Sexta, 6 de dezembro.

O isolamento social prolongado pode trazer sérios riscos tanto para a saúde física quanto mental. Associado ao sedentarismo, aumento de doenças cardíacas e obesidade, ele também aumenta o risco de depressão, ansiedade e estresse, e compromete o bem-estar como um todo. Confira nesta edição o que o governo da Coreia do Sul anda fazendo a respeito – e aproveite o final de semana para socializar com pessoas queridas!

E mais: o que a neurociência e a arte revelam sobre suas decisões, nova tendência questiona o desperdício de cosméticos, quantos bilionários existem no Brasil, sugestões especiais da redação de séries e filmes. Sextou com o Zat!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min49s

O PODER DO INCONSCIENTE

O que a neurociência revela sobre suas decisões

Imagine que o seu cérebro é como uma gigantesca rede de computadores, processando dados sem que você perceba. Para o neurocientista francês Stanislas Dehaene, boa parte do que fazemos no dia a dia é comandada por processos inconscientes – um tema que já fazia parte de discussões da psicanálise e da literatura e que hoje anda sendo estudado em laboratórios.

Poetas e escritores exploraram esse "mundo oculto" do inconsciente, sugerindo que ele molda a experiência humana de maneira profunda. Freud foi o primeiro a sistematizar o conceito, argumentando que o inconsciente influencia nossas ações, desejos e até mesmo sonhos.

Isso acontece, por exemplo, quando conscientemente queremos algo e, por motivos inconscientes, falamos ou agimos em outra direção.

Dehaene traz um enfoque moderno: a ciência agora consegue mapear o inconsciente, e as descobertas são impressionantes.

Em seu livro É Assim que Pensamos, ele mostra como a consciência é apenas uma pequena parte da atividade cerebral. Com ferramentas como neuroimagem e Inteligência Artificial, ele acredita que podemos decifrar melhor como nosso cérebro funciona "nos bastidores".

No fim, tanto a neurociência quanto a psicanálise e a literatura concordam em algo essencial: somos mais do que pensamos ser.

EPIDEMIA DE SOLIDÃO

Seul investe US$ 322 milhões contra isolamento social

A crise política que dominou o noticiário sobre a Coreia do Sul esta semana não é o único problema enfrentado atualmente pelo país. A capital sul-coreana está às voltas com uma crise de solidão que levou o governo a implementar um programa milionário de combate ao isolamento social.

O projeto "Seul sem solidão" prevê investimentos de US$ 322 milhões em iniciativas para reconectar seus cidadãos.

Na Coréia do Sul, 3% das pessoas entre 19 e 39 anos, aproximadamente 340 mil indivíduos, vivem reclusas. No extremo disso, o fenômeno conhecido como "godoksa, a morte solitária por suicídio ou doença após viver em isolamento, tem aumentado: os casos subiram de 3.378 em 2021 para 3.661 em 2023, segundo o Ministério da Saúde.

O programa inclui uma linha direta de aconselhamento 24 horas, espaços comunitários para refeições coletivas e um sistema de pontos para participação em eventos locais.

A iniciativa surge em um momento crítico para o país, que registrou a maior taxa de suicídios entre os países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, grupo que reúne 38 das principais economias mundiais) em 2023, com 27,3 casos por 100 mil habitantes.

BELEZA

Nova tendência questiona o desperdício de cosméticos

O #ProjectPan, movimento com mais de 17 mil publicações no TikTok, está questionando os exageros consumistas no setor de beleza ao promover o uso até o fim de maquiagens e cosméticos comprados, antes de partir para novas aquisições.

A tendência, que surgiu como contraponto à cultura do consumismo excessivo nas redes sociais, tem conquistado adesão significativa do público feminino globalmente.

O projeto desafia as estratégias tradicionais de marketing do setor cosmético, que frequentemente estimula compras por impulso. Além do forte apelo sustentável, a iniciativa tem impacto financeiro positivo para as consumidoras.

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ZAT INDICA

Filmes e séries dos países escandinavos

O cinema e as séries escandinavos têm conquistado o mundo com narrativas cativantes, personagens interessantes e um toque único de autenticidade. Seja para quem já é fã da região ou está buscando algo diferente para assistir, esta lista reúne sugestões da redação que vão do drama emocionante à comédia provocativa:

• Rita (2012, Dinamarca) – Uma série sobre uma professora irreverente que equilibra vida pessoal e profissional com muita autenticidade.

• Amor e Anarquia (2020, Suécia) – Essa provocativa série romântica foge do óbvio ao retratar as consequências de um desafio entre uma consultora e um técnico de TI.

• A Pior Pessoa do Mundo (2021, Noruega) – Um filme envolvente sobre os dilemas e incertezas da vida adulta, repleto de honestidade e charme.

• Lilyhammer (2012, Noruega) – Uma série que mistura drama e humor ao seguir um mafioso americano recomeçando a vida na Noruega.

• Força Maior (2014, Suécia) – Um drama brilhante sobre como um susto acabou não virando uma tragédia, mas mesmo assim abalou profundamente uma dinâmica familiar.

• Os Inocentes (2021, Noruega) – Um thriller sobrenatural que segue crianças descobrindo poderes misteriosos durante um verão.

• Borgen (Dinamarca, 2010)
  Aclamada série política que revela os bastidores do poder e os dilemas pessoais de uma primeira-ministra dinamarquesa.

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