Quinta, 18 de setembro.

As micro e pequenas empresas são responsáveis por mais de 90% dos negócios no Brasil e concentram cerca de 65% dos empregos formais. No entanto, sua contribuição ao PIB não chega a 30%. Confira nesta edição mais dados sobre esse contraste e os principais desafios enfrentados pelas PMEs.

E mais: Projeto de anistia avança na Câmara, renda das mulheres começa a cair quando elas estão na "idade de ter filhos”, como voltar a confiar após uma traição. Vem com o Zat!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min57s

ECONOMIA DESCONECTADA

Pequenas empresas sustentam empregos, mas ficam à margem da economia nacional

Mais de 90% das empresas brasileiras são micro e pequenas (PMEs), responsáveis por cerca de 65% dos empregos formais no país. Ainda assim, sua contribuição ao PIB é inferior a 30%, evidenciando um desequilíbrio estrutural entre sua importância social e seu peso econômico.

Em 2023, mesmo com juros elevados e instabilidade, as PMEs criaram mais de 1,1 milhão de empregos com carteira assinada, o equivalente a 80% de todas as novas vagas formais no ano. No mesmo período, as grandes empresas responderam por apenas 14%.

Apesar da relevância, barreiras ao crédito, baixa produtividade e acesso limitado à inovação impedem que as pequenas empresas cresçam. Instrumentos como o Simples Nacional, o MEI e o programa Pronampe têm avançado em inclusão, mas são considerados insuficientes diante dos desafios enfrentados.

Comparações internacionais mostram outro cenário. Na União Europeia, as PMEs representam 99% dos negócios e recebem apoio estruturado em crédito, inovação e compras públicas. Na Alemanha, cooperativas energéticas locais prosperam com respaldo legal. No Reino Unido, prefeituras como a de Preston destinam 73% de seu orçamento a fornecedores regionais.

No Brasil, a concentração de riqueza segue nas mãos de poucas grandes corporações, que dominam setores como bancos, telecomunicações e energia. Já as PMEs, apesar de fundamentais para a economia real, permanecem à margem do planejamento econômico nacional.

A valorização das pequenas empresas é apontada por especialistas como estratégia-chave para um modelo de desenvolvimento mais resiliente, inclusivo e distribuído.

MERCADO DE TRABALHO

Renda das mulheres começa a cair quando elas estão na "idade de ter filhos”

A ideia de que mulheres podem “ter tudo” — carreira, filhos e equilíbrio — esbarra em uma realidade persistente no mercado de trabalho. Um novo estudo aponta que, por volta dos 30 e poucos anos, quando muitas buscam crescer profissionalmente, elas enfrentam um aperto de tempo entre demandas domésticas e pressão por performance no trabalho. O impacto na renda é duradouro.

Dados de uso do tempo nos EUA mostram que, nessa fase da vida, mulheres assumem significativamente mais tarefas com filhos e casa, enquanto os homens mantêm rotinas profissionais estáveis. Com menos tempo e recursos, muitas não conseguem terceirizar serviços e acabam abrindo mão de oportunidades, migrando para funções mais leves ou abandonando suas carreiras.

Segundo a Wharton School, escola de negócios da Universidade da Pensilvânia, o problema vai além da maternidade: mulheres sem filhos também são preteridas em promoções, com receio de que possam engravidar futuramente — um viés estrutural difícil de comprovar, mas recorrente.

Nos EUA, a chegada de um filho reduz em 25% a taxa de emprego entre mulheres. Em países como a Suécia, onde políticas públicas oferecem até 480 dias de licença parental remunerada, essa queda é de apenas 9%. Ainda assim, especialistas alertam que flexibilidade não é suficiente: o que mulheres mais valorizam são rotinas previsíveis, limites claros de jornada e suporte real à parentalidade.

CONTEÚDO DE MARCA

Inteligência Artificial na gestão de negócios: ferramentas que você tem que ter na sua empresa

A adoção da Inteligência Artificial deixou de ser futurismo e virou diferencial competitivo real. Segundo o relatório The State of AI in Early 2024, da McKinsey, 65 % das organizações já utilizam regular e estrategicamente IA generativa, quase o dobro do índice de 2023, e 72 % reportam uso de IA em ao menos uma função de negócio, especialmente marketing, vendas e operação.

Ferramentas como chatbots inteligentes, análise preditiva de leads, automação de prospecção e recomendação personalizada de conteúdo transformam dados em decisões. A IA deixa de ocupar espaço operacional repetitivo e passa a nutrir insights, reduzir custos e acelerar ciclos de venda com mais inteligência.

Empresas que estruturam essas tecnologias dentro de processos claros ganham eficiência e escala. Elas não substituem pessoas: potencializam equipes e fortalecem cultura de inovação. Se o objetivo é crescer com propósito e resultado, a Imersão IA do Sales Clube é sua oportunidade de entrar no futuro da gestão com base sólida.

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Como voltar a confiar após uma traição

A descoberta de uma traição costuma abalar profundamente a confiança entre parceiros. Especialistas lembram que a superação não é simples nem imediata, mas alguns caminhos podem ajudar.

Segundo Marina Simas de Lima, terapeuta de casal e cofundadora do Instituto do Casal, é importante evitar a busca obsessiva por detalhes do caso. “Saber cada pormenor não agrega nada e prende a pessoa traída à dor”, afirma. Mais produtivo é conversar em momentos definidos, de preferência com apoio de terapia, para elaborar sentimentos e evitar explosões emocionais.

Já a psicóloga Renata Runavicius Toledo, pesquisadora do tema, ressalta que o que se reconstrói não é exatamente a confiança, mas o autoconhecimento. Para ela, muitas vezes o casal cria um novo acordo para seguir junto, mesmo reconhecendo que a relação não será mais a mesma.

Esse acordo pode incluir maior diálogo, gestos de cuidado ou até, para alguns, abrir a relação. O fundamental é que ambos estejam engajados, tenham paciência e aceitem que o processo é longo. E sim, a relação pode se reinventar em novas bases de respeito e escolha mútua.

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