Quarta, 18 de junho.

Muitas empresas estão investindo pesado em inteligência artificial, mas suas equipes ainda não estão prontas para acompanhar esse salto: falta preparo, confiança e estratégia. Confira nesta edição alguns números relacionados a esse cenário, além de possíveis causas e soluções.

E mais: crise migratória em Los Angeles paralisa pequenos negócios e é comparada à pandemia, como usar a alimentação a seu favor após os 50 anos, um convite desconcertante para reduzir a ansiedade. Vem com o Zat!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min51s

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Investimentos em IA avançam, mas preparo das equipes não acompanha, aponta pesquisa

Apesar de 98% das empresas brasileiras estarem investindo em inteligência artificial (IA), a maioria ainda não prepara adequadamente suas equipes para lidar com a tecnologia. Segundo um estudo da consultoria Kyndryl, 69% das lideranças no país acreditam que seus times não estão prontos para aproveitar os benefícios da IA — e 43% admitem que faltam talentos qualificados para gerenciar essas frentes.

Realizada com 1.100 líderes globais (100 no Brasil) de empresas com faturamento acima de US$ 1 bilhão, a pesquisa identificou três obstáculos principais para o avanço da IA nas organizações: a falta de habilidades técnicas, a ausência de estratégias de mudança organizacional e o medo dos funcionários de perderem seus empregos.

No Brasil, apenas 36% das empresas envolvem suas equipes na implementação de novas soluções de IA, segundo Spencer Gracias, diretor da Kyndryl Brasil. Para reverter esse quadro, ele recomenda investir em treinamentos, times dedicados à capacitação (já adotados por 47% das companhias), certificações e projetos-piloto com participação ativa dos funcionários.

EUA

Crise migratória em Los Angeles paralisa pequenos negócios e é comparada à pandemia

Pequenos empresários de Los Angeles enfrentam uma queda brusca no movimento após uma série de batidas do ICE, a polícia migratória dos EUA. No centro da cidade, mercados antes movimentados agora parecem cidades fantasmas. Juan Ibarra, dono de uma loja de frutas e legumes, viu suas vendas despencarem de US$ 2.000 para US$ 300 por dia. “É pior que a pandemia”, desabafa.

A repressão migratória afetou também restaurantes, como o de Pedro Jimenez, que teve de fechar mais cedo por falta de clientes. Muitos imigrantes, temendo deportação, deixaram de sair de casa ou ir ao trabalho. Segundo o Conselho Americano de Imigração, um terço da força de trabalho da Califórnia é composta por imigrantes, e 40% dos empreendedores do estado são estrangeiros.

Diante dos protestos, o presidente Trump enviou tropas federais à cidade, apesar da oposição do governador. Para analistas, a repressão ampla e pouco direcionada ameaça desestabilizar a economia local e intensifica o medo nas comunidades imigrantes.

SAÚDE E LONGEVIDADE

Proteína, cálcio e treino: a fórmula após os 50

Com o avanço da idade, a perda de massa muscular e óssea se torna um desafio para quem deseja iniciar ou manter uma rotina de exercícios físicos. Dados da Universidade de Navarra (Espanha) mostram que, a partir dos 50 anos, o risco de lesões aumenta, especialmente sem uma dieta balanceada.

A recomendação para pessoas ativas nessa faixa etária é consumir entre 1 e 1,5 grama de proteína por quilo de peso corporal. A combinação ideal envolve fontes animais (como ovos, peixes e laticínios) e vegetais (como soja, amendoim e lentilha).

Micronutrientes como magnésio, cálcio e vitamina D são cruciais para manter a saúde óssea e muscular. Alimentos como sementes, oleaginosas, laticínios e peixes gordurosos ajudam a suprir essa demanda.

Além da alimentação, especialistas reforçam que a hidratação adequada e o treino personalizado são peças-chave para envelhecer com qualidade e menos lesões.

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MENTE E EMOÇÕES

Aceitar para viver: o convite desconcertante para reduzir a ansiedade

Em seu recém-lançado livro, Meditações Para Mortais, o jornalista britânico Oliver Burkeman propõe um antídoto pouco convencional para a ansiedade moderna: aceitar, de uma vez por todas, que somos limitados. Em quatro semanas, o autor convida o leitor a abandonar a ilusão de que é possível dar conta de tudo — e, a partir disso, reencontrar sentido e leveza.

A proposta não é desistir da vida, mas parar de lutar contra a realidade. Em vez de buscar o controle absoluto ou a produtividade perfeita, Burkeman sugere algo mais humano: realinhar expectativas, escolher com consciência e fazer as pazes com o que fica de fora. Com humor melancólico e sabedoria prática, ele mostra que a libertação começa quando admitimos: não vai dar tempo de tudo — e tudo bem.

Autor do best-seller Quatro Mil Semanas: Gestão de tempo para mortais, Burkeman recorre à filosofia, à psicologia e à espiritualidade para mostrar que o fracasso, o imperfeito e o inacabado são parte da vida real — e que é justamente aí que a vida pode florescer.

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