Segunda, 19 de maio.

O maior estudo genético já feito no Brasil sequenciou o DNA de mais de 2 mil pessoas e revelou mais de 8,7 milhões de variantes inéditas. A pesquisa mostra como séculos de colonização e miscigenação moldaram nossa saúde. E o plano vai além: até 2030, o objetivo é mapear o genoma de 100 mil brasileiros.

E mais: sete hábitos diários que enfraquecem o cérebro, Meta quer automatizar toda a publicidade com IA, o mito do equilíbrio perfeito pode estar te deixando exausto. Começando a semana com o Zat!

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MISCIGENAÇÃO ANCESTRAL

DNA do Brasil: estudo revela como colonização moldou a diversidade genética do país

O maior estudo genético já feito com brasileiros revelou mais de 8,7 milhões de variantes genéticas inéditas e detalhou como séculos de colonização, escravidão, imigração e apagamento de identidades moldaram a genética da população.

A pesquisa, publicada na Science, analisou o genoma completo de mais de 2.700 pessoas, incluindo comunidades indígenas e afrodescendentes historicamente excluídas de estudos científicos.

Segundo os pesquisadores, os brasileiros têm, em média, 59% de ancestralidade europeia, 27% africana e 13% indígena — proporção considerada única na América Latina. O estudo também identificou registros genéticos compatíveis com eventos históricos, como o incentivo à imigração europeia após a abolição da escravidão.

Os dados indicam ainda, de acordo com os autores, sinais de violência sexual durante o período colonial: 71% dos cromossomos Y (herdados por via paterna) são de origem europeia, enquanto o DNA mitocondrial (herdado da mãe) é majoritariamente africano ou indígena.

Realizada em parceria com o Ministério da Saúde, a pesquisa busca mapear o DNA da população brasileira para orientar políticas públicas e avanços na medicina de precisão — área que personaliza diagnósticos e tratamentos com base na genética de cada indivíduo.

Entre os milhões de variantes encontradas, mais de 36 mil podem estar ligadas a doenças como hipertensão, colesterol alto, obesidade, gripe, hepatite e tuberculose. Embora a relação direta ainda não seja confirmada, o estudo aponta caminhos promissores para melhorar a prevenção.

ANÚNCIOS NAS REDES SOCIAIS

Meta quer automatizar toda a publicidade com IA

Mark Zuckerberg revelou que a Meta pretende usar inteligência artificial para assumir todas as etapas da publicidade digital — da criação de anúncios à análise de resultados. A ideia é que empresas apenas informem seus objetivos e orçamento, deixando todo o processo nas mãos da IA.

Segundo Zuckerberg, a Meta será capaz de gerar imagens, vídeos e textos promocionais, identificar o público ideal e medir o desempenho das campanhas. Mais de 30% dos anunciantes da plataforma já usam recursos de IA, e testes recentes em Reels mostraram um aumento de 5% nas conversões. O foco inicial está em pequenos negócios, mas o modelo desafia diretamente grandes agências de publicidade.

A disputa pelo domínio do setor inclui também o Google, que lançou recentemente o “AI Max”, sistema que prevê intenções de busca e ajusta criativos automaticamente — termo usado no marketing para se referir aos elementos visuais e textuais de um anúncio, como imagens, vídeos e chamadas.

SAÚDE CEREBRAL

Sete hábitos diários que enfraquecem o cérebro – e como evitá-los

O declínio cognitivo é um processo natural, mas alguns hábitos cotidianos podem acelerá-lo sem que percebamos. Pesquisadores de Harvard identificaram sete comportamentos que prejudicam a saúde mental, o humor e até o funcionamento físico – e propõem mudanças simples para evitar danos.

Entre os principais vilões estão os pensamentos negativos recorrentes, que aumentam o estresse e afetam a autoestima. Também prejudicam o cérebro ambientes escuros, que reduzem a produção de serotonina, e o excesso de cafeína, que pode causar ansiedade e insônia.

Outro ponto de atenção é o uso de telas logo ao acordar ou antes de dormir, que interfere nos ritmos naturais do cérebro. O mesmo vale para ouvir música em volume alto com fones de ouvido, prática que compromete a audição e áreas cerebrais ligadas à cognição.

Por fim, dormir pouco e ter pouca interação social afetam diretamente a memória, o humor e a qualidade de vida.

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TRABALHO E VIDA PESSOAL

O mito do equilíbrio perfeito pode estar te deixando exausto

A ideia de equilibrar perfeitamente vida pessoal e profissional parece ideal — mas é, na prática, um mito frustrante, segundo o headhunter Ricardo Basaglia. Com a tecnologia invadindo nossas rotinas, as fronteiras entre trabalho e casa se dissolveram. E o que era para ser liberdade virou pressão: dar conta de tudo, o tempo todo.

Estudos apontam que essa busca pode aumentar a ansiedade, a culpa e até levar ao burnout. Para Basaglia, é hora de abandonar o ideal do equilíbrio fixo e aceitar que a vida é feita de ciclos. Haverá fases de foco no trabalho, outras de atenção à vida pessoal — e tudo bem.

Ele defende práticas mais realistas: autoconhecimento, integração entre esferas e rituais de transição no dia a dia. Em vez de equilibrar pratos o tempo todo, a proposta é escolher, com intenção, quais merecem estar na mesa agora.

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