Quinta, 5 de junho.

O aumento da imigração em Portugal — que já representa 14% da população local — acendeu tensões no país. Nesta edição, explicamos por que o governo português notificou quase 34 mil imigrantes, entre eles mais de 5 mil brasileiros, a deixarem o país.

E mais: ações antirroubo podem virar dor de cabeça para varejistas, os benefícios da creatina que vão muito além da academia, você já viveu um amor narcisista? Vem com o Zat!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min47s

VAREJO BRASILEIRO

Ações antirroubo podem virar dor de cabeça para varejistas

Medidas contra furtos em supermercados, farmácias e redes de varejo têm gerado um efeito colateral indesejado: queda nas vendas e insatisfação dos clientes. Itens como azeite, café e dermocosméticos passaram a ser trancados e protegidos com alarmes, acrílicos e até fios de nylon. O problema: o consumidor reclama da dificuldade em acessar os produtos e, muitas vezes, desiste da compra.

“Se o medo de perder produto for maior que a necessidade de vender, a equação não fecha”, alerta Marcelo Pimentel, presidente do GPA (Grupo Pão de Açúcar). Dados da Abrappe (Associação Brasileira de Prevenção de Perdas) revelam que as perdas no setor atingiram 1,57% das vendas em 2023, maior nível desde 2016.

Além disso, farmácias relatam aumento nos furtos de canetas injetáveis como Ozempic e Wegovy. Redes como RD e Pague Menos reforçaram a segurança e reduziram estoques, mas admitem impacto na experiência do cliente. “O cliente não quer esperar 20 minutos por uma chave para pegar uma Nutella”, resume uma consumidora.

Enquanto o crime se adapta, o varejo busca soluções que não afugentem quem paga a conta. Para tentar equilibrar segurança e experiência do cliente, algumas redes têm apostado no uso de inteligência artificial para monitoramento por vídeo, reforço de vigilância presencial, redução de estoques dos itens mais visados e mudanças na exposição, deixando menos unidades nas prateleiras, mas garantindo reposição constante.

IMIGRAÇÃO

Entenda por que Portugal exige que quase 34 mil imigrantes deixem o país

Portugal iniciou a notificação de 33.983 imigrantes, incluindo 5.368 brasileiros, para que deixem o país. Eles tiveram seus pedidos de residência negados após o governo encerrar, em 2024, o antigo mecanismo chamado “manifestação de interesse”, que permitia solicitar residência mesmo sem contrato de trabalho.

Desde então, quem deseja morar em Portugal precisa ter emprego garantido ou oferta formal. A medida faz parte da política de controle migratório do atual governo, liderado pela centro-direita. Os notificados têm 20 dias para sair voluntariamente, sob risco de expulsão forçada.

Apesar disso, o Brasil segue liderando tanto os pedidos quanto as aprovações: 68 mil brasileiros foram aprovados, e a taxa de rejeição ficou em 7,3% — bem abaixo de países como Índia, Bangladesh e Nepal, que tiveram rejeições muito mais altas.

SAÚDE DO CÉREBRO

Creatina: muito além da academia

Popular entre quem busca ganhar músculos, a creatina vem chamando atenção por outro motivo: seus possíveis efeitos no cérebro. Pesquisas sugerem que ela pode melhorar memória, foco, humor e até ajudar quem sofre de estresse, depressão ou covid longa.

Naturalmente produzida pelo corpo, a creatina também é obtida por meio da alimentação — carnes e peixes são as principais fontes. Mas, em muitos casos, a quantidade ingerida não é suficiente para suprir as necessidades ideais.

Estudos indicam que a substância atua como uma reserva de energia celular, essencial para músculos e neurônios. Há indícios, inclusive, de que ela pode proteger bebês durante a gestação e ajudar idosos a combater a perda de massa muscular.

Apesar dos benefícios promissores, especialistas alertam: a creatina não é isenta de riscos, especialmente para quem tem problemas renais. Por isso, antes de recorrer aos suplementos, é fundamental consultar um profissional de saúde.

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RELACIONAMENTOS

Você já viveu um amor narcisista?

Relacionamentos com pessoas que apresentam traços narcisistas costumam seguir um roteiro previsível: começam com intensa sedução — o chamado love bombing — e evoluem para críticas, desvalorização e manipulação emocional.

Essas pessoas, estimadas em 2% da população, têm necessidade extrema de admiração, baixa empatia e uma autoimagem inflada que esconde fragilidade. A dinâmica no amor costuma seguir um ciclo: sedução intensa → controle → desvalorização → culpa da vítima → novo encantamento. O resultado? Ansiedade, baixa autoestima, confusão e sensação de não ser suficiente.

Romper esse ciclo é difícil, pois a vítima se sente emocionalmente dependente. A saída exige autoconhecimento, apoio emocional e, principalmente, entender que amor não deve doer. É importante reconhecer que amar não significa aceitar relações destrutivas.

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