Quinta, 6 de fevereiro.

Com mais de 700 mil unidades distribuídas em 30 países, os pets eletrônicos têm ajudado sobretudo idosos. Essas companhias tecnológicas não demandam cuidados com higiene ou alimentação e, embora não sejam pets de verdade, os estudos mostram que os benefícios para seus donos têm sido reais. Confira nesta edição.

E mais: seca intensa e temperaturas recordes atingiram milhões em 2024, a relação entre os picos de glicose e o emagrecimento, o que não dizer para alguém em luto. Vamos nessa!

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DE OLHO NO CLIMA

Seca intensa e temperaturas recordes atingiram milhões em 2024

Mais de 6 milhões de brasileiros enfrentaram calor extremo por mais de 150 dias em 2024, conforme levantamento divulgado esta semana pelo Centro Nacional de Monitoramento de Desastres (Cemaden) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A análise, que abrangeu 5.571 municípios, revelou que 111 cidades brasileiras vivenciaram temperaturas excepcionalmente altas, muitas ultrapassando os 40°C. O Pará, sede da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), foi o mais afetado, com 46 municípios sob estresse térmico extremo.

O cenário resultou na pior seca da história do país, com 30 milhões de hectares queimados - área equivalente à Itália - e um recorde de 6,6 milhões de casos de dengue. Cientistas identificaram pela primeira vez uma região de clima árido no Brasil, abrangendo 6 mil km² no centro-norte da Bahia.

Para 2025, especialistas preveem temperaturas mais amenas devido ao fenômeno La Niña, caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial.

Este padrão climático tende a aumentar as chuvas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

COMPANHIA TECNOLÓGICA

Pets robóticos ajudam idosos a combater a solidão nos EUA

A solidão dos idosos nos EUA ganhou um aliado inusitado: pets robóticos. Os gatos tecnológicos miam, os cães abanam o rabo e os pássaros cantam, transformando a rotina de milhares de veteranos e pacientes em cuidados paliativos.

Programas estaduais, como o de Washington D.C., já distribuem esses companheiros interativos para pessoas acima de 60 anos. E os resultados são animadores: um estudo de 2024, realizado pelo Escritório para o Envelhecimento do Estado de Nova York, revelou que 93% dos beneficiários relataram aumento na sensação de alegria e companhia.

Esses pets não demandam alimentação ou passeios, mas oferecem conforto com sons, movimentos e até batidas simuladas de coração.

TENDÊNCIA NAS REDES

Evitar picos de glicose realmente ajuda no emagrecimento?

Uma nova tendência está ganhando força nas redes sociais: evitar picos de glicose para controlar o peso. Os vídeos sobre o tema já somam milhões de visualizações, e a ciência dá respaldo à ideia.

Os picos de glicose ocorrem quando consumimos alimentos ricos em carboidratos sem acompanhá-los de fibras ou proteínas. Isso leva a um aumento rápido da glicemia, seguido pela liberação de insulina, que armazena o excesso de açúcar como gordura. Esse mecanismo pode contribuir para o ganho de peso e até problemas como hipertensão.

Para evitar essas oscilações, especialistas recomendam combinar carboidratos com fibras, proteínas ou gorduras saudáveis. Pequenas mudanças, como consumir a fruta inteira em vez do suco ou adicionar aveia à banana já ajudam. Além disso, refeições equilibradas em termos de nutrientes, como macarrão com salada e frango, retardam a absorção da glicose.

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RELAÇÕES E COMUNICAÇÃO

O que dizer e o que não dizer para alguém em luto

Lidar com a dor de alguém enlutado pode ser desconfortável, e muitas vezes buscamos palavras de consolo que, sem querer, acabam piorando a situação. Expressões como “tudo acontece por uma razão” podem soar vazias e até dolorosas para quem está sofrendo.

O especialista em luto David Kessler sugere que, em vez de tentar encontrar a frase perfeita, é melhor apenas estar presente. Um simples “sinto muito pela sua perda” ou “estou aqui para o que precisar” pode ter um impacto muito maior do que clichês.

Se você não sabe o que dizer, um gesto de carinho pode valer mais do que palavras. Estar disponível, lembrar de momentos especiais com a pessoa que partiu e oferecer ajuda prática são formas genuínas de apoio. Como destaca a professora Joanne Cacciatore, até os animais podem nos ensinar sobre isso: sua simples presença é reconfortante.

O luto não tem um roteiro fixo, e cada pessoa processa a dor de um jeito. O mais importante é respeitar esse momento e demonstrar que o enlutado não está sozinho.

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