Sexta, 11 de abril.

Luxo em tempos de crise: por que o exagero virou estética? Em um mundo marcado por incertezas, o visual boom boom resgata a ostentação dos anos 80 como forma de expressão e crítica. É fantasia, é provocação — mas também é espelho. Vem que a gente te mostra como essa estética está ganhando espaço.

E mais: remoção de tatuagens, o retiro cristão que atrai famosos, o que significa um “não lugar”. Vamos nessa!

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BOOM BOOM

O luxo exagerado que virou estética em meio ao caos

Em meio a crises políticas, guerras e desigualdade crescente, um novo estilo visual tem dominado a cultura pop: a estética boom boom.

Inspirada nos anos 1980, ela resgata o exagero dos ternos largos, ombreiras marcantes, tecidos nobres e uma exaltação quase teatral da riqueza — como uma armadura para tempos incertos. O nome vem de referências como o Boom Boom Room, clube luxuoso de Nova York, e evoca uma era de ostentação desinibida.

Ao contrário do quiet luxury, que aposta na discrição e no bom gosto silencioso dos muito ricos, o boom boom é escancarado, provocador, muitas vezes flertando com o deboche. É luxo como performance, riqueza como fantasia — um figurino que tanto satiriza quanto idolatra o poder.

Celebridades como Doechii, rapper e performer conhecida por sua estética ousada, e Ayo Edebiri, atriz da série The Bear, têm adotado esse visual em eventos de moda e premiações.

Em tempos de recessão e retrocessos políticos, o boom boom mistura crítica e desejo, escancarando uma pergunta: estamos rindo disso — ou tentando fazer parte?

LEGENDÁRIOS

Fenômeno religioso atrai empresários e famosos para imersão de 72 horas

O Legendários é um retiro cristão voltado exclusivamente para homens. Durante 72 horas em meio à natureza, os participantes se desconectam da rotina e mergulham em reflexões sobre propósito, fé e vida pessoal.

A imersão, que mistura espiritualidade com dinâmicas de grupo e custa a partir de R$ 1.490, tem ganhado força principalmente entre influenciadores, empresários e figuras públicas ligadas ao universo cristão. Já participaram nomes como o ex-BBB Eliezer e o influenciador Thiago Nigro.

O movimento começou em 2015, na Guatemala, e já passou por 13 países. Um dos princípios é que os detalhes do que acontece no retiro não sejam compartilhados publicamente, algo que contribui para o ar de mistério que cerca o evento.

Apesar da coincidência no nome e nas cores preto e laranja, o movimento Legendários não tem ligação com o antigo programa de TV comandado pelo apresentador Marcos Mion, exibido pela Record entre 2010 e 2017.
 

ARREPENDIMENTO CRESCENTE

Remoção de tatuagens ganha força com avanço tecnológico

Aproximadamente um quarto das pessoas se arrepende de ao menos uma tatuagem, segundo o instituto de pesquisa Pew Research Center. E a busca por remoção tem crescido, impulsionada por avanços significativos na tecnologia a laser.

A técnica tradicional — que quebra as partículas de tinta com pulsos de energia para que o corpo as elimine — ganhou novas versões mais potentes e específicas. Hoje, equipamentos modernos usam diferentes comprimentos de onda para atingir pigmentos variados, inclusive os tons mais difíceis como vermelho, laranja e amarelo. Além disso, esses lasers permitem tratar com mais segurança peles de tons diversos, reduzindo o risco de hipopigmentação.

Especialistas apontam que, embora o processo continue doloroso e demorado, ele se tornou mais eficiente. Tatuagens mais antigas, com tinta preta e localizadas próximas ao coração, seguem sendo mais fáceis de remover.

Mesmo assim, cada caso depende da pele, do pigmento e do equipamento usado.

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Nouvelle Vague: 5 filmes que mudaram o cinema para sempre

Mais do que um estilo, a Nouvelle Vague foi uma revolução nas telas. Nascida na França no fim dos anos 1950, ela desafiou as convenções do cinema tradicional com cortes bruscos, câmeras na mão, diálogos espontâneos e personagens cheios de nuances. Esses filmes capturaram o espírito da juventude, da liberdade criativa e da inquietação existencial de uma época. Aqui vão 5 títulos imperdíveis que estão entre os preferidos da redação:

Os Incompreendidos (1959) – François Truffaut
Um retrato tocante da juventude e da incompreensão familiar. Um marco inicial da Nouvelle Vague, com cenas icônicas e autobiográficas.

Acossado (1960) – Jean-Luc Godard
Talvez o mais emblemático do movimento, com edição frenética e diálogos improvisados. Um anti-herói carismático e uma narrativa livre quebram todas as regras.

Hiroshima, Meu Amor (1959) – Alain Resnais
Um poema visual e emocional sobre memória, trauma e amor, com roteiro da escritora Marguerite Duras. Hipnótico e atemporal.

Cléo das 5 às 7 (1962) – Agnès Varda
Acompanhe, em tempo quase real, duas horas da vida de uma cantora em Paris, enquanto ela espera o resultado de um exame médico. Feminino, sensível e moderno.

O Ano Passado em Marienbad (1961) – Alain Resnais
Misterioso e esteticamente deslumbrante, é um enigma cinematográfico que desafia o tempo linear e a própria memória.

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