Sexta, 05 de setembro.

O futuro dos influenciadores não é humano? A ascensão de perfis criados por inteligência artificial está transformando o mercado bilionário da influência digital. De avatares hiper-realistas a clones de celebridades, a promessa é eficiência e alcance, mas também há riscos: padrões irreais, perda de empregos criativos e dilemas éticos. Confira.

E mais: na Ásia, mulheres que pedem divórcio ainda enfrentam preconceito, os benefícios dos hobbies manuais, 5 filmes artísticos e profundos que também são deliciosos de assistir. Vem com o Zat!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min55s

MARKETING DIGITAL

Influenciadores virtuais ganham espaço com marcas globais

A presença de influenciadores criados por inteligência artificial está crescendo nas redes sociais, com perfis digitais que se parecem e se comportam como humanos reais.

Avatares como Mia Zelu, que supostamente “apareceu” em Wimbledon, já acumulam milhares de seguidores e contratos publicitários — mesmo sem existir fora do ambiente virtual. O movimento é impulsionado por marcas como H&M e plataformas como a startup Synthesia, que defendem a IA como forma de produzir conteúdo de alta qualidade, sob medida e com baixo custo.

Um levantamento do Influencer Marketing Hub aponta que 60% dos profissionais de marketing já testaram campanhas com IA, e 15,5% devem aderir em breve.

Para as empresas, o atrativo está no custo: um post de influenciador humano custa em média US$ 78 mil, enquanto o de um avatar sai por US$ 1,7 mil. No entanto, dados da Twicsy mostram que os humanos ainda vencem no engajamento: 2,7 vezes mais interações por publicação.

Apesar do aumento do uso de IA atualmente, o Brasil já tinha um exemplo de influenciadora digital desde 2003. A personagem Lu do Magalu, criada pela varejista Magazine Luiza, soma mais de 15 milhões de seguidores, firmou parcerias com marcas globais como Netflix e Hugo Boss, e faturou mais de US$ 2,5 milhões em um único ano, superando muitos influenciadores reais em alcance e receita.

ESTIGMA SOCIAL

Na Ásia, mulheres que pedem divórcio ainda enfrentam preconceito

Pedir o divórcio pode significar enfrentar não apenas um processo burocrático, mas também forte estigma social em países asiáticos. Em Karachi, no Paquistão, Zoya Ahmed sofre retaliações do marido desde que decidiu se separar, situação que reflete a realidade de muitas mulheres na região.

Embora a doutrina islâmica permita a dissolução do casamento, as mulheres enfrentam obstáculos adicionais. Em diversos casos, precisam apresentar justificativas específicas ou abrir mão do Haq Mehr — o dote pago pelo marido — como condição para que a separação seja aceita. Isso cria pressões financeiras que desestimulam pedidos formais, especialmente entre aquelas sem autonomia econômica.

Mesmo quando o divórcio é legalmente obtido, o preconceito persiste. As mulheres divorciadas podem ser vistas como responsáveis pelo fracasso da união, sofrendo exclusão social e discriminação familiar. 

Especialistas destacam que, apesar de avanços em legislações e debates sobre igualdade de gênero, normas culturais e religiosas ainda impõem barreiras significativas. Para muitas, pedir o divórcio continua sendo um ato de coragem em meio a estruturas sociais profundamente enraizadas.

SAÚDE MENTAL

Desconecte-se para se reconectar: os benefícios dos hobbies manuais

Depois de um longo expediente diante do computador, muitos acabam recorrendo ao celular como forma de lazer. Filmes, vídeos curtos e redes sociais são opções fáceis, mas nem sempre as mais saudáveis. Equilibrar o tempo de tela com atividades manuais pode trazer benefícios significativos para o corpo e a mente.

Segundo a psicóloga Fatima Macedo, especialista em saúde mental do trabalhador, o excesso de estímulos digitais prejudica sono, atenção e até a saúde ocular. Já os hobbies manuais ajudam a desligar a mente e estimulam a criatividade, a coordenação motora e a concentração. “Eles reduzem a atividade da amígdala, ligada ao estresse, e favorecem a sensação de prazer e recompensa”, explica.

Estudos mostram que atividades como tricô, jardinagem, pintura ou culinária estimulam a neuroplasticidade — a formação de novas conexões cerebrais —, que atua como fator protetor contra doenças neurodegenerativas. Além disso, quem cultiva hobbies manuais costuma voltar ao trabalho mais equilibrado, com menos fadiga mental e mais clareza para resolver problemas.

Os benefícios também passam pela regulação do humor: práticas criativas reduzem o cortisol (hormônio do estresse) e aumentam serotonina e dopamina, neurotransmissores do bem-estar.

Para começar, basta escolher algo que desperte curiosidade, sem pressão por resultados imediatos. De quebra-cabeças a escrita criativa, o importante é reservar tempo para atividades fora das telas e se reconectar consigo mesmo.

ASSUNTO
PARA O ALMOÇO 💬

O QUE MAIS

TÁ ROLANDO? 👀

CINEMA QUE INSPIRA

5 filmes artísticos e profundos que também são deliciosos de assistir

Nem todo filme considerado artístico precisa ser arrastado ou difícil de acompanhar. Há obras que unem profundidade estética e narrativa com leveza, emoção e dinamismo. Confira as indicações da redação:

1. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Jean-Pierre Jeunet, 2001)

   Amélie, uma jovem tímida de Paris, decide transformar a vida das pessoas ao seu redor com pequenos gestos de bondade. O filme é um convite à delicadeza do cotidiano. (Amazon Prime, Apple TV)

2. Her (Spike Jonze, 2013)

   Um homem solitário se apaixona por um sistema operacional com voz feminina. Uma reflexão poética sobre amor, solidão e as novas formas de conexão humana.

3. Encontros e Desencontros (Lost in Translation, Sofia Coppola, 2003)

   Dois desconhecidos se encontram em Tóquio e desenvolvem uma amizade íntima que transforma suas vidas. O filme capta com sutileza a beleza dos laços improváveis.

4. O Garoto (Charlie Chaplin, 1921)

   Um dos clássicos mais queridos do cinema mudo, acompanha um vagabundo e o menino órfão que ele cria. Mistura humor e ternura em uma narrativa que emociona até hoje.

5. Felicidade Não se Compra (It’s a Wonderful Life, Frank Capra, 1946)

   À beira do desespero, um homem recebe a chance de ver como seria o mundo sem ele. Uma fábula atemporal sobre propósito e solidariedade.

MENSAGEM
DOS LEITORES 💌

Zat.News 🐾

Somos uma plataforma que valoriza a qualidade da informação e a leveza na leitura. Em meio a tantas turbulências digitais, conte conosco para acessar notícias de maneira equilibrada. Nossa curadoria conta com cerca de 100 veículos nacionais e internacionais, para que você possa poupar seu tempo e acessar um conteúdo direto, relevante e interessante. Tudo isso 100% gratuito.

Chegamos sempre de segunda a sexta, logo cedo. Não se esqueça de checar a caixa de spam e liberar nosso endereço de e-mail, assim você garante nossa visita diária.