Segunda, 7 de outubro.

Já pararam para pensar na quantidade de conteúdo despejado na internet todos os dias? Nesta edição, falamos sobre um novo fenômeno digital que está começando a entupir a rede de informações de baixa qualidade e como isso afeta o que vemos e lemos.

E mais: ensino à distância está à beira de superar o presencial, o resultado das eleições municipais, governo ameaça encerrar as bets se regulamentação falhar, o fator mais valorizado por profissionais ao redor do mundo. Segundou com o Zat!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min58s

SALA DE AULA ON-LINE

Ensino à distância está à beira de ultrapassar o presencial no Brasil

O panorama do ensino superior brasileiro está passando por uma transformação drástica. O Censo da Educação Superior revela uma tendência que pode redefinir o futuro da educação no país: o ensino à distância (EaD) está prestes a superar o ensino presencial em número de matrículas.

Das 9,9 milhões de matrículas no ensino superior, 4,9 milhões (49%) são em cursos EaD. Mais impressionante ainda, 66% dos novos ingressantes em 2023 optaram por essa modalidade.

Em resposta, o Ministério da Educação (MEC) implementou medidas regulatórias, incluindo a suspensão de novos cursos 100% EaD até março de 2025. O objetivo é garantir a qualidade da educação oferecida nessa modalidade em rápida expansão.

Um aspecto crucial frequentemente negligenciado nesse debate é o impacto no convívio universitário que não apenas educa, mas também socializa, criando redes de contatos e fomentando habilidades interpessoais essenciais para o futuro profissional.

À medida que o Brasil navega por essa transformação educacional, o equilíbrio entre acessibilidade, qualidade e a preservação da experiência universitária integral permanece um desafio para educadores, políticos e estudantes.

ACESSO AMPLIADO A MEDICAMENTO

Uma nova era na prevenção ao HIV

Uma importante vitória na prevenção ao HIV está a caminho: uma versão genérica do lenacapavir, injeção semestral que oferece proteção quase total contra o vírus, será produzida e vendida em 120 países de baixa renda por um valor muito abaixo do original.

Atualmente, o medicamento custa mais de 42 mil dólares anuais por paciente nos EUA. O preço exato da injeção de lenacapavir nos países da África ainda não foi definido pela fabricante Gilead. No entanto, estudos indicam que o medicamento pode ser produzido de forma lucrativa por cerca de 40 dólares por paciente por ano nesses países, se comprado em grandes volumes.

Para regiões com altas taxas de infecção, como a África Subsaariana, o medicamento promete transformar a resposta ao HIV.

A má notícia é que países de renda média, como Brasil, Rússia, China e México, que representam 20% das novas infecções, ficaram de fora do acordo. A Gilead venderá seu medicamento a esses países por preços mais altos.

Veja quanto o Brasil gasta atualmente com medicamentos para o HIV.

LIXO MODERNO

Depois do spam, temos o slop

Você pode até não saber o que significa "slop", mas já foi impactado por ele.

Sabe aquelas recomendações bizarras que aparecem nas suas buscas na internet, como usar cola para grudar queijo na pizza, ou aquelas imagens surreais e bobas? Isso é slop - lixo gerado por inteligência artificia, a IA.

Assim como acontece com o spam, ninguém quer ver slop no seu e-mail ou nas redes sociais. O termo ganhou força após o Google integrar respostas geradas por IA no topo dos resultados de busca com o modelo Gemini, tentando responder diretamente às consultas dos usuários.

Embora seja uma solução rápida, muitas vezes a informação não é precisa ou de boa qualidade, e acaba reforçando a presença do "slop" em nossos feeds.

O que especialistas esperam é que o uso do termo ajude a chamar atenção para o impacto negativo dessas imagens e textos gerados sem nenhum cuidado ou propósito, reforçando a necessidade de qualidade no conteúdo que consumimos na internet.

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Estratégias para uma demissão bem-sucedida

Pedir demissão pode ser um processo estressante, mas há maneiras de torná-lo mais suave para todos os envolvidos. Aqui vão cinco dicas:

1. Entenda bem seus motivos
Saia com convicção. Se é para cuidar da saúde, explorar novas oportunidades ou mudar de área, tenha claro o que te levou a essa decisão. Isso vai te ajudar a se comunicar melhor e até mesmo a enfrentar questionamentos.

2. Tenha uma conversa direta com a chefia
Nada de espalhar a notícia antes de conversar com seu líder direto. Agende uma reunião e comunique sua decisão de forma objetiva e respeitosa, evitando críticas ou desabafos desnecessários.

3. Esteja preparado para uma contraproposta
A chefia pode tentar negociar sua permanência. Avalie se vale a pena considerar, mas tenha em mente que, se os problemas são mais profundos, uma melhora no salário pode não resolver. Também esteja preparado para que a demissão seja aceita sem questionamento, e reaja com serenidade.

4. Formalize tudo
Após a conversa, é hora de comunicar oficialmente ao RH. Escreva uma carta de demissão objetiva, explicando seu desejo de desligamento e agradecendo pela oportunidade de trabalho.

5. Mantenha seu comprometimento até o final
Mesmo durante o período de aviso prévio, continue comprometido com suas tarefas e deixe tudo bem encaminhado. O profissionalismo com o qual você sai pode impactar futuras oportunidades.

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