Quarta, 8 de janeiro.

Mark Zuckerberg decidiu mexer no tabuleiro da moderação online, mexendo junto com os ânimos dos internautas. A Meta anunciou o fim do programa bilionário de checagem independente, apostando no modelo Community Notes, onde o poder de contextualizar postagens controversas cai nas mãos dos próprios usuários. A decisão levanta uma pergunta: até que ponto o controle da narrativa deve ser descentralizado? Enquanto alguns celebram a liberdade, outros veem riscos de desinformação. Confira na edição de hoje.

E mais: como 8 mil celulares roubados foram descobertos no centro de São Paulo, geração Z troca carreira por miniférias prolongadas, reajuste do salário mínimo não deve aumentar poder de compra. Vamos nessa!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min53s

FIM DA CHECAGEM INDEPENDENTE

Meta anuncia novo sistema de moderação

A Meta, dona do Facebook e Instagram, anunciou uma reformulação radical em sua política de moderação de conteúdo, encerrando seu programa de checagem independente avaliado em US$ 1,59 trilhão.

Mark Zuckerberg, CEO da companhia, recebeu uma avalanche de elogios e críticas de internautas ao anunciar que substituirá o sistema atual por Community Notes, modelo similar ao do X (antigo Twitter), no qual os próprios usuários adicionam contexto a publicações controversas. A empresa também reduzirá as restrições sobre temas como imigração e gênero.

Joel Kaplan, diretor global de assuntos da Meta, afirmou que o modelo anterior apresentava "viés político" na seleção de conteúdos verificados. A mudança de postura coincide com a aproximação entre Zuckerberg e Trump, incluindo uma visita recente à residência do presidente eleito. A Meta também nomeou Dana White, fundador do UFC e apoiador de Trump, para seu conselho de administração.

A alteração começará pelos Estados Unidos e representa uma virada significativa na política de moderação da Meta, prometendo menos filtros e mais autonomia aos usuários, o que é comemorado por uma parcela, enquanto outros se preocupam com potenciais riscos de exposição a conteúdo controverso.

OPERAÇÃO POLICIAL

Como 8 mil celulares roubados foram descobertos em pleno centro de São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo apreendeu mais de 8 mil celulares roubados em uma única operação na segunda-feira. A Operação Big Mobile, em sua segunda fase, resultou na prisão de 14 suspeitos por receptação de aparelhos furtados.

A maioria dos dispositivos foi encontrada em estabelecimentos comerciais e oficinas de reparo. A localização dos aparelhos foi possível graças ao rastreamento em tempo real e ao Imei (número de identificação único de cada celular).

Os números revelam a dimensão do problema: em 2024, a polícia paulista recuperou 39 mil celulares roubados só na capital, devolvendo 36 mil aos proprietários.

O Ministério da Justiça planeja expandir nacionalmente um programa de rastreamento de celulares roubados, já testado com sucesso no Piauí.

NOVA TENDÊNCIA

Jovens trocam carreira por miniférias prolongadas

A geração Z (nascidos entre 1997-2010) e os millennials (1981-1996) estão adotando uma nova estratégia profissional chamada "microaposentadoria" - períodos sabáticos no início da carreira. Segundo pesquisa do Gallup, instituto americano de pesquisa de opinião, apenas 50% dos trabalhadores relatam estar "prosperando" profissionalmente, o menor índice desde 2009.

A tendência surge como resposta ao observarem que as gerações anteriores - baby boomers (1946-1964) e geração X (1965-1980) - enfrentam dificuldades para se aposentar definitivamente. Dados do Pew Research Center, centro de pesquisas americano, mostram que o número de americanos acima de 65 anos ainda trabalhando quase dobrou nos últimos 35 anos.

Anaïs Felt, profissional de tecnologia de 31 anos, exemplifica a tendência: está em um sabático de até um ano e relata que recrutadores de grandes empresas têm demonstrado compreensão com sua escolha.

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RENOVAÇÃO PROFUNDA

10 perguntas para tornar seu ano transformador

Assim como os babilônios e romanos, que já faziam promessas no início do ano, hoje também buscamos um recomeço, embora o cenário tenha se tornado mais complexo. A rapidez das mudanças tecnológicas e as transformações no mercado de trabalho exigem mais do que desejos: é necessário um planejamento estratégico.

Infelizmente, muitas pessoas não conseguem levar adiante suas resoluções. Estudo da Universidade de Ohio indica que apenas 9% conseguem mantê-las. Para evitar esse destino, é essencial refletir sobre perguntas poderosas que ajudam a guiar a trajetória, como destacou o headhunter e CEO da Michael Page Ricardo Basaglia em sua coluna no Estadão:

1. Qual foi a melhor decisão do ano passado?

2. Qual seu desejo secreto para 2025?

3. O que você está pronto para deixar para trás?

4. O que fará para deixar o mundo melhor?

5. Quais lugares pretende visitar?

6. De onde extrairá energia?

7. Onde será mais corajoso?

8. Quais serão seus pilares nos momentos difíceis?

9. Como se recompensará pelos sucessos?

10. Qual palavra definirá seu ano?

Essas perguntas orientam mudanças e ajudam a transformar as metas em ações concretas ao longo do ano que se inicia.

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