Quinta, 16 de janeiro.

Uma das fake news mais famosas antes da internet foi a história do "Menino do dedo cortado", um boato que circulou muito nos anos 80. A história dizia que um garoto foi hospitalizado após cortar o dedo com uma lata de refrigerante, e o corte teria sido tão grave que a parte cortada teria se transformado em "bicho" dentro de sua mão. Não havia nenhuma evidência disso, mas a história foi espalhada por todo o Brasil, levando os pais a ficarem extremamente cautelosos com o uso de latas de refrigerante.

E mais: uso do Pix tem recorde de queda após boatos sobre fiscalização, músculos fortes são a chave para longevidade após os 30 anos, como milionários planejam morrer sem nada no banco. Vamos nessa!

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EFEITO DOMINÓ

Uso do Pix tem recorde de queda após boatos sobre taxação

O governo revogou ontem a norma da Receita Federal que determinava o monitoramento de transações financeiras acima de R$ 5.000 para pessoas físicas. A revogação aconteceu após especulações sobre uma suposta taxação do Pix, que geraram confusão entre os usuários, principalmente após a circulação de um vídeo nas redes sociais.

O Procon-SP emitiu uma nota orientando comerciantes e fornecedores que a cobrança de taxas extras em pagamentos via Pix é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor, uma regra válida para qualquer meio de pagamento. Dados mostram que o número de transações via Pix caiu 10,9% entre 4 e 10 de janeiro, em comparação com o mesmo período de dezembro – uma queda maior que a esperada sazonalmente.

Em resposta, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que será editada uma Medida Provisória (MP) para equiparar legalmente os pagamentos via Pix a dinheiro em espécie, proibindo qualquer cobrança diferenciada. A Advocacia-Geral da União (AGU) também indicou que investigará a propagação de informações falsas sobre o tema.

Lançado em 2020, o sistema Pix atingiu 152 milhões de usuários ativos em 2023, com forte crescimento também no setor empresarial, que passou de 3,4 milhões para 12 milhões de empresas participantes.

NUTRIÇÃO PREVENTIVA

Músculos fortes são a chave para longevidade após os 30 anos

Pesquisa com mais de 9.400 adultos revela que antioxidantes são cruciais para prevenir a sarcopenia - distúrbio caracterizado pela perda significativa de massa muscular.

A perda muscular natural inicia aos 30 anos e se intensifica após os 70, podendo aumentar riscos de quedas, dificultar a cicatrização e comprometer o sistema imunológico. Além dos exercícios de força, a alimentação tem papel fundamental na prevenção.

O estudo destaca nutrientes essenciais como vitamina A, presente em ovos, abóbora e manga, vitamina E, encontrada em castanhas e azeite, selênio, abundante em peixes, e ômega-3, presente em sardinha e salmão.

É importante evitar alimentos ultraprocessados, que interferem na saúde muscular e aumentam o risco de artrite. Embutidos e excesso de gordura animal também devem ser limitados, pois elevam o risco de doenças neurodegenerativas. Especialistas recomendam ainda distribuir proteínas ao longo do dia.

TENDÊNCIA FINANCEIRA

Como milionários planejam morrer sem nada no banco

O movimento "Die with Zero" (Morrer com Zero) ganha força entre pessoas de alta renda nos Estados Unidos, inspirado pelo best-seller homônimo do Wall Street Journal. A ideia é gastar ou doar todo patrimônio em vida, em vez de deixar herança.

Elena Nuñez Cooper, fundadora da assessoria Ascend PR de Chicago, com US$ 4 milhões em patrimônio, exemplifica a tendência. Aos 32 anos, planeja doar milhões para causas beneficentes e ensinar seus futuros filhos a fazerem o mesmo.

Especialistas alertam que o desafio está em calcular quanto será necessário para a velhice, já que os custos com saúde tendem a aumentar e a inflação impacta o poder de compra.

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POR TRÁS DO DINHEIRO

Os 4 bloqueios psicológicos que levam a más decisões financeiras

O psicólogo e consultor financeiro Bradley Klontz explora como crenças herdadas influenciam nossa relação com o dinheiro. Coautor de oito livros e professor na Universidade Creighton (EUA), ele defende que essas crenças, chamadas "roteiros financeiros", são narrativas que moldam nossas decisões financeiras.

Klontz explica que há quatro tipos principais de bloqueios financeiros, que podem se tornar tóxicos e prejudicar nossa saúde financeira: evitar o dinheiro, adorá-lo, usá-lo como símbolo de status ou ser hipervigilante.

Segundo o autor, essas crenças muitas vezes derivam de experiências de nossos antepassados, como traumas econômicos ou hábitos familiares. Mudá-las exige identificar sua origem e reescrever os roteiros mentais.

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