Terça, 4 de março.

Por três décadas, foi praticamente um consenso a ideia de que o vinho tinto faz bem ao coração. Porém, a ciência, em seu constante processo de revisão e refinamento, foi chegando nos últimos anos a conclusões bem diferentes das amplamente divulgadas na década de 90. Confira nesta edição os porquês da mudança.

E mais: trabalhadores qualificados têm mais dificuldade para encontrar emprego nos EUA, newsletters ganham força e reduzem dependência das redes sociais, como lidar com um “narcisista dissimulado” no trabalho. Vem com o Zat!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min39s

CONTRATENDÊNCIA

Nos EUA, diploma avançado agora significa mais tempo no desemprego, revela estudo

Uma análise de dados governamentais norte-americanos revela uma inversão inédita no mercado de trabalho dos Estados Unidos: profissionais com diplomas avançados estão enfrentando períodos de desemprego significativamente mais longos que trabalhadores menos qualificados.

Segundo o estudo, nos EUA, pessoas com pós-graduação procuram emprego por uma mediana de 18 semanas — período que quadruplicou nos últimos dois anos. Atualmente, quanto maior a qualificação acadêmica de um americano, maior o tempo necessário para conseguir recolocação, contrariando décadas de vantagem educacional no mercado laboral.

Diversos fatores explicam esta mudança estrutural na economia americana. O trabalho remoto, amplamente adotado desde a pandemia, expandiu o acesso a profissionais estrangeiros mais baratos.

Empresas norte-americanas adotam cada vez mais a "contratação baseada em habilidades", reduzindo a importância de credenciais formais. Simultaneamente, a inteligência artificial beneficia principalmente trabalhadores menos experientes.

A idade mediana dos profissionais enfrentando desemprego de longo prazo nos EUA é de apenas 37 anos, indicando que mesmo millennials com formação de elite estão vulneráveis.

Alguns candidatos relatam omitir doutorados e mestrados de seus currículos para evitar parecerem super qualificados.

Embora os detentores de diplomas avançados ainda representem a elite econômica americana, com salários tipicamente superiores, esta tendência pode indicar uma "disrupção" para profissionais de colarinho branco nos EUA, comparável ao impacto da globalização sobre trabalhadores industriais americanos nos anos 2000.

EX-ALIADO

Por que o vinho tinto perdeu status de bebida saudável?

A crença de que o vinho tinto seria benéfico para o coração está oficialmente desacreditada pela ciência.

O fenômeno começou em 1991, quando um segmento do programa "60 Minutes" sugeriu que o vinho explicava o "paradoxo francês" – taxas menores de doenças cardíacas apesar de uma dieta rica em gorduras. As vendas de vinho tinto nos EUA aumentaram 40% no ano seguinte à reportagem.

Por décadas, centenas de estudos pareciam confirmar esses benefícios, com dados mostrando que bebedores moderados eram 30-40% menos propensos a morrer de doenças cardiovasculares.

Entretanto, reanálises revelaram falhas metodológicas cruciais. Bebedores moderados eram mais saudáveis por outros fatores – maior escolaridade, renda e acesso a cuidados médicos.

Pesquisas recentes mostram que mesmo uma dose diária pode aumentar riscos de hipertensão e arritmias. A OMS afirma categoricamente: nenhuma quantidade de álcool é segura, seja vinho, cerveja ou destilados.

DIRETO DA REDAÇÃO

Newsletters ganham força e reduzem dependência das redes sociais

As newsletters estão se consolidando como ferramenta estratégica para empresas que buscam comunicação direta com clientes, sem depender das incertezas dos algoritmos das redes sociais. O Zat.News, você sabe, é uma newsletter que aposta nesse formato para levar informação relevante e interessante diretamente ao público.

Segundo a eMarketer, empresa global de pesquisa de mercado especializada em mídia digital, 73% dos profissionais de marketing consideram o e-mail um recurso essencial para negócios.

O mercado de e-mail marketing está em franca expansão, projetado para saltar de 7,5 bilhões de dólares em 2020 para 17,9 bilhões até 2027, com crescimento anual de 13,3%, conforme dados da Grand View Research, consultoria internacional especializada em pesquisas de mercado e inteligência de negócios.

A segmentação precisa do público é uma das principais vantagens das newsletters, permitindo que empresas de diversos setores ofereçam conteúdo altamente direcionado, aumentando as taxas de conversão e fidelização.

Este canal de comunicação oferece uma forma mais confiável e direta de conexão com o público, permitindo que as empresas compartilhem atualizações e ofertas exclusivas, construindo relacionamentos mais duradouros com seus clientes.

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RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Como lidar com um “narcisista dissimulado” no trabalho

Nem todo narcisista se exibe ou monopoliza as atenções. Alguns agem de forma mais sutil, mantendo uma imagem amigável, mas manipulando nos bastidores. Esse perfil, conhecido como narcisista dissimulado, pode ser difícil de detectar e perigoso no ambiente profissional.

Diferente do narcisista grandioso, que busca holofotes sem pudor, o dissimulado prefere elogios indiretos, fofocas estratégicas e atitudes passivo-agressivas. Ele pode sabotar colegas sorrateiramente, se fazer de vítima e usar sua falsa simpatia para conquistar aliados.

Para identificá-lo, preste atenção às reações diante do seu sucesso: ele realmente se alegra ou parece incomodado?

Se conviver com um for inevitável, a melhor defesa é estabelecer limites e evitar compartilhar informações pessoais que possam ser usadas contra você.

Especialistas indicam que o narcisismo vulnerável muitas vezes está ligado à baixa autoestima. Desenvolver inteligência emocional pode ajudar esses indivíduos a reduzirem comportamentos nocivos, mas até lá, a cautela é essencial.

Se você suspeita que tem um narcisista dissimulado por perto, mantenha-se atento. Eles podem parecer inofensivos, mas são manipuladores habilidosos — e saber reconhecer esse tipo de comportamento pode ser a chave para não cair em suas armadilhas.

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