Quarta, 18 de dezembro.

A sueca Vilma Larsson, 25, deixou o emprego há um ano para ser uma "namorada que fica em casa" e compartilha sua vida como soft girl nas redes sociais. Na Suécia, conhecida por incentivar famílias de dupla renda, essa tendência surpreende: 14% das meninas de 7 a 14 anos já se identificam com o estilo, que prioriza delicadeza e bem-estar em vez de carreira. Confira nesta edição.

E mais: universidades britânicas são criticadas por negligência com alunos internacionais, disparada do dólar preocupa, como aumentar a eficiência na corrida. Vem com o Zat! 

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ESTUDAR FORA

Universidades britânicas são criticadas por negligência com alunos internacionais

Com o aumento no custo de vida e taxas universitárias altíssimas, estudantes internacionais estão pagando (bem caro!) o preço da fama das universidades britânicas. A ironia? Muitas vezes, a estrutura que encontram não corresponde ao investimento — prédios caindo aos pedaços, superlotação e suporte insuficiente são queixas frequentes.

Casos como o de Yasmin, uma estudante iraniana de mestrado, ilustram a problemática. Ela se surpreendeu ao descobrir que muitos colegas tinham inglês limitado e até terceirizavam tarefas acadêmicas.

De acordo com o Sindicato das Universidades e Faculdades (UCU), a pressão financeira leva instituições a aceitar estudantes sem o domínio adequado do idioma.

A dependência de taxas internacionais, que podem chegar a 50 mil libras anuais (cerca de R$ 380 mil), agrava a crise financeira universitária. Como as mensalidades nacionais são limitadas a 9.250 libras anuais, estudantes estrangeiros acabam subsidiando parte do sistema.

Organizações como a Universities UK defendem a rigorosidade dos critérios de admissão, mas especialistas apontam fraudes no exame de idiomas e outros "truques" para atender à demanda de instituições em dificuldades financeiras. Recentemente, o número de estudantes internacionais caiu 16%, resultado de novas regras de visto e instabilidade geopolítica.

A situação evidencia uma tensão entre manter padrões acadêmicos e a sustentabilidade financeira. Especialistas alertam para a "corrupção" dos valores educacionais, enquanto o governo britânico pressiona por mudanças no modelo de negócios das universidades.

MERCADO SOB TENSÃO

Dólar bate R$ 6,20, mas fecha em R$ 6,09; BC faz leilão bilionário

O dólar atingiu R$ 6,20 na máxima de ontem (17), apesar das intervenções do Banco Central (BC) no mercado de câmbio. A autoridade monetária realizou dois leilões extraordinários, injetando US$ 1,27 bilhão pela manhã e US$ 2 bilhões à tarde. Desde a última semana, o BC já despejou US$ 13 bilhões no mercado, tentando conter a valorização da moeda americana.

Analistas apontam que, embora as intervenções ajudem momentaneamente, os efeitos são limitados diante das incertezas econômicas e fiscais no Brasil. O real acumula forte desvalorização, sendo a moeda mais fraca entre os países emergentes.

O cenário de alta é impulsionado por fatores como a ata do Copom, que sinaliza aumento da taxa Selic em 2025, e as incertezas em torno do pacote fiscal do governo. Insatisfeito com as medidas apresentadas para controlar gastos e reduzir o déficit, o mercado mantém desconfiança.

No exterior, investidores aguardam a decisão do Federal Reserve (Banco Central dos EUA) sobre os juros americanos, prevista para hoje. A combinação de incertezas internas e externas mantém o dólar pressionado e levanta preocupações sobre o impacto nos preços e na economia brasileira.

Apesar da grande flutuação ao longo da terça, o dólar fechou praticamente estável, em R$ 6,095, após a indicação de que deputados começariam a analisar pacote de corte de gastos do governo.

SOFT GIRLS

Por que mulheres suecas estão parando de trabalhar?

A Suécia, conhecida pela sua forte reputação de igualdade de gênero, tem visto um fenômeno inesperado: muitas jovens estão deixando seus empregos para adotar um estilo de vida mais voltado ao lazer e ao cuidado pessoal.

Uma dessas mulheres é Vilma Larsson, de 25 anos, que decidiu parar de trabalhar e se tornar uma “namorada que fica em casa”. Ela compartilha sua experiência nas redes sociais, onde fala sobre seu novo estilo de vida, mais tranquilo e sem o estresse do ambiente de trabalho.

Esse movimento, ligado à identidade de "soft girl", tem ganhado popularidade entre jovens de 15 a 24 anos na Suécia, segundo pesquisas. A tendência reflete uma rejeição ao modelo de "girl boss", no qual a mulher precisa ser bem-sucedida em todos os aspectos da vida, incluindo o trabalho. Para muitas, ser uma "soft girl" é uma maneira de desacelerar e priorizar o bem-estar, afastando-se da pressão por sucesso constante.

Entretanto, esse fenômeno tem gerado controvérsias. Alguns, como Gudrun Schyman, ex-líder do partido feminista sueco, alertam que depender financeiramente de um parceiro pode ser um retrocesso para a igualdade de gênero. Por outro lado, outros defendem que, no contexto sueco, com sua política de igualdade e apoio à carreira feminina, essa escolha é simplesmente uma forma de liberdade pessoal.

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CORRER MELHOR

Como ganhar eficiência na corrida

A ideia de ajustar a técnica de corrida para melhorar o desempenho tem ganhado popularidade, mas será que funciona?

Segundo especialistas, não existe uma "forma perfeita" de correr. Aspectos como altura, peso e proporções corporais influenciam naturalmente na passada, e o corpo tende a se adaptar para ser eficiente com o tempo.

Para iniciantes, o foco deve estar na consistência e no aumento gradual da quilometragem. Um estudo mostrou que, em apenas 10 semanas, corredores refinam a passada sem orientações específicas. Alterações na técnica, como mudar o comprimento do passo ou a forma de aterrissar, podem ser desgastantes e até aumentar o risco de lesões.

Se há propensão a lesões, ajustar a cadência (passos por minuto) pode ajudar. Aumentar a frequência dos passos reduz o impacto nas articulações, especialmente joelhos e tendões. Usar músicas que acompanhem o ritmo desejado pode tornar essa mudança mais natural.

Outro ponto crucial é o treinamento de força. Exercícios como agachamentos e saltos fortalecem músculos e tendões, melhorando a resiliência ao impacto da corrida. Pequenos ajustes na postura, como manter o peito ereto e abdômen contraído, também fazem diferença.

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