Quarta, 6 de novembro.

Para alguns, a decisão de não ter filhos é uma escolha. Para outros, é consequência da infertilidade biológica. No entanto, muitos não têm o filho que desejam devido a uma combinação de fatores, o que os sociólogos chamam de "infertilidade social". Entre as causas estão a falta de recursos financeiros ou a dificuldade de encontrar uma pessoa compatível no momento certo. Embora o foco frequentemente recaia sobre as mulheres, o papel dos homens também é crucial nesse cenário. Descubra mais sobre esse tema nesta edição.

E mais: Donald Trump discursa como vitorioso, Banco Central testa nova moeda digital, nova embaixada dos EUA em Brasília gera polêmica, livro físico ou digital, OpenAI busca transição para fins lucrativos. Vamos nessa!

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RETORNO À CASA BRANCA

Donald Trump discursa como vitorioso

Contrariando praticamente todas as pesquisas eleitorais, que previam uma disputa acirrada, Donald Trump já conquistou 267 dos 270 delegados necessários, segundo projeção da Associated Press, e tem vitória encaminhada.

Demonstrando força nos estados decisivos, o republicano liderou o pleito desde o início da apuração, assegurando uma vantagem confortável na maioria dos estados-pêndulo.

Por volta das 4h (horário de Brasília), Trump subiu ao palco na Flórida e discursou como vencedor, prometendo “arrumar fronteira” e “era de ouro da América”.

Ele deve retornar à presidência da maior economia do mundo, desta vez com maioria no Senado.

A vice-presidente Kamala Harris afirmou que só irá discursar após a conclusão da apuração, que ainda está em curso.

FERTILIDADE EM DECLÍNIO

O papel dos homens na crise de fertilidade global

O debate sobre o declínio da fertilidade global costuma ignorar um fator crucial: o papel masculino na crise demográfica. Pesquisadores apontam que a maioria dos países sequer registra dados sobre fertilidade masculina, criando uma invisibilidade estatística que mascara tendências preocupantes.

Anna Rotkirch, socióloga do Instituto de Pesquisa Populacional da Finlândia, aponta que ter filhos passou de um evento fundamental para um "evento culminante" – algo que só acontece após a realização de outros objetivos de vida.

O fenômeno está relacionado ao que os especialistas chamam de "infertilidade social", que ocorre quando fatores socioeconômicos impedem a reprodução. Marcia Inhorn, socióloga da Universidade de Yale (EUA), identifica uma "disparidade amorosa" em 70% dos países, onde mulheres superam homens em escolaridade.

Vincent Straub, pesquisador da Universidade de Oxford (Reino Unido), destaca que o "mal-estar masculino" – desorientação dos homens jovens frente às mudanças sociais – também contribui para o declínio. Na União Europeia, apenas 1% dos homens interrompe a carreira para cuidar dos filhos, versus 33% das mulheres.

A tendência é global: a China registra mínimas históricas de natalidade, enquanto países da América Latina, Oriente Médio e Norte da África apresentam quedas mais acentuadas que as projeções iniciais indicavam. Pesquisadores alertam que homens também têm um relógio biológico, com queda na qualidade do esperma após os 35 anos.

ECONOMIA DIGITAL

BC testa moeda digital que promete replicar impacto do Pix no mercado

O Drex, moeda digital do Banco Central do Brasil (BC), entra na segunda fase de testes de 2024, com desafios significativos antes de sua implementação prevista para 2025.

Iniciada em outubro, ela foca nos smart contracts (contratos inteligentes), uma tecnologia que automatiza transações após o cumprimento de condições pré-estabelecidas.

Embora o sistema ainda precise provar sua eficácia em escala, especialistas apontam potenciais reduções em custos operacionais, especialmente em transações imobiliárias.

No mercado de câmbio, a promessa é de operações 24 horas com liquidação instantânea.

O BC ainda não divulgou estimativas de custos operacionais. A moeda manterá paridade com o real físico e exigirá intermediação de instituições financeiras autorizadas, mantendo a estrutura atual do sistema bancário brasileiro.

O QUE É MELHOR?

Livro impresso, e-book ou audiobook?

Cada formato tem vantagens e impactos diferentes na nossa experiência de leitura e retenção.

No caso do livro físico, pesquisas mostram que o toque das páginas e a ação de virá-las ajuda o cérebro a construir um mapa espacial da leitura, o que reforça a compreensão da história e sua linha do tempo.

Ao usar dispositivos eletrônicos, há o risco de o cérebro entrar em "modo de leitura superficial", já que estamos habituados a consumir textos curtos nestes meios.

Já os audiobooks trazem o benefício da entonação e interpretação, criando uma experiência imersiva e sendo especialmente úteis para momentos em que o leitor quer aproveitar o tempo sem estar com as mãos livres, como em atividades cotidianas.

Segundo especialistas, o tipo de material que se escolhe também pode fazer diferença: muitos preferem audiobooks para histórias leves ou informativas, enquanto optam pelo físico para leituras mais intensas. E-books podem ser bastante úteis em viagens, e desligar as notificações pode ser suficiente para minimizar as distrações, ainda mais se a leitura estiver envolvente.

Em resumo, não existe formato ideal — o mais importante é escolher o que se adapta ao seu momento e objetivo, garantindo que a experiência de leitura se encaixe no seu dia a dia.

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O poder de 15 minutos diários de escrita para quem quer liderar

Refletir por alguns minutos sobre o trabalho e registrar esses pensamentos é um hábito com raízes antigas, adotado por grandes líderes como o imperador Marco Aurélio e Benjamin Franklin.

Hoje, em um mundo cada vez mais acelerado, esse simples ato de escrever se mostra uma poderosa ferramenta de liderança, estimulando a criatividade e a tomada de decisões. A ciência reforça esse valor: pesquisas mostram que escrever pode melhorar o bem-estar emocional e a capacidade de tomada de decisão, reduzindo reações impulsivas e aumentando a percepção.

Quer adotar essa prática? Aqui vão dicas para começar:

1. Ritualize: Separe 15 minutos diários para escrever, de preferência ao fim do expediente.

2. Estruture com os 3 Rs: Registre (o que ocorreu), reflita (o que significa) e reconsidere (o que mudaria).

3. Pergunte-se: Em vez de relatar apenas fatos, explore: “Qual foi o momento mais desafiador hoje?” ou “Que padrões estou notando?”

4. Varie entre análise e intuição: Um dia, analise objetivamente; no outro, foque nas emoções e intuições.

5. Revise mensalmente: Busque padrões e percepções escondidas em suas anotações.

6. Seja autêntico: Não se preocupe com perfeição; o importante é capturar o que realmente importa.

Experimente! Pegue um caderno ou abra uma nota digital e aproveite esse espaço mental para refletir e evoluir.

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