Quinta, 14 de agosto.

Nos últimos dias, o caso Felca x Hytalo Santos incendiou as redes e reacendeu o debate sobre a exposição e sexualização de menores online. Mesmo com tecnologia avançada, Instagram, TikTok e YouTube ainda deixam esse conteúdo circular — e lucram com ele.

E mais: a pausa no banheiro que virou tendência no TikTok, 5 pilares para se equilibrar entre vida pessoal e profissional, quando o detox digital vira necessidade. Vamos nessa!

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CRIANÇAS EXPOSTAS

Redes sociais lucram com engajamento; STF vê omissão e big techs resistem à regulação

Mesmo com tecnologia de ponta para moderação, redes sociais como Instagram (da Meta), TikTok e YouTube seguem permitindo a exposição e sexualização de crianças e adolescentes, apontam especialistas. O caso recente do youtuber Felca, que acusou o influenciador Hytalo Santos de explorar adolescentes em vídeos voltados ao público adulto, escancarou como esse conteúdo circula livremente online.

As plataformas alegam que proíbem esse tipo de material, mas a realidade mostra que ele permanece visível — e até monetizado. Segundo Maria Mello, coordenadora do Instituto Alana, o problema está no modelo econômico das redes, baseado no engajamento: quanto mais polêmico ou sensível o conteúdo, maior o tempo de permanência do usuário e, por consequência, mais lucro para a plataforma.

Enquanto especialistas pedem mudanças estruturais e maior responsabilidade, as big techs têm atuado contra propostas de regulação no Congresso, inclusive pressionando para suavizar o PL 2628/2022, que trata da proteção de crianças online. O projeto voltou à pauta após o caso Felca, mas não incluiu o "dever de cuidado" das plataformas. Ontem (13), a CCJ da Câmara aprovou um projeto que aumenta pena para aliciamento de menores pela internet. A proposta agora segue para votação no Plenário da Casa.

Já o STF (Supremo Tribunal Federal), em decisão recente, reconheceu que há uma falha sistêmica na moderação de conteúdos ilegais e que as redes podem ser civil e criminalmente responsabilizadas por omissão diante de crimes como pornografia infantil e exploração de vulneráveis.

BATHROOM CAMPING

A pausa no banheiro que virou tendência no TikTok

Sabe aquele momento em que você se tranca no banheiro só para ficar sozinho? Pois é: agora isso tem nome, hashtag e milhares de vídeos no TikTok: bathroom camping. Jovens da Geração Z estão transformando banheiros em verdadeiros “bunkers emocionais”, passando minutos ou horas ali dentro para “resetar” a mente, fugir da sobrecarga e garantir um pouco de solidão.

Para o tiktoker @Hendo, é simples: “sou só eu comigo mesmo”. Outros dizem que o hábito é quase instintivo e que sempre conferem o banheiro ao chegar em um novo lugar, seja por conforto, hábito ou até lembranças de momentos em que se trancar era sinônimo de segurança.

Mas o que antes era um recurso pessoal virou performance digital. Vídeos mostram pessoas sentadas no chão, rolando o feed, fumando vape ou simplesmente olhando para o nada. E, como em toda trend, há detratores: quem precisa usar o banheiro de verdade reclama do “acampamento” prolongado, especialmente em locais públicos ou no trabalho.

CONTEÚDO DE MARCA

5 pilares: desequilíbrio entre vida pessoal e profissional

Crescer profissionalmente enquanto a vida pessoal desmorona não é sinônimo de progresso, mas um sinal de alerta. Os cinco pilares que sustentam um empreendedor, saúde, família, fé, negócios e finanças, devem estar alinhados para garantir estabilidade e um crescimento saudável. Ignorar qualquer um deles pode desencadear um efeito dominó, afetando tanto o bem-estar pessoal quanto os resultados empresariais.

No começo, o desequilíbrio pode passar despercebido, mas a longo prazo cobra um preço alto: desgaste físico e emocional, decisões equivocadas e até o abandono do negócio. Preservar a saúde emocional e física é tão importante quanto atingir metas comerciais e expandir o negócio.

Liderar com equilíbrio requer atenção constante e escolhas conscientes, protegendo a base que sustenta o sucesso profissional e pessoal. Sem isso, o crescimento pode vir acompanhado de queda na qualidade de vida e desempenho insatisfatório. 

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Excesso de telas: quando o detox digital vira necessidade

Em um mundo hiperconectado, cada vez mais pessoas decidem se afastar das redes sociais para preservar a saúde mental. Para especialistas, reduzir o tempo de tela pode diminuir ansiedade, insônia, irritabilidade e a sensação constante de inadequação causada pela comparação social.

O excesso de informações, o FOMO (fear of missing out, medo de perder o que está acontecendo) e a pressão por estar sempre atualizado mantêm o corpo em estado contínuo de alerta, afetando sono, alimentação e relações pessoais. A decisão pode fortalecer a autonomia emocional e reconectar com experiências presenciais.

A oficial da Marinha Mercante Thelma, 38, decidiu abandonar as redes ao perceber que vivia mais para postar do que para desfrutar o momento. Já o engenheiro Bruno Gurgel, 37, enfrentou problemas físicos e emocionais pelo vício em telas, chegando a 196 quilos. Hoje, usa redes de forma controlada, escolhendo bem o que consumir.

Especialistas defendem que o detox digital não precisa ser definitivo: pausas estratégicas e navegação consciente, com mais intencionalidade e menos automatismo, ajudam a recuperar equilíbrio e bem-estar.

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