Quarta, 16 de outubro.

Como o desperdício de comida tem sido combatido mundo afora? A França foi o primeiro país a proibir que supermercados descartassem alimentos, incentivando doações. Já o Japão tem uma forte cultura de respeito aos alimentos, com programas que promovem o consumo sustentável. Suécia e Dinamarca investem em campanhas educacionais, enquanto a China tem reduzido o problema com iniciativas de combate ao desperdício dentro de suas estratégias de segurança alimentar.

E mais: os fãs brasileiros de basquete têm gostado da expansão da NBA pela América Latina, a rede mexicana Oxxo supera 500 lojas em São Paulo, governo do Reino Unido oferece injeções para perda de peso a desempregados obesos. Vamos nessa!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min55s

30% DO TOTAL

Brasil desperdiça R$ 61,3 bilhões por ano em alimentos

O Brasil figura entre os maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, porém, ocupa a lista dos 10 países que mais desperdiçam comida.

Cerca de 30% dos alimentos produzidos aqui são desperdiçados ao longo da cadeia produtiva, somando 46 milhões de toneladas por ano.

O prejuízo estimado é de R$ 61,3 bilhões anuais, afetando não apenas a economia, mas também o meio ambiente e a segurança alimentar do país.

As perdas ocorrem em diferentes etapas — da colheita e transporte até a comercialização e o consumo final —, refletindo ineficiências logísticas e falta de políticas públicas eficazes para conter o desperdício.

Nesse cenário, empresas de food tech e soluções baseadas na economia circular apresentam formas de reaproveitar parte desses alimentos.

Algumas plataformas vêm ganhando destaque ao conectar doadores e receptores de maneira eficiente. Entre os exemplos relevantes estão o Comida Invisível e o Mesa Brasil, do Sesc.

Mas há muito o que melhorar. A integração dessas soluções com incentivos governamentais e parcerias com grandes empresas é essencial para escalar o impacto.

SEMANA DOS PROFESSORES

Desvalorização e instabilidade desafiam a profissão

Os professores no Brasil enfrentam desafios de valorização e instabilidade, especialmente na educação básica.

Composta majoritariamente por mulheres (de 96% no ensino infantil a 59% no ensino médio), a carreira ainda sofre com a falta de reconhecimento e condições salariais adequadas.

Apesar de um pequeno aumento no salário médio nos últimos anos, o Plano Nacional de Educação (PNE) não conseguiu equiparar os rendimentos dos docentes aos de outros profissionais com ensino superior. Em 2012, os professores recebiam, em média, 65,2% do salário desses profissionais, subindo para 86,9% em 2023, um aumento que reflete mais a queda salarial de outros setores do que um avanço real para os docentes.

Além disso, o aumento de contratos temporários tem agravado a instabilidade na profissão. Em 2023, 52% dos professores estaduais e 34% dos municipais eram temporários, em contraste com a meta legal de limitar essa proporção a 10%. Esses profissionais ganham menos, trabalham em mais escolas e não têm garantia de continuidade, o que afeta diretamente a qualidade do ensino.

A criação de uma prova nacional para a contratação de professores na rede pública tem sido proposta como uma solução para reduzir essa precariedade, mas ainda está em avaliação pelo governo.

BASQUETE DOS EUA

NBA amplia expansão e abre franquias no Brasil

A NBA, maior liga de basquete do mundo, está em plena expansão internacional, e um brasileiro está no centro dessa estratégia. Arnon de Mello foi nomeado para liderar as operações da NBA em toda a América Latina.

Na última temporada, o Brasil registrou um aumento de 51% nas horas assistidas de jogos ao vivo. Esses números são particularmente significativos considerando que os playoffs — fases eliminatórias — da NBA nos EUA apresentaram uma queda de 12% na audiência.

A expansão no Brasil vai além da transmissão. O país conta agora com 33 lojas franqueadas da NBA. Além disso, uma inovação brasileira, a NBA House – um espaço conceitual para fãs assistirem às finais – atraiu 45 mil pessoas pagantes este ano e está prestes a ser exportada para outros países.

Olhando para o futuro, Mello planeja expandir o modelo de lojas para o Canadá e aumentar o foco na distribuição de outros produtos da NBA, incluindo ligas femininas e de desenvolvimento. A liga também está considerando a criação de uma liga na Europa e explorando o potencial do mercado indiano.

ASSUNTO
PARA O ALMOÇO 💬

O QUE MAIS

TÁ ROLANDO? 👀

ESTUDO REVELA

Decisões são mais racionais em um segundo idioma

Puxar uma alavanca para salvar cinco pessoas ou não interferir e atropelar a que está na sua frente? O famoso dilema do bonde revela como fazemos escolhas difíceis, e um estudo descobriu algo curioso: bilingues tendem a tomar decisões mais racionais em sua segunda língua.

Esse efeito ocorre porque, em um idioma estrangeiro, as pessoas ficam menos envolvidas emocionalmente. Isso favorece respostas utilitaristas – como sacrificar uma vida para salvar outras cinco. Já em sua língua materna, a tendência é uma resposta mais emocional, evitando causar dano direto.

Esse fenômeno acontece mesmo quando a segunda língua foi aprendida na infância. Mas nem todos reagem assim: fatores culturais e traços de personalidade também contam.

A descoberta abre espaço para entender melhor como a linguagem molda nossa moral. Afinal, até pequenas diferenças no contexto podem mudar nossas decisões.

E você, pensa de maneira mais objetiva em outro idioma?

Zat.News 🐾

Somos uma plataforma que valoriza a qualidade da informação e a leveza na leitura. Em meio a tantas turbulências digitais, conte conosco para acessar notícias de maneira equilibrada. Nossa curadoria conta com cerca de 100 veículos nacionais e internacionais, para que você possa poupar seu tempo e acessar um conteúdo direto, relevante e interessante. Tudo isso 100% gratuito.

Nos vemos na próxima edição 👋 

Chegamos sempre de segunda a sexta, logo cedo. Não se esqueça de checar a caixa de spam e liberar nosso endereço de e-mail, assim você garante nossa visita diária.