Segunda, 6 de janeiro.

O plenário do STF está avaliando dois recursos importantes que podem mudar o cenário das redes sociais no Brasil. A questão central é se essas plataformas podem ser responsabilizadas por danos causados por conteúdos prejudiciais, como fake news e discursos de ódio, sem uma ordem judicial prévia para remoção. A decisão pode estabelecer precedentes significativos sobre a responsabilidade das redes sociais.

E mais: Fernanda Torres vence o Globo de Ouro, o verdadeiro desafio do Canal do Panamá, vinho tinto francês enfrenta declínio entre jovens, a mente dos que correm riscos e têm bons resultados. Segundou com o Zat!

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DADOS DO IBGE

Quem são os brasileiros que ainda passam fome?

Carina vive em um barraco no Jardim Germânia, extremo sul de São Paulo, com sua filha de um ano. Recentemente, um vizinho sugeriu que ela "saísse com alguém" para conseguir dinheiro para comida. Ela recusou, indignada, mas a proposta ilustra o desespero de quem ainda enfrenta a fome diariamente.

Carina é uma entre os 8,93 milhões de brasileiros em insegurança alimentar grave, de acordo com dados do IBGE. Isso equivale a 4,1% dos domicílios do país, onde a quantidade e a qualidade de alimentos são tão escassas que, muitas vezes, as pessoas passam o dia sem comer.

O Brasil conseguiu sair do Mapa Mundial da Fome em 2014, mas quase um terço das famílias brasileiras (27,6%) ainda sofre algum grau de insegurança alimentar, o que afeta 60,3 milhões de pessoas.

Mulheres negras e mães solo representam a maior parte das famílias vulneráveis à fome. A desigualdade regional é evidente: a insegurança alimentar afeta especialmente o Norte e o Nordeste, onde as taxas de pobreza são mais altas e o acesso a alimentos, mais precário.

No caso do Jardim Germânia, as cestas básicas entregues por organizações duram, em média, dez dias, deixando famílias vulneráveis ao longo do mês.

A fome no Brasil é mais do que uma estatística: é um reflexo das desigualdades que afetam milhões e exigem esforços contínuos.

JUSTIÇA FEDERAL

Suprema Corte do Brasil tem mudança de comando em 2025

O Supremo Tribunal Federal (STF) enfrentará uma agenda desafiadora em 2025, incluindo o julgamento do inquérito sobre a tentativa de golpe que indiciou 40 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro. A corte também decidirá sobre a responsabilidade das redes sociais quanto aos conteúdos postados por usuários e o modelo de trabalho dos aplicativos de transporte e entrega.

Em setembro, o tribunal passará por uma mudança significativa com o fim do mandato do atual presidente, Luís Roberto Barroso, ministro do STF. A presidência deverá ser assumida por Edson Fachin, atual vice-presidente da corte, seguindo o princípio de antiguidade.

CRISE HÍDRICA

O verdadeiro desafio do Canal do Panamá não é a China ou Trump

A crise hídrica no Canal do Panamá ameaça seu papel no comércio global. Diante de secas severas em 2023-24, o número de embarcações foi reduzido, e os custos de transporte dispararam. Especialistas apontam que o principal desafio é climático, não geopolítico.

Com um uso diário de cerca de 50 milhões de galões de água doce, o canal depende fortemente das chuvas para funcionar. No entanto, a baixa precipitação, intensificada pelo fenômeno El Niño e pelo aquecimento global, tem reduzido os níveis de reservatórios como o Lago Gatún. Isso resultou em atrasos, aumento nos preços de mercadorias e uma maior busca por rotas alternativas.

Embora existam discussões sobre a influência de grandes potências, como China e Estados Unidos, o governo panamenho reafirmou sua soberania sobre o canal, que é administrado pelo Panamá desde 1999.

A longo prazo, enfrentar as mudanças climáticas será essencial para preservar a operação do canal e a estabilidade das cadeias globais de abastecimento.

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CORAGEM E CALMA

Os hábitos das pessoas que são muito boas em correr riscos

De jogadores de pôquer a investidores de risco, existe uma mentalidade específica que une aqueles que sabem aproveitar oportunidades e aumentar suas chances de sucesso.

Pessoas que se destacam na gestão de riscos possuem algumas características em comum, como estar calmas sob pressão e ter coragem para enfrentar situações adversas. Elas não se deixam abalar facilmente e sabem o momento de agir com firmeza, mesmo quando os resultados são incertos.

Uma característica fundamental é a empatia estratégica – colocar-se no lugar do outro, não exatamente por compaixão, mas para entender suas motivações e comportamentos, como em uma partida de pôquer, que exige tanto habilidades matemáticas quanto interpessoais.

Além disso, essas pessoas são orientadas ao processo, e não aos resultados imediatos. Elas sabem que o sucesso é uma maratona, não uma corrida de velocidade. Isso as leva a assumir riscos calculados, estar preparadas e atentas aos detalhes.

Elas são adaptáveis, buscando oportunidades e ajustando-se rapidamente às novas situações, e sabem estimar riscos com precisão, com base em dados, mesmo quando a informação é incompleta.

Com uma mentalidade independente e muitas vezes contrária ao convencional, essas pessoas não buscam o dinheiro por si só, mas a competição e o jogo em si. A ideia central de quem tem esse perfil é: "Se você não arrisca, não ganha."

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