Quinta, 6 de março.

Uma nova norma do governo exige que as empresas informem riscos de estresse e burnout no trabalho. Apesar de a regra não detalhar as ferramentas para avaliar esses riscos, especialistas apontam caminhos: criar um ambiente seguro para relatos, preparar lideranças para lidar com emoções e adotar recompensas que incentivem boas práticas de segurança.

E mais: brasileiros transformam engajamento online em poderosa força global, Brasil entre benefícios e riscos na nova guerra comercial, amizades de baixa manutenção geram debate. Vamos nessa!

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REDES SOCIAIS

Brasileiros transformam engajamento online em poderosa força global

A internet brasileira está redefinindo o conceito de ser fã. Muito além do simples consumo, o público brasileiro nas redes sociais usa seu engajamento em uma forma que impacta artistas, marcas e premiações internacionais.

O caso da campanha não oficial por Fernanda Torres durante a temporada de premiações foi emblemático. Uma única foto da atriz rendeu ao perfil da Academia de Artes Cinematográficas mais de 2,9 milhões de curtidas e 885 mil comentários – engajamento cinco vezes maior que a média das publicações da página no Instagram.

Esta paixão coletiva dos fãs brasileiros vai além do consumo passivo e se assemelha a um movimento social. Quando a audiência nacional abraça uma causa, seja um filme ou um artista, o resultado é uma mobilização massiva capaz de chamar atenção global.

Os números explicam parte do fenômeno: o Brasil tem aproximadamente 150 milhões de usuários ativos nas principais mídias sociais, com brasileiros passando em média 3 horas e 32 minutos diários nas plataformas – 50,3% acima da média mundial, segundo a Hootsuite.

A "cultura da zoeira", expressão autenticamente brasileira, é apontada por especialistas como fator fundamental para esse comportamento. O humor que não foge de controvérsias e o engajamento intenso transformaram as redes sociais em um ambiente onde as plataformas dependem do público brasileiro para gerar tendências.

Este poder de mobilização já beneficiou artistas internacionais, como Vincent Martella (de Todo Mundo Odeia o Chris), e plataformas como o Bluesky, que recebeu quatro milhões de brasileiros em menos de dez dias após o bloqueio do X no país.

ECONOMIA

Brasil entre benefícios e riscos na nova guerra comercial

A retaliação da China contra os EUA pode abrir novas oportunidades para as exportações brasileiras, especialmente de produtos agrícolas como soja e grãos. O país asiático anunciou tarifas de 15% sobre importações de frango, trigo, milho e algodão americanos, além de 10% sobre outros alimentos, incluindo soja.

Em 2024, o Brasil exportou US$ 94,27 bilhões para a China, representando 28% do total vendido ao exterior, com produtos agrícolas somando US$ 33,94 bilhões (36% desse montante).

Entretanto, especialistas alertam que o aumento das exportações pode pressionar a inflação doméstica ao reduzir a oferta interna de alimentos, justamente em um momento de preços elevados. O cenário também traz riscos diplomáticos, já que o Brasil poderia se tornar alvo de futuras represálias dos EUA caso seja visto como aliado da China neste conflito comercial.

RELAÇÕES

Amizades de baixa manutenção ganham debate entre especialistas da saúde

Amizades que não exigem interações constantes vêm ganhando reconhecimento entre as novas gerações. São amigos que se encontram pouco e chegam a passar meses sem se falar, contrariando a expectativa de um vínculo mais bem cultivado. Mas amizades assim realmente garantem conexões genuínas e fazem bem à saúde?

O médico Drauzio Varella alerta que a solidão pode prejudicar a saúde mental e acelerar o declínio cognitivo. A psicóloga Lígia Guerra concorda, comparando amizades de baixa manutenção a exercitar-se apenas esporadicamente: "Sem dedicação, não há resultados."

Por outro lado, Jackie de Botton, da The School of Life Brasil, defende que amizades não dependem de frequência, mas de conexão genuína. O psiquiatra Bruno Terra reforça: "Mais do que quantidade, importa a qualidade dos laços."

No fim, o ideal é equilibrar amizades de alta e baixa manutenção, garantindo apoio e bem-estar sem cobranças excessivas.

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MATURIDADE

Como anda a sua inteligência emocional?

A inteligência emocional é uma habilidade essencial para quem deseja tomar decisões assertivas, construir relações saudáveis e se destacar no trabalho. Aqui estão cinco perguntas para fazer sobre si mesmo e avaliar como anda a sua:

Você pratica o autoconhecimento? Perceber suas emoções e conhecer seus valores ajuda a tomar decisões mais alinhadas com seus objetivos.

Como anda sua resiliência? Nem tudo sairá como planejado, mas adaptar-se às mudanças é essencial. A resiliência permite seguir em frente, mesmo diante de obstáculos.

Você se comunica bem? Comunicar-se de maneira clara e assertiva envolve ouvir atentamente, usar uma linguagem não agressiva e ser honesto sem ser desrespeitoso.

Você lida bem com críticas? Em vez de reagir de forma defensiva ou muito emocional, procure ver na crítica uma chance de autodesenvolvimento. Mesmo se não concordar, é importante respeitar como a outra pessoa pensa sem se afetar tanto.

Como você age sob pressão? Reconhecer e gerenciar o estresse ajuda a manter o equilíbrio emocional.

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