Terça, 13 de maio.

O novo Atlas da Violência mostra uma queda de 20% nos homicídios em dez anos — mas nem tudo são boas notícias. Alguns estados vão na contramão, como o Rio de Janeiro, e jovens negros seguem como as principais vítimas. Confira nesta edição.

E mais: os hobbies fora da curva de CEOs brasileiros, o que é o UGC, que permite ganhar com redes sociais mesmo sem muitos seguidores, por que adotar a respiração consciente pode transformar o seu dia. Vem com a gente!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min52s

ATLAS DA VIOLÊNCIA

Homicídios caem 20% em uma década, mas violência contra jovens e dentro de casa preocupa

Entre 2013 e 2023, o Brasil registrou uma queda de 20,3% no número de homicídios, segundo o Atlas da Violência divulgado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Foram 45.747 mortes em 2023, frente a 57.396 dez anos antes. A taxa nacional caiu para 21,2 homicídios por 100 mil habitantes — a menor em 11 anos — mas ainda coloca o país entre os mais violentos do mundo.

Apesar da melhora geral, os dados revelam preocupações persistentes. Jovens de 15 a 29 anos seguem como as principais vítimas: representaram 47,8% dos homicídios em 2023. Os homens negros continuam sendo os mais atingidos, com uma taxa de 28,9 mortes por 100 mil habitantes, quase três vezes a de outros grupos.

Regionalmente, Norte e Nordeste concentram os maiores índices de letalidade, embora estados como Amazonas e Bahia tenham mostrado recuos. Já Amapá, Rio de Janeiro e Pernambuco destoaram da tendência de queda, com aumento nos homicídios no último ano.

O relatório alerta para o crescimento da violência dentro de casa, sobretudo contra crianças e adolescentes. Entre 2022 e 2023, as notificações de agressões contra menores de 19 anos subiram 36%, alcançando 115,3 mil casos. O relatório também aponta um aumento nos casos de violência sexual e maus-tratos registrados contra crianças de 0 a 4 anos. A maior parte das ocorrências aconteceu dentro da residência da vítima.

Segundo os pesquisadores, fatores como envelhecimento populacional, acordos entre facções e reformas em políticas estaduais ajudam a explicar a redução geral — mas reforçam a urgência de políticas focadas na proteção de populações vulneráveis e na prevenção da violência doméstica.

RAIO-X

Futebol de botão, cavalgadas e UTVs: os hobbies fora da curva de CEOs brasileiros

Para muitos líderes empresariais, ter um hobby vai muito além do lazer — é uma estratégia de autocuidado que impacta diretamente o desempenho no trabalho.

Gelio Medeiros, CEO da grife Martha Medeiros, por exemplo, se aventura a bordo de UTVs (veículos usados em ralis) duas vezes por ano, em expedições por terrenos desafiadores, como o Pantanal ou o Monte Roraima. “Só nessas viagens consigo realmente me desligar”, diz ele.

Já o espanhol Alvaro Gutierrez, CEO do grupo Oniverse no Brasil, opta por longas cavalgadas na natureza, como a que fez nos Andes, cruzando a fronteira entre Argentina e Chile. Ex-competidor de hipismo, ele compara o comportamento dos cavalos com o de funcionários: alguns seguem o líder naturalmente, outros são indomáveis.

Para Dennis Herszkowicz, da Totvs, o futebol de botão cumpre um papel semelhante. “É um hobby que ajuda a desopilar e a performar melhor no dia a dia”, afirma.

CARREIRA DIGITAL

UGC cresce no Brasil e permite ganhar com redes sociais mesmo sem muitos seguidores

Criadores de UGC (User Generated Content) produzem vídeos para marcas com foco na experiência real do consumidor, sem precisar aparecer ou ter muitos seguidores. Diferente dos influenciadores tradicionais, que dependem de audiência e engajamento, o UGC se baseia na naturalidade da apresentação.

Empresas buscam vídeos espontâneos e honestos — como alguém mostrando um produto em casa — para conectar com o público de forma mais autêntica. Por isso, o número de seguidores não é critério.

Com média de R$ 150 por vídeo, essa modalidade se tornou uma nova porta de entrada no mercado digital. O criador pode atuar em diferentes nichos, desde beleza até utensílios domésticos, e não precisa de câmera profissional nem edição avançada. É possível trabalhar com grandes marcas apenas usando o celular.

Por outro lado, no início da carreira é comum aceitar permutas em vez de pagamento, como forma de construir portfólio e conquistar espaço — o que pode dificultar a geração de renda imediata.

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BEM-ESTAR

3 dicas para adotar a respiração consciente

A respiração consciente é uma prática simples, mas poderosa, que pode trazer benefícios significativos para a saúde mental e emocional. Aqui estão 3 dicas para você começar:

1. Observe sua respiração: preste atenção em como você respira ao longo do dia. Quando estiver ansioso ou estressado, a respiração tende a ficar mais rápida e superficial. Estar consciente disso é o primeiro passo para gerenciar melhor as emoções.

2. Inclua momentos de respiração profunda na rotina: dedique de 1 a 5 minutos, três vezes ao dia, para praticar a respiração consciente. A prática regular facilita a integração dessa técnica no seu dia a dia.

3. Observe os efeitos na ansiedade: a respiração controlada ajuda a reduzir o estresse e traz uma sensação de controle, essencial para quem lida com a ansiedade. Observar os efeitos irá incentivar a prática.

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