Sexta, 15 de agosto.

Nos últimos dias, um terapeuta de Nova York que atende milionários voltou aos holofotes com o alerta de que, baseado na sua experiência clínica, dinheiro não garante mesmo felicidade. Ele usa exemplos da série Succession para explicar o “efeito tóxico da abundância”, quando nunca parece ser suficiente.

E mais: quanto o Brasil deve gastar com streaming e serviços digitais em 2025, Coreia do Sul abre ‘lojas de conveniência’ especiais para combater solidão, 5 séries de época para maratonar na Netflix. Sextou com o Zat!

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RIQUEZA EXTREMA

O que 'terapeuta de ricos' aprendeu sobre felicidade ouvindo os problemas dos milionários

O psicoterapeuta americano Clay Cockrell, conhecido como “terapeuta de ricos” em Nova York, diz ter abandonado o sonho de enriquecer após atender milionários. Segundo ele, o “efeito tóxico da abundância” cria um ciclo viciante: sempre querer mais dinheiro, sem atingir a satisfação. “A felicidade não vem da conta bancária. Simplesmente não vem”, afirma.

Cockrell orienta seus pacientes a buscar propósitos além do acúmulo de patrimônio, como filantropia ou novos projetos. Ele observa que o dinheiro pode gerar isolamento, desconfiança e dificuldade em formar relações genuínas. Entre herdeiros, é comum tanto a falta de ambição quanto a pressão para superar os pais — um cenário que pode levar a comportamentos de risco.

O terapeuta ganhou notoriedade ao relacionar seus atendimentos com a série Succession, que retrata o impacto corrosivo do excesso sobre famílias multimilionárias. Para ele, a obra acerta ao mostrar como a riqueza extrema afasta da “vida real”.

Embora reconheça que a maioria das pessoas enfrenta problemas ligados à escassez, Cockrell vê nos super-ricos um alerta: se quem “tem tudo” ainda sofre, a chave para a felicidade talvez esteja em outra parte. “Relacionamentos, família e contribuição para a comunidade”, diz.

ENTRETENIMENTO EM ALTA

Brasil deve gastar R$ 215 bilhões com streaming e serviços digitais em 2025

O Brasil já responde por 36% da receita de entretenimento e mídia na América Latina e ocupa a 11ª posição no ranking global, segundo a consultoria PwC. A projeção é que consumidores brasileiros desembolsem R$ 215 bilhões este ano em streaming, música, games e outros serviços digitais.

Em 2024, 32,7 milhões de lares tinham ao menos um serviço de streaming, com gasto médio mensal de R$ 118 e 3,8 assinaturas por pessoa. O crescimento pressiona a balança de pagamentos: no primeiro semestre de 2025, as remessas ao exterior para pagar serviços digitais aumentaram 24%, atingindo US$ 9,94 bilhões.

Entre as líderes de faturamento no país, segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine), estão Netflix (R$ 10,4 bi), Disney+ (R$ 7 bi) e YouTube (R$ 6,5 bi). A Ancine avalia aplicar a Condecine sobre plataformas, medida que pode gerar até R$ 9,14 bilhões por ano em arrecadação.

SALAS ACOLHEDORAS

Coreia do Sul abre ‘lojas de conveniência’ especiais para combater solidão

Em Seul, quatro “lojas de conveniência acolhedoras” oferecem mais do que lanches gratuitos: elas funcionam como refúgio para pessoas que se sentem isoladas. Inauguradas em março, já receberam 20 mil visitantes, muito acima dos 5 mil previstos para o primeiro ano.

O espaço lembra uma sala de estar, com filmes, massagem e macarrão instantâneo à vontade. Antes de comer, os visitantes preenchem um breve questionário sobre humor e condições de vida, ajudando a mapear a solidão na cidade.

Conselheiros conversam e acolhem quem chega. O público é diverso: idosos que moram sozinhos, jovens afastados da família e desempregados. Para muitos, como Hee-kyung, 29, que não tem contato com a família e conheceu amigos apenas online, o local é o único ponto de interação diária.

As lojas também oferecem ar-condicionado no verão, ajudando moradores de baixa renda. O nome foi escolhido para evitar o estigma associado à ajuda psicológica.

A iniciativa integra um esforço maior contra as “mortes solitárias” e o isolamento social, problema que também levou Japão e Reino Unido a criarem órgãos específicos para enfrentá-lo.

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VIAGEM NO TEMPO

5 séries de época para maratonar na Netflix

Com figurinos deslumbrantes, cenários imersivos e tramas que misturam romance, intriga e acontecimentos históricos, as séries de época continuam conquistando fãs ao redor do mundo. Selecionamos cinco títulos que valem cada minuto na frente da tela, e e todos estão disponíveis na Netflix:

1. Bridgerton – Inspirada nos livros de Julia Quinn, a série acompanha os oito irmãos Bridgerton na aristocracia londrina do século XIX, repleta de escândalos, romances e figurinos impecáveis.

2. A Coroa – Retrato íntimo do reinado da Rainha Elizabeth II, abordando crises políticas, dilemas familiares e os bastidores da monarquia britânica ao longo de décadas.

3. Outlander – Mistura de romance, aventura e ficção histórica, acompanha Claire, enfermeira da Segunda Guerra Mundial que viaja no tempo para o século XVIII e conhece o guerreiro escocês Jamie Fraser.

4. Peaky Blinders – Drama intenso sobre a ascensão da família Shelby no submundo do crime de Birmingham, na Inglaterra pós-Primeira Guerra Mundial.

5. Toda a Luz Que Não Podemos Ver – Minissérie emocionante que narra o encontro de uma jovem francesa cega e um soldado alemão durante a Segunda Guerra Mundial, baseada no romance vencedor do Pulitzer.

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