Quarta, 5 de fevereiro.

Se um trabalhador humano paga impostos sobre sua renda, por que um robô que faz o mesmo trabalho não deveria? É a pergunta de Bill Gates, que argumenta que empresas que substituem pessoas por máquinas devem contribuir mais, e que essa receita poderia financiar a requalificação de profissionais e áreas que dependem da empatia humana, como saúde e educação. Veja mais nesta edição.

E mais: como crimes de repercussão moldam nova geração política, marcas premium testam limites do marketing da raiva, empresa que disponibiliza "garotos bonitos" para enxugarem lágrimas das clientes. Vamos nessa!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min50s

POLÍTICA LOCAL

Como crimes de repercussão moldam nova geração política

O fenômeno do populismo penal ganha força nas urnas com a eleição de familiares de vítimas de crimes de grande repercussão.

Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, e Leniel Borel, pai de Henry Borel, que perderam seus filhos em casos de repercussão nacional, foram eleitos vereadores em São Paulo e Rio de Janeiro com mais de 34 mil votos cada, defendendo bandeiras de endurecimento penal.

O movimento, que segundo André Martins Pereira, defensor público do Pará e especialista em direito penal, representa uma "reconfiguração do poder punitivo", ganha impulso com a crescente popularidade de conteúdos true crime.

O Spotify registrou aumento de 52% no consumo de podcasts do gênero entre 2021 e 2022, enquanto o documentário sobre o caso Nardoni na Netflix alcançou 5,7 milhões de visualizações em apenas quatro dias.

A tendência não é nova: Masataka e Keiko Ota, pais do menino Ives Ota, assassinado em 1997, também seguiram carreira política. Keiko apresentou mais de 300 propostas como deputada federal, sendo 15 voltadas a alterações no Código Penal.

Para Rafaela Venturim, mestre em ciências criminais pela Universidade de Lisboa, o fenômeno mobiliza "emoções válidas", mas pode levar a "um caminho enganoso, com medidas que não vão solucionar o problema" da violência urbana.

ESTRATÉGIA DIGITAL

Marcas premium testam limites do marketing da raiva

O rage bait, estratégia de marketing que provoca reações de raiva e indignação para gerar engajamento, divide o mercado de luxo sobre sua aplicabilidade em produtos premium.

Analistas do setor de moda de luxo debatem entre a inovação provocativa e a preservação dos valores tradicionais. A Balenciaga exemplifica essa dualidade ao vender bolsas inspiradas em sacolas do Ikea por valores elevados, enquanto a Fendi gerou controvérsia ao lançar porta pirulitos em parceria com a Chupa Chups por R$ 3 mil.

O dilema se intensifica num momento em que as marcas de luxo buscam equilibrar o apelo às novas gerações com a manutenção de valores como tradição e sofisticação.
Enquanto alguns defendem que provocações calculadas podem modernizar a imagem das marcas, críticos argumentam que o sensacionalismo pode comprometer a credibilidade construída ao longo de décadas.

A estratégia levanta questões sobre os limites entre inovação e descaracterização no mercado premium.

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6 coisas que entendemos errado sobre o sono

O sono é essencial para a saúde, mas muitos conceitos populares sobre ele estão errados. Especialistas apontam seis equívocos comuns:

1. Você não pode treinar seu corpo para precisar de menos sono

   Mesmo que você se acostume com menos horas de sono, os efeitos negativos, como problemas de memória e alterações de humor, ainda ocorrerão.

2. Mais sono nem sempre é melhor

   Dormir mais de nove horas regularmente pode estar ligado a problemas de saúde, como diabetes tipo 2 e doenças respiratórias.

3. Não é possível compensar o sono perdido no fim de semana

   Tentar "recuperar" o sono perdido dormindo mais nos finais de semana não resolve a dívida de sono acumulada durante a semana.

4. Acordar durante a noite não é sempre sinal de sono ruim

   Despertares breves são normais. O problema é quando você demora mais de 20 minutos para voltar a dormir.

5. Sentir-se lento ao acordar nem sempre é preocupante

   Essa sensação, chamada inércia do sono, é comum e pode durar até duas horas após acordar.

6. Roncar nem sempre é inofensivo

   Roncos frequentes podem ser um sinal de apneia obstrutiva do sono, que exige avaliação médica.

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