de produtos e práticas para melhorar o bem-estar está em alta. Porém, nem sempre essas soluções trazem o resultado esperado.

Oliver Burkeman, jornalista britânico conhecido por escrever sobre felicidade, sugere um caminho diferente no seu livro Meditations for Mortals. Ele propõe que, em vez de buscar uma vida perfeitamente organizada e controlada, devemos aceitar as imperfeições.

Burkeman recomenda estratégias práticas, como terminar projetos antigos antes de iniciar novos e fazer listas de “tarefas concluídas”, o que pode trazer uma sensação de realização.

O autor destaca que tentar controlar todos os aspectos da vida leva à frustração crônica.

A mensagem central do livro, ainda sem tradução no Brasil, é esta: aceite que nunca conseguiremos resolver todos os problemas, então, por que não viver da melhor forma possível, abraçando as incertezas e imperfeições da vida?

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