Quinta, 17 de abril.

Já reparou quantos anúncios publicitários nós vemos na internet todos os dias? Entre stories, feeds e buscas, somos bombardeados por mensagens tentando capturar nossa atenção. Mas por trás das cortinas, o Google Brasil acaba de revelar um número impressionante: 201 milhões de anúncios foram removidos em 2024 por violarem políticas de segurança. É uma batalha silenciosa contra fraudes, uso indevido de marcas e golpes diversos. Confira na edição de hoje do Zat!

E mais: políticas sociais do governo Lula 3 reduzem desigualdade, mas enfrentam desafios orçamentários, Nvidia projeta prejuízo bilionário e despenca na bolsa, imunidade à ressaca pode ser superpoder genético. E será que você respira errado? Vamos nessa!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min46s

DADOS DIVULGADOS

Google remove 201 milhões de anúncios no Brasil em 2024 por violações e fraudes

Em 2024, o Google Brasil retirou do ar 201,2 milhões de anúncios por violarem suas políticas de segurança.

Pela primeira vez, a big tech divulgou dados específicos do país, refletindo sua crescente importância no ecossistema global de publicidade da plataforma. As principais infrações detectadas incluíram uso indevido de marcas registradas, deturpação de informações (como golpes de phishing, fraude online que rouba dados pessoais), apostas ilegais, abuso da rede de anúncios e descumprimento de exigências legais.

Além dos anúncios barrados, 1,3 milhão de contas de anunciantes foram suspensas no Brasil, com banimento definitivo por CNPJ.

Globalmente, o Google removeu 5,1 bilhões de anúncios e suspendeu mais de 39 bilhões de contas. O uso de inteligência artificial foi decisivo nesse processo, permitindo detectar fraudes com mais rapidez e precisão. A empresa também intensificou o combate ao uso de deepfakes e estabeleceu parcerias estratégicas com entidades internacionais para enfrentar golpes em larga escala.

AGENDA ECONÔMICA

Assistência social ganha protagonismo no governo Lula 3

No terceiro mandato de Lula, os gastos com assistência social se consolidaram como a segunda maior despesa do orçamento federal, atrás apenas da Previdência. Em 2024, representaram 13,29% do total, impulsionados pelo aumento do valor médio do Bolsa Família e pela ampliação do número de beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada), ambos focados na população mais vulnerável.

A reestruturação do Bolsa Família, com valores extras para crianças e gestantes e uma “regra de proteção” para quem entra no mercado formal, fortaleceu a política de transferência de renda. Paralelamente, o BPC também ganhou força com reajustes acima da inflação. Especialistas apontam que a expansão dessas políticas aumentou a renda das famílias e contribuiu para a redução da desigualdade, mas alertam para os riscos fiscais e inflacionários.

Apesar da desaceleração dos gastos em 2024, a assistência social segue sendo peça-chave na agenda econômica e social do governo. A renda do trabalho voltou a puxar o crescimento da renda média no país, mas os programas de transferência seguem desempenhando um papel relevante na inclusão de famílias pobres — funcionando inclusive como ponte facilitadora para a formalização das relações de trabalho.

FALTAM PESQUISAS

Por que algumas pessoas nunca têm ressaca?

Cerca de 25% das pessoas que bebem dizem não sentir ressaca, mesmo após exageros.

A ciência chama isso de “resistência à ressaca” e aponta possíveis causas: organismos que metabolizam o álcool mais rapidamente (por influência genética), sistema imunológico menos reativo à inflamação causada pela bebida e níveis mais baixos de estresse e ansiedade.

Estudos com estudantes e militares confirmam o fenômeno em diferentes grupos, mas ainda faltam dados conclusivos.

Também não está claro se essas pessoas bebem mais por não sentirem os efeitos ou se são, de fato, menos vulneráveis aos danos. Pesquisadores dizem que a falta de financiamento atrasa respostas mais precisas.

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SLOW LIFE

Fazer tudo ao mesmo tempo pode prejudicar sua saúde mental

A ideia de que ser multitarefa é sinal de produtividade está sendo contestada por estudos recentes. Pesquisadores apontam que o cérebro humano não executa várias tarefas cognitivas simultaneamente, mas alterna entre elas — o que desgasta a mente e reduz a eficiência.

Atividades como ouvir podcasts enquanto se exercita ou responder e-mails enquanto cozinha criam uma sensação de aproveitamento de tempo, mas, a longo prazo, geram estresse, ansiedade e sobrecarga mental.

Especialistas defendem uma mudança de foco: valorizar a presença no momento presente, diminuir distrações e encarar o ócio como parte essencial da saúde emocional. O movimento “slow life” propõe exatamente isso — fazer menos, com mais atenção e consciência.

Equilibrar metas com pausas e presença e ficar atento para o excesso de estímulos pode ser o caminho para um cotidiano mais saudável e sustentável.

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