Quinta, 11 de setembro.

Depois de anos de batalhas judiciais e familiares, o magnata da mídia Rupert Murdoch selou o destino de seu império: Lachlan, o filho mais alinhado ao conservadorismo do pai, ficará no comando. Os irmãos mais velhos — James, Elisabeth e Prudence — aceitaram vender suas participações, cada um recebendo cerca de US$ 1,1 bilhão. É o capítulo final de uma disputa real que inspirou até ficção televisiva.

E mais: a nova geografia das escolas de São Paulo, diagnósticos de câncer ligados ao 11 de Setembro superam número de mortos nos ataques, a volta do ócio criativo. Vem com o Zat!

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SUCCESSION DA VIDA REAL

A batalha bilionária por um trono midiático

Uma disputa familiar com ares televisivos chega ao fim com um desfecho digno de roteiro. A história que inspirou Succession, produção da HBO sobre poder e mídia, teve seu capítulo final nesta semana com o anúncio de que Lachlan Murdoch, presidente da News Corp, ficará com o controle total do conglomerado fundado por seu pai, Rupert Murdoch, hoje com 94 anos.

O acordo coloca fim a anos de tensão entre os irmãos James, Prudence e Elisabeth Murdoch, que deixam de ser beneficiários dos trustes com ações votantes da News Corp e da Fox Corporation, grupo que inclui veículos como a Fox News, The Wall Street Journal e The Times. Segundo fontes próximas, cada um receberá aproximadamente US$ 1,1 bilhão, provenientes da venda de cerca de 31 milhões de ações.

A disputa envolvia divergências ideológicas. James Murdoch, em especial, vinha se afastando da atuação da família por discordar da linha editorial da Fox News, especialmente em temas como mudanças climáticas e a cobertura das eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2020.

Em 2024, um tribunal em Nevada rejeitou a tentativa de Rupert e Lachlan de alterar os termos do truste familiar, classificando a iniciativa como feita de má-fé. Com o novo arranjo, Lachlan consolida sua posição como único controlador do império de mídia, sem participação dos irmãos no poder decisório.

A conclusão da disputa redefine a estrutura de poder de um dos maiores grupos de mídia do mundo e garante a continuidade de sua atual linha editorial sob liderança unificada.

EDUCAÇÃO MIGRANTE

A nova geografia das escolas de São Paulo

O número de estudantes estrangeiros nas escolas públicas de São Paulo dobrou entre 2019 e 2024. Segundo dados oficiais, a rede estadual passou de 11,5 mil para 20,4 mil alunos, enquanto a municipal chegou a 13,2 mil matrículas. Ao todo, mais de 100 nacionalidades estão representadas, com destaque para bolivianos (55% na rede municipal e 41% na estadual) e haitianos, especialmente em regiões como Zona Leste e Perus.

Algumas unidades se tornaram polos de referência, como a EMEF Espaço de Bitita, reconhecida pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). No entanto, diretores apontam que barreiras linguísticas e a inclusão em avaliações padronizadas, como o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), ainda geram distorções no desempenho das escolas.

As secretarias estadual e municipal de educação afirmam que o acesso é garantido independentemente da nacionalidade e da documentação dos alunos.

CONTEÚDO DE MARCA

Desculpas que estão travando o crescimento da sua empresa

O que impede o crescimento de muitas empresas não são recursos ou talento, mas as desculpas que viram rotina. “Não temos tempo para treinar”, “meu sócio não decide”, “o time não bate meta”, frases como essas mascaram a ausência de processos claros, liderança atuante e rotina de gestão.

Quando tudo depende do dono e não há qualificação de leads, passagem estruturada entre SDR e Closer, nem cultura de vendas com método, a empresa patina. A verdade é que, sem estrutura comercial, não há equipe que salve.

Segundo Thiago Concer, fundador do Sales Clube e especialista em vendas, “vendas previsíveis começam com a responsabilidade do dono”. Enquanto o líder mantiver o foco em justificar falhas, e não em enfrentá-las com método, o crescimento continuará travado.

Desculpas sustentam a estagnação. Estrutura e liderança destravam resultados. O próximo nível começa com decisão, e essa é sua, líder.

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PAUSA NA CORRERIA

Não há criatividade sem ócio

Há 30 anos, o sociólogo italiano Domenico De Masi (1938-2023) lançou o livro Ócio Criativo, conceito que continua atual diante do burnout e da precarização do trabalho. Acostumado a dormir pouco e acumular compromissos, De Masi conheceu os efeitos do excesso e percebeu que a criatividade depende de um equilíbrio entre trabalho, estudo e lazer.

Para ele, ócio não significa inatividade total, mas tempo dedicado a atividades sem objetivo econômico, motivadas por prazer ou curiosidade. Esses momentos são essenciais para desenvolver repertório, refletir e criar. “A principal característica da atividade criativa é que ela praticamente não se destaca do jogo e do aprendizado”, afirmava.

No Brasil, onde jornadas exaustivas ainda predominam — com mais de 470 mil afastamentos por transtornos mentais em 2024 —, o conceito de De Masi soa urgente. Especialistas como Eugenio Mussak lembram que a síntese ideal do ócio criativo combina trabalho recompensador, aprendizado e prazer, condições em que o cérebro funciona melhor e a atenção se amplia.

Críticos apontam riscos de romantização ou instrumentalização do ócio, mas seu legado permanece: em tempos de hiperprodutividade, reconhecer o valor do descanso ativo é um passo essencial para que criatividade e bem-estar prosperem.

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