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Edição de 16/09/2025
Terça, 16 de setembro.
O ensino superior dos EUA encara um “abismo demográfico”: até 2041, o número de jovens formados no ensino médio deve cair 13%. O impacto será desigual — enquanto Harvard e Michigan seguem fortes, faculdades menores podem fechar as portas. Some-se a isso o ceticismo sobre o valor do diploma, e o futuro universitário americano parece prestes a mudar.
E mais: estudo inédito identifica 3.678 grupos de interesse em atuação no Brasil, por que o Google Maps ainda não funciona em alguns países asiáticos, o que fazer quando um amigo reclama demais. Vem com o Zat!
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GRUPOS EM FOCO
Quem grita mais alto no Congresso

Um estudo inédito identificou 3.678 grupos de interesse em atuação no Brasil. O número, elevado até para padrões europeus, revela um ambiente de forte concorrência pelo acesso aos tomadores de decisão. A pesquisa, conduzida por acadêmicos da Universidade de São Paulo (USP) e da Aston University (Reino Unido), mostra que o debate em torno da nova Lei Geral de Licenciamento Ambiental expôs um desequilíbrio na representação de interesses no país.
O projeto foi impulsionado por lobbies do agronegócio, da indústria e do setor de energia. Já associações ambientalistas e indígenas criticaram a proposta por reduzir salvaguardas socioambientais. Entre os trechos vetados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estavam dispositivos que fragilizavam a proteção de terras não regularizadas.
Apesar de amplo, o ecossistema de grupos é desigual. Cerca de 75% das organizações estão sediadas em apenas três estados: São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro. A diversidade declarada também levanta dúvidas. Organizações com agendas opostas, como o Instituto Brasileiro de Petróleo (ligado ao setor de energia) e a ONG Terra de Direitos (com foco em justiça socioambiental), se classificam como defensoras dos direitos sociais.
Para os autores da pesquisa, o número de grupos não garante representação democrática. A influência real está associada à visibilidade, aos recursos disponíveis e ao acesso institucional. No caso do licenciamento, a disputa evidencia como a competição por influência molda o processo político no país.
Panorama 🌎
🇺🇸 EUA prometem reagir à condenação do ex-presidente Bolsonaro com novas sanções.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou que os Estados Unidos anunciarão medidas nos próximos dias em resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi dada após a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que sentenciou Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe, junto a outros sete réus.
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Donald Trump defende fim da obrigatoriedade de balanços trimestrais por empresas nos EUA.
DEMOGRAFIA EM QUEDA
Faculdades dos EUA enfrentam declínio histórico de candidatos

Imagem: Getty Images
O ensino superior nos Estados Unidos se prepara para um cenário de retração inédito: a partir deste ano, o número de formandos do ensino médio começa a cair de forma contínua até 2041, somando uma redução de 13%, de quase 3,9 milhões para 3,4 milhões de estudantes, segundo projeções.
O fenômeno é chamado de “abismo demográfico”, resultado da queda de natalidade após a Grande Recessão (2007-2009) e agravado pela pandemia de COVID-19.
Os efeitos não serão homogêneos. Universidades de elite, como Harvard (privada) e Michigan (pública), devem manter alta demanda, enquanto faculdades regionais e liberal arts colleges enfrentam maior risco de cortes, fusões e até fechamento. Estados do Nordeste e Meio-Oeste, que concentram instituições, devem ser os mais afetados, com queda superior a 15% nos candidatos.
A crise coincide com maior ceticismo das famílias sobre o valor do diploma: apenas 56% veem a faculdade como investimento, ante 85% na década passada. O resultado pode redesenhar o mapa do ensino superior americano.
MOTIVAÇÃO POLÍTICA
Por que o Google Maps ainda não funciona em alguns países asiáticos

Interface do Google Maps, NaverMap e KakaoMap, respectivamente.
Apesar de ser uma das ferramentas digitais mais usadas no mundo, o Google Maps enfrenta barreiras em países da Ásia, especialmente na Coreia do Sul. Nessas regiões, a limitação não é tecnológica, mas política: governos consideram mapas digitais como ativos estratégicos ligados à soberania nacional e à segurança.
No caso sul-coreano, a legislação proíbe que empresas estrangeiras armazenem dados cartográficos fora do país. O Google se recusou a transferir seus servidores para território local, o que impede o funcionamento completo de recursos como navegação em tempo real e rotas detalhadas. Além disso, a proximidade com a Coreia do Norte torna a questão ainda mais sensível, já que informações geográficas são consideradas críticas em caso de conflito.
Disputas semelhantes também ocorrem em países como Índia e China, que impõem restrições a serviços estrangeiros e priorizam plataformas próprias. Para especialistas, o embate envolve não apenas privacidade e segurança, mas também a competição pelo controle de dados estratégicos e pelo mercado bilionário de serviços baseados em geolocalização.
Enquanto isso, usuários nesses países recorrem a aplicativos locais, muitas vezes mais alinhados às regras de cada governo, mas menos integrados à experiência global que tornou o Google Maps tão popular.
ASSUNTO
PARA O ALMOÇO 💬
Seu signo pode estar errado – e a culpa é da Terra!
Você sabia que seu signo do zodíaco pode não ser o mesmo de quando você nasceu? Isso acontece por causa da precessão axial, um “bamboleio” lento da Terra que muda nossa visão das estrelas ao longo dos séculos. Em 2.000 anos, esse movimento deslocou o fundo estelar, e o Sol hoje aparece em constelações diferentes das de antigamente.
Por exemplo: quem nasceu em 14 de setembro, que antes era de Virgem, hoje teria o Sol em Leão!
Além disso, os signos dividem o céu em 12 partes iguais, mas as constelações têm tamanhos diferentes. Algumas, como Virgem, ocupam muito mais espaço.
Ah, e tem até um 13º signo esquecido: Ofiúco!
O QUE MAIS
TÁ ROLANDO? 👀
Foto: Unsplash
💼 Saúde, tecnologia e energia vão liderar empregos até 2034, diz órgão dos EUA. Áreas como saúde, TI e energias renováveis terão maior crescimento na próxima década. Já setores tradicionais, como varejo e mineração, devem encolher. Especialistas dizem que essas tendências também afetam o Brasil, ainda que com ritmos diferentes. Veja os trabalhos que devem crescer ou encolher até 2034.
ECONOMIA E NEGÓCIOS
📉 'Prévia do PIB' do BC recua 0,5% em julho, no 3º mês seguido de queda. O IBC-Br, indicador que antecipa o PIB, caiu pelo terceiro mês consecutivo. Juros altos (Selic a 15%) seguem como freio da economia. O Banco Central diz que a desaceleração é parte da estratégia para conter a inflação e levar a meta aos 3%.
📊 B3 registra queda de liquidez no mercado à vista, no menor nível desde 2019. O volume médio diário de negócios em ações caiu para R$ 14,7 bilhões, refletindo o desinteresse de estrangeiros e levantando alertas sobre possíveis distorções nos preços. O recorde do Ibovespa esconde um mercado com pouca movimentação.
💄 Natura vende operações da Avon na América Central por US$ 22 milhões. A venda inclui Guatemala, Panamá e outros quatro países da região. A marca continuará presente localmente, agora sob o Grupo PDC. A Natura seguirá como licenciadora e fornecedora, e afirma que o negócio faz parte da sua estratégia de simplificação, sem impacto nas operações da América Latina.
SAÚDE E CIÊNCIA
🏥 Hospitais do SUS estão entre os melhores do mundo, diz ranking da Newsweek. Cinco hospitais públicos brasileiros foram incluídos em lista internacional de excelência médica, ao lado de nomes como Mayo Clinic e Johns Hopkins. Saiba quais.
🫁 Sopre numa garrafa e descubra a idade dos seus pulmões. Um teste caseiro simples, feito com garrafa, água e um canudo, permite estimar sua capacidade pulmonar. Isso ajuda a entender se seus pulmões estão envelhecendo mais rápido do que deveriam — e pode motivar cuidados preventivos. Veja como fazer.
🦷 Homem volta a enxergar após ter dente implantado no olho. No Canadá, Brent Chapman recuperou a visão após cirurgia em que um dente foi adaptado para sustentar uma lente dentro do olho. Técnica médica pouco convencional surpreendeu até o próprio paciente.
ETCETERA
🏝️ Sam Altman, CEO da OpenAI, colocou à venda sua mansão no Havaí por US$ 49 milhões (R$ 263 milhões). O imóvel de 10 quartos tem piscina, spa, heliponto e quadra de tênis. A propriedade ganhou destaque por sediar seu casamento em 2024 e a venda ocorre em meio à crescente atenção sobre sua fortuna.
🚨 Em Minas, uma jovem de 21 anos transformou fofoca em negócio e acabou presa. Usando app anônimo, divulgava boatos sobre vizinhos e cobrava para apagar — valores chegavam a R$ 500. Postagens causaram bullying, prejuízo a instituições e até depressão em vítimas.
CLICKBAIT
🍔 Você não vai acreditar: o Burger King usava a senha “admin” para proteger sistemas de lojas!
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RELAÇÕES
O que fazer quando um amigo não para de reclamar

Imagem: Giphy
Reclamar pode ser saudável: desabafar sobre um problema, dividir frustrações do dia a dia ou até resmungar com humor pode reforçar laços e aliviar tensões. Mas quando as queixas se tornam constantes, agressivas ou repetitivas, o hábito deixa de ser catártico e passa a ser tóxico, desgastando amizades.
O primeiro passo é observar o contexto. Reclamações podem sinalizar que a pessoa atravessa dificuldades — como estresse no trabalho, conflitos familiares ou até sintomas de depressão. Nesse caso, oferecer escuta empática e perguntar o que realmente a incomoda pode abrir espaço para uma conversa mais construtiva.
Mas se o comportamento vira rotina, é possível adotar estratégias para se proteger. Uma delas é o “método da rocha cinzenta”: responder de forma neutra e não alimentar o ciclo de lamúrias. Outra é sugerir ajuda profissional, como terapia ou coaching, dependendo do problema relatado.
Se a amizade for importante, vale ser direto, mostrando como as queixas afetam a relação e incentivando atitudes práticas. Quando nada disso funciona, reduzir o convívio pode ser a saída para preservar sua energia emocional.
Amigos reclamões podem cansar, mas também revelam vulnerabilidades. O equilíbrio está em acolher, sem deixar que a negatividade alheia sugue o seu bem-estar.
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