Quinta, 10 de abril.

Você sente que precisa provar seu valor através da produtividade? Em um mercado competitivo, aprender a dizer "não" torna-se uma habilidade essencial para preservar a saúde mental e a eficiência profissional a longo prazo. Confira nesta edição.

E mais: as 5 coisas que você não deve compartilhar com o ChatGPT, conheça o público do Zat, como lidar melhor com mudanças repentinas de humor. Vamos nessa!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min49s

VÍCIO EM OCUPAÇÃO

O ciclo vicioso entre estar ocupado e a saúde mental

Cerca de 68% dos profissionais brasileiros sofrem com sobrecarga crônica de trabalho, segundo dados da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV). Esse fenômeno, que especialistas definem como "vício em ocupação", tem a ver com aquela sensação de “estar sempre devendo” e pode se transformar em um modo de vida.

“A sobrecarga acontece quando você percebe que assumiu mais do que consegue lidar e não consegue enxergar uma estratégia para sair dessa situação", explica Bizzie Gold, estrategista comportamental e autora do livro Your Brain is a Filthy Liar (“Seu cérebro é um grande mentiroso”).

O corpo começa a dar sinais: doenças crônicas, sintomas autoimunes, irritabilidade e esgotamento mental. Courtney Carver, autora do livro Gentle: Rest More, Stress Less, And Live The Life You Actually Want (“Gentil: Descanse Mais, Estresse Menos e Viva a Vida Que Você Realmente Deseja”) destaca que muitas pessoas sequer reconhecem o problema: "Ficamos entorpecidos em relação ao que sentimos porque estamos presos a um ciclo onde nem sabemos mais reconhecer nossas necessidades".

Para reverter esse ciclo, especialistas recomendam pausas estratégicas como solução prática, criando agendas mais realistas, reduzindo o tempo de tela fora do expediente e dedicando momentos ao descanso genuíno e restaurativo (como caminhar ou ler).

A dica de ouro: antes de dizer "sim" a novos compromissos, pare e pense. Fazer menos não é preguiça, é autocuidado. A questão central, porém, é cultural, e a solução passa por aprender a reconhecer seu valor para além da produtividade.

SEGURANÇA DIGITAL

As 5 coisas que você não deve compartilhar com o ChatGPT

Com a popularização de chatbots como o ChatGPT, especialistas em cibersegurança chamam atenção para os riscos de exposição de dados pessoais.

Apesar de úteis no dia a dia, essas ferramentas armazenam informações que podem ser utilizadas para treinar modelos ou até serem alvos de falhas e ataques.

Entre os principais dados que não devem ser compartilhados estão informações de identidade (como CPF, RG e endereço), dados bancários, resultados médicos com identificação, segredos comerciais e senhas.

Para proteger sua privacidade, a recomendação é usar o modo de chat temporário, apagar conversas antigas e, se possível, utilizar ferramentas que anonimizam as perguntas enviadas.

A decisão sobre o que compartilhar ainda cabe ao usuário, mas é importante lembrar: toda conversa pode deixar rastros.

DIRETO DA REDAÇÃO

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SAÚDE EMOCIONAL

Como lidar com oscilações de humor

Mudanças repentinas de humor podem ser desconcertantes, mas entender seus gatilhos é o primeiro passo para lidar melhor com elas. Enquanto emoções são reações imediatas a estímulos, o humor é um pano de fundo emocional mais duradouro. Quando ele oscila sem motivo aparente, pode indicar desde cansaço ou estresse até algo mais sério.

Especialistas sugerem práticas como observar padrões (sono, alimentação, rotina), evitar gatilhos desnecessários e usar a técnica de “farejar sensações”, prestando atenção ao corpo em vez de ruminar mentalmente. Mudanças hormonais ou fases de vida também influenciam.

Se os altos e baixos forem intensos ou frequentes, vale buscar apoio profissional. Reconhecer suas variações emocionais, sem julgamento, pode ajudar a reagir com mais equilíbrio — e até a entender melhor o que os outros também estão vivendo.

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