Quinta, 5 de dezembro.

Pesquisa divulgada pelo IBGE mostra que 8,7 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza no país entre 2022 e 2023 — situação que ainda atinge 59 milhões de brasileiros. No mesmo período, 3,1 milhões deixaram a extrema pobreza, condição que ainda afeta 9,5 milhões. Confira mais nesta edição.

E mais: entenda a crise entre Congresso e a decisão do ministro Flávio Dino, o bug do ChatGPT que chamou a atenção dos usuários, quantos brasileiros costumam pensar no planejamento financeiro. Vamos nessa!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min44s

DADOS DO IBGE

Brasil reduz pobreza à mínima histórica

O Brasil atingiu o menor nível de pobreza desde 2012, com 8,7 milhões de pessoas deixando esta condição entre 2022 e 2023, segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais 2024 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Atualmente, 59 milhões de brasileiros (27,4% da população) vivem com menos de US$ 6,85 por dia, parâmetro do Banco Mundial para medir a pobreza. Na extrema pobreza (renda diária inferior a US$ 2,15), houve redução de 3,1 milhões, totalizando 9,5 milhões de pessoas.

As desigualdades regionais permanecem expressivas: o Nordeste registra 47,2% de sua população na pobreza, seguido pelo Norte com 38,5%.

Leonardo Athias, gerente de Indicadores Sociais do IBGE, atribui a melhora ao aquecimento do mercado de trabalho e ampliação de benefícios sociais.

A pesquisa também revelou avanço significativo no acesso à internet, que alcançou 92,9% dos domicílios em 2023, com crescimento notável entre a população extremamente pobre (de 34,7% para 81,8% desde 2016).

De acordo com dados do IBGE também divulgados ontem, o número de jovens nem-nem caiu para 10,3 milhões, o menor já registrado. Ainda assim, 21,2% dos brasileiros que têm entre 15 e 29 anos não estudam nem trabalham.

EMENDAS PARLAMENTARES

Entenda a crise entre Congresso e a decisão do ministro Flávio Dino

A decisão do ministro Flávio Dino, do STF, de impor regras mais rígidas para a liberação de emendas parlamentares provocou uma crise entre o Congresso e o Judiciário.

Dino determinou que todas as emendas de bancada e comissão devem ser identificadas nominalmente no Portal da Transparência e exigiu planos de trabalho aprovados pelo Executivo para a liberação dos recursos. Parlamentares afirmam que a decisão fere acordos firmados entre os Três Poderes, gerando insatisfação inclusive na base governista.

Como resposta, a Câmara adiou votações importantes, incluindo dois requerimentos que acelerariam a análise do pacote fiscal de Fernando Haddad. A sessão foi encerrada sem avanços, mas a expectativa é que os itens sejam votados em breve. O governo tenta apaziguar os ânimos liberando R$ 7,8 bilhões em emendas já empenhadas e acionou a AGU para recorrer de partes da decisão no STF.

Líderes no Congresso, como Hugo Motta e Randolfe Rodrigues, criticaram o aumento da burocracia e defenderam a autonomia parlamentar no uso do Orçamento. A situação reflete tensões sobre a transparência nos gastos públicos e os limites das prerrogativas dos Poderes, impactando a relação do Planalto com o Legislativo e o avanço de pautas prioritárias.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Bug no ChatGPT expõe sistema secreto de proteção de dados

Um bug curioso foi descoberto por usuários do ChatGPT no último fim de semana: o chatbot travava completamente quando questionado sobre "David Mayer" e outros nomes específicos.

A OpenAI, empresa responsável pela ferramenta, confirmou que o problema estava relacionado a ferramentas de privacidade que monitoram e interferem ativamente nas respostas do chatbot.

O caso de Brian Hood, prefeito australiano que em 2023 acusou o ChatGPT de difamação por associá-lo falsamente a um crime, exemplifica por que essas proteções existem.

O incidente revela que as IAs conversacionais não são apenas sistemas autônomos, mas ferramentas ativamente monitoradas e controladas por suas empresas desenvolvedoras através de regras especiais e listas de restrição.

A falha foi posteriormente corrigida pela OpenAI, que manteve sigilo sobre os detalhes específicos de suas ferramentas de proteção à privacidade.

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5 dicas para lidar com a culpa parental

A sensação de culpa é uma constante na vida de muitos pais, gerada por expectativas irreais e cobranças sociais. Aqui estão cinco dicas para transformar esse sentimento em algo construtivo:

1. Busque a reparação, não a perfeição: Não se deixe consumir pela culpa. Encare seus erros como oportunidades para melhorar a relação com seu filho.

2. Pratique autocompaixão: Seja gentil consigo mesmo, reconhecendo falhas, mas focando também nos acertos.

3. Peça desculpas e ensine pelo exemplo: Admitir seus erros ensina os filhos a fazer o mesmo, promovendo resiliência e empatia na família.

4. Evite a idealização: Redes sociais podem criar uma falsa imagem de perfeição. Lembre-se: é sobre ser "suficientemente bom", não perfeito.

5. Foque no que você pode mudar: Use a culpa de forma positiva, buscando sempre melhorar o que está ao seu alcance, sem se cobrar por tudo.

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