Terça, 8 de abril.

O alto número de apostadores em plataformas de bets se torna ainda mais preocupante diante da forma como esses jogos são usados. Segundo levantamento recente, quem aposta nesse tipo de plataforma tem chances bem maiores de desenvolver um comportamento de risco do que em outras modalidades. Confira nesta edição.

E mais: conheça os sinais menos óbvios da depressão, como doar seu Imposto de Renda para projetos sociais, desmistifique a incompatibilidade sexual nos relacionamentos. Vamos nessa!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min50s

JOGO ARRISCADO

Pesquisa revela que 11 milhões de brasileiros fazem uso arriscado de apostas

Uma pesquisa da Unifesp revelou que cerca de 10,9 milhões de brasileiros fazem uso de risco das apostas, incluindo as populares “bets” online. O levantamento, feito para o Ministério da Justiça, mostra que 1,4 milhão já desenvolveu transtornos ligados ao jogo, com impactos financeiros, sociais e pessoais.

Os adolescentes são o grupo mais vulnerável: 10,5% dos jovens entre 14 e 17 anos apostaram no último ano, e mais da metade deles (55,2%) está na zona de risco. O estudo usou o Índice de Severidade do Jogo Patológico (PGSI), que analisa comportamentos como apostar mais do que pode perder ou tentar recuperar prejuízos com novas apostas.

As bets já são a segunda forma de aposta mais usada no Brasil, superando o jogo do bicho — em primeiro lugar vem a loteria. Mas há um diferencial importante: 66,8% dos usuários das bets apresentam uso de risco ou problemático, ante 26,8% entre os que apostam em outras modalidades.

Especialistas alertam que é preciso restringir propagandas de apostas, especialmente em ambientes que atingem menores de idade, como jogos de futebol. Eles também criticam o discurso de “jogo responsável” e defendem campanhas que exponham os reais riscos do vício.

ALÉM DA TRISTEZA

Depressão: conheça os sinais menos óbvios

A visão popular da depressão como uma condição que deixa pessoas incapazes de sair da cama não corresponde à realidade da maioria dos casos, alertam especialistas.

"A depressão pode ter muitas faces", explica Tânia Ferraz Alves, diretora médica do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. Segundo ela, muitos pacientes continuam trabalhando e socializando enquanto enfrentam o transtorno.

Entre os sintomas menos reconhecidos estão a irritabilidade, alterações no apetite, dificuldade de concentração, manifestações físicas como dores crônicas e a anedonia (perda de interesse em atividades antes prazerosas).

O transtorno, que atinge mais mulheres, é multifatorial – influenciado por genética, traumas, doenças crônicas e momentos de transição. Para o diagnóstico, a pessoa deve apresentar ao menos cinco sintomas por duas semanas.

Sem tratamento adequado, especialistas alertam que a depressão pode se tornar crônica, com prejuízos significativos para a qualidade de vida.

CONTEÚDO DE MARCA

Você sabia que pode doar seu Imposto de Renda para projetos sociais, sem custo?

Aparentemente, poucos sabem. De acordo com a Receita Federal, o potencial de doação de pessoas físicas via IR é de cerca de R$14 bilhões, mas apenas 2,43% desse montante é doado atualmente.

Você pode ajudar a mudar essa realidade: doe seu IR – seja a pagar ou a restituir – para os projetos do Pequeno Príncipe, o maior hospital pediátrico do Brasil, e ajude a transformar e salvar a vida de milhares de meninos e meninas de todo o Brasil. Se tiver IR a pagar, o valor doado é subtraído da quantia a pagar; caso tenha IR a restituir, o valor doado é somado à sua restituição.

Clique aqui e faça a sua doação até 30 de maio. As crianças atendidas pelo Hospital Pequeno Príncipe agradecem!

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CONEXÃO ÍNTIMA

Desmistificando a incompatibilidade sexual nos relacionamentos

A incompatibilidade sexual, frequentemente citada como desafio nos relacionamentos duradouros, vai além de diferenças físicas, segundo a especialista Emily Nagoski, educadora sexual e autora com mais de 25 anos de experiência. Em seu livro mais recente, Come Together, ela aborda a ciência e a arte do sexo em relacionamentos de longa duração.

"A maioria do que chamamos de 'incompatibilidade' são, na verdade, duas pessoas com roteiros mentais diferentes sobre como o sexo deveria funcionar", explica Nagoski. O problema geralmente não está nas pessoas, mas nos scripts que carregam.

Para casais que mantêm uma forte conexão sexual ao longo do tempo, três características são fundamentais: são amigos que se admiram e confiam um no outro; priorizam o sexo por seu valor no relacionamento; e abandonam regras externas para explorar o que é verdadeiro para si mesmos.

A comunicação emerge como elemento central para resolver essas questões. "É comum que as pessoas se sintam mais confortáveis fazendo sexo com alguém do que falando sobre sexo com essa mesma pessoa", observa a especialista, sugerindo a terapia sexual como caminho para desenvolver essa habilidade.

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