Terça, 12 de novembro.

Você já parou para pensar em como o fracasso pode ser um combustível para a inovação? Talvez não pareça intuitivo, mas segundo Amy C. Edmondson, professora da Harvard Business School, abraçar os erros pode ser exatamente o que as empresas precisam para crescer. Em seu novo e já premiado livro, Edmondson nos convida a ver o fracasso como uma chance para testar, aprender e evoluir. Confira nesta edição.

E mais: por que os soldados norte-coreanos estão consumindo tanto conteúdo adulto na internet, Brasil lidera ranking de poder parlamentar sobre verbas, Instagram acaba com recurso que irritava um bom número de usuários. Vamos nessa!

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CULTURA CORPORATIVA

Conheça uma nova visão do fracasso

Mudar a forma de encarar o fracasso é essencial para impulsionar a inovação, argumenta Amy C. Edmondson, professora da Harvard Business School e autora de O Jeito Certo de Errar, lançado recentemente no Brasil.

Em seu livro, vencedor do Prêmio Livro de Negócios do Ano de 2023 do Financial Times, Edmondson explora a importância do “erro inteligente” — aquele que nasce de experimentos planejados e contribui para o aprendizado.

Para que o erro realmente gere inovação, é necessário criar o que Edmondson chama de “segurança psicológica”: um ambiente onde colaboradores se sintam confortáveis para admitir falhas. Sem essa segurança, a tendência é esconder os erros, perdendo lições valiosas.

Para a autora, diferenciar tipos de erros — como evitáveis, complexos e inteligentes — é essencial. Apenas os “erros inteligentes”, feitos em busca de inovação, devem ser incentivados. Em última análise, transformar o fracasso em parte da cultura organizacional prepara empresas para serem mais resilientes e adaptáveis, fatores fundamentais para inovar no cenário atual.

Para criar uma cultura de falhas produtivas, a especialista recomenda que empresas adotem práticas como o "protótipo rápido" — testes de baixo risco para obter feedback rapidamente. Também sugere a formação de equipes diversas para identificar pontos cegos nos projetos.

Em organizações menores, onde grandes erros podem ser fatais, Edmondson aconselha experimentos controlados com metas mensuráveis. "Empresas pequenas devem gerenciar o risco criando testes que não coloquem em risco a segurança humana, não prejudiquem a reputação e não sejam excessivamente onerosos", orienta.

A mudança de mentalidade sobre o erro, segundo a pesquisadora, é fundamental para a inovação no futuro. "Os líderes precisam construir culturas de resiliência e adaptabilidade, nas quais o fracasso é visto como componente do sucesso", conclui.

CONTROLE ORÇAMENTÁRIO

Brasil lidera ranking de poder parlamentar sobre verbas

O Congresso Nacional brasileiro detém um controle orçamentário sem precedentes entre as nações desenvolvidas, revela estudo do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) e da Secretaria do Orçamento Federal. A pesquisa, conduzida por Marcos Mendes e Hélio Tollini, comparou práticas orçamentárias de 12 países.

No Brasil, as emendas parlamentares representam 24% das despesas discricionárias do governo, mais que o dobro da Alemanha (9%), segunda colocada. Nos últimos quatro anos, deputados e senadores destinaram R$ 131,7 bilhões em emendas, um aumento de 87% em relação ao período 2017-2020.

O país é o único entre os analisados onde o Legislativo interfere na execução orçamentária após a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA). Em contraste, Canadá e Austrália sequer possuem sistema de emendas, enquanto outros membros da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) limitam-se a discutir prioridades e fiscalizar.

FIM DO ISOLAMENTO DIGITAL

Soldados descobrem pornografia após décadas de censura

O acesso inédito à internet irrestrita por soldados norte-coreanos na Rússia revela consequências inesperadas do isolamento digital. Segundo o Financial Times, as tropas estão "se empanturrando de pornografia" devido à primeira experiência com web sem censura em suas vidas.

O comportamento reflete a realidade da Coreia do Norte, onde o regime mantém rígido controle sobre o acesso digital. Os 10 mil soldados enviados para apoiar operações militares russas, após acordo entre Kim Jong Un (líder da Coreia do Norte) e Vladimir Putin (presidente da Rússia), experimentam pela primeira vez liberdade online.

O Pentágono (Departamento de Defesa dos EUA) evitou comentar o assunto, classificando como "entretenimento" e focando nas preocupações estratégicas do envolvimento norte-coreano no conflito.

As tropas foram transportadas da península coreana para Vladivostok, principal porto russo no Pacífico, e organizadas em brigadas em três locais no extremo leste do país.

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RELACIONAMENTOS

Como ter conflitos saudáveis?

Discutir em um relacionamento é normal e até essencial. Mas a forma como lidamos com os conflitos pode fortalecer ou desgastar o vínculo.

Muitas vezes, as brigas surgem de mágoas acumuladas que explodem em acusações mútuas, transformando pequenos incômodos em um duelo de rótulos: chamamos e somos chamados de “desleixado”, “egoísta”, “mandão”… Esse tipo de discussão tende a se aprofundar, criando ressentimentos.

Para transformar um conflito ruim em um momento de conexão, é importante entender a origem da raiva.

Por trás de muitas brigas, há medos e inseguranças que, quando compartilhados, promovem empatia. Busque trocar acusações por confissões sinceras sobre como se sente.

Conflitos saudáveis também envolvem abrir-se sobre experiências passadas que explicam nossas reações. Por exemplo: “Cresci vendo minha mãe cuidar sozinha da casa e tenho medo de repetir esse padrão.”

Com essa vulnerabilidade, os casais podem se desculpar pelas “loucuras” um do outro e lembrar que o diálogo constante é a chave. Afinal, bons conflitos podem ajudar o amor a crescer e se aprofundar.

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