Segunda, 17 de fevereiro.

E se, ao invés de acumular fortunas, um grupo de jovens herdeiros milionários decidisse abrir mão delas? Com bilhões de dólares prestes a trocar de mãos na maior transferência de riqueza da história americana, esses herdeiros estão dando novos significados à fortuna da família. Confira nesta edição.

E mais: gastos militares no Brasil, Inteligência Artificial e sustentabilidade para inovar, seu filho esta online demais? Começando a semana com o Zat!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min51s

RIQUEZA INVOLUNTÁRIA

Os jovens herdeiros que buscam se desfazer de fortunas bilionárias

Um grupo de jovens herdeiros milionários está buscando ativamente doar suas fortunas, revelando uma mudança significativa na relação entre riqueza e responsabilidade social. A organização Resource Generation (RG), grupo que auxilia pessoas de alto patrimônio líquido a redistribuir sua riqueza, reporta ter mais de 1.000 membros comprometidos em doar cerca de $100 milhões apenas em 2025.

O fenômeno ganha força em meio à maior transferência de riqueza da história americana, estimada em $16 trilhões na próxima década. Em uma recente conferência denominada "Making Money Make Change", realizada em Nashville, participantes com patrimônio combinado de $246 milhões e herança projetada de $1,5 bilhão discutiram estratégias de redistribuição de riqueza.

Para integrar o grupo majoritariamente composto por jovens entre 18 e 35 anos, não é necessário ser ultra rico: a faixa de renda anual de $105 mil já coloca um jovem americano entre os 10% mais ricos de sua geração.

O processo, contudo, enfrenta desafios significativos. Muitos consultores financeiros tradicionais não estão preparados para auxiliar clientes que desejam diminuir seu patrimônio, e estruturas de fundos fiduciários frequentemente dificultam o acesso aos recursos. Apesar dos obstáculos, 35 herdeiros já se comprometeram a redistribuir $9,2 milhões durante o evento, com alguns planejando reduzir seus ativos para $70 mil até o final de 2025.

PROBLEMAS ESTRUTURAIS

Gasto militar: mais investimentos, mas distorções persistem

Os gastos militares brasileiros passaram por mudanças nos dois primeiros anos do governo Lula, com um aumento na taxa de investimentos e uma leve redução nas despesas com pessoal. No entanto, o Brasil segue destinando a maior parte do orçamento a aposentadorias.

O Ministério da Defesa, sob José Mucio Monteiro, elevou o investimento de 6,8% do orçamento da pasta, em 2022, para 7,4% em 2023, atingindo R$ 9,2 bilhões. O pagamento de militares inativos representa 60% dessa despesa, um índice incomum em outros países.

O Brasil segue investindo abaixo do padrão recomendado pela Otan, que sugere que 20% do orçamento militar vá para equipamentos e tecnologia. Enquanto nações como a Polônia chegam a 51% e os EUA a 30%, o Brasil patina com menos da metade desse patamar.

Além disso, o programa Calha Norte, que deveria apoiar a defesa na região amazônica, se tornou um destino de emendas parlamentares com pouca transparência. O governo já cogita transferi-lo para outra pasta.

O cenário mostra que, embora haja melhorias, o país ainda tem desafios para modernizar sua defesa sem comprometer o orçamento público.

CONTEÚDO DE MARCA

Aramis aposta em personalização, IA e sustentabilidade para inovar

A Aramis Inc, varejista de moda masculina com 131 lojas e presença em 1200 multimarcas, está ampliando sua atuação digital, que hoje representa 15% dos negócios. Em busca de inovação, a empresa participou da NRF 2025, maior evento de varejo global, em Nova York.

Para melhorar a experiência do cliente, a Aramis investe no uso de dados e inteligência artificial (IA). A empresa criou um data lake – um repositório avançado que armazena grandes volumes de informações organizadas, permitindo análises rápidas e eficientes. Essa estrutura ajudou a marca a melhorar em 29% o giro de produtos. A IA também é usada para prever estoques, personalizar anúncios e oferecer recomendações sob medida, criando uma experiência mais fluida e conectada.

Outro destaque é a personalização por meio da experiência omnichannel, que une canais físicos e digitais para que o cliente tenha o mesmo padrão de atendimento, seja na loja, no site ou no pós-venda. A Aramis planeja adaptar as ofertas de acordo com o clima local, criando conexões mais profundas com os consumidores.

Sustentabilidade também é foco para os próximos anos. Com práticas que incluem o uso de materiais responsáveis, a empresa reforça seu compromisso com ESG (sigla para fatores ambientais, sociais e de governança).

A participação na NRF é vista como uma chance de explorar tendências que moldarão o futuro do varejo no Brasil e no mundo.

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EDUCAÇÃO

Seu filho está online demais?

"Meu filho tá online demais?" é a pergunta que norteia a entrevista com a Dra. Ana Escobar, pediatra com mais de 40 anos de experiência e autora do livro homônimo, no podcast Lugar de Potência, do CEO e headhunter Ricardo Basaglia.

"A tecnologia está avançando rapidamente, e nem sempre sabemos se isso é bom para uma pessoa em desenvolvimento", observa a especialista, destacando que o uso excessivo de celulares tem sido associado ao aumento de problemas de saúde mental em crianças e adolescentes.

A médica defende fortemente o brincar livre como essencial para o desenvolvimento infantil. "Quando você experimenta cores, texturas, interage com outros, usa a imaginação - isso é o que vai efetivamente diferenciar uma pessoa no futuro", explica.

Ela também critica o culto à performance infantil: “Não precisamos pressionar as crianças a serem as melhores em tudo, mas sim ajudá-las a descobrir o que as faz genuinamente felizes e realizadas. Criem bons seres humanos, com valores, que ajudem os outros e sejam felizes.”

Para ouvir o episódio completo, clique aqui.

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