Quinta, 19 de junho.

Milhões de brasileiros convivem com doenças raras – condições que, apesar de individualmente incomuns, formam um universo de mais de 6 mil patologias diferentes. Entre 7 e 16 milhões de pessoas no país enfrentam esse desafio, sendo 72% dos casos de origem genética. Um problema de saúde pública que merece nossa atenção e compreensão.

E mais: museu dos millennials vira aula de história, cristãos recorrem a apps com filtros religiosos para encontrar o par ideal, a técnica de Feynman para aprender qualquer coisa. Vem com o Zat!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min52s

SAÚDE

Brasil mapeia perfil dos pacientes com doenças raras

Um levantamento da Rede Nacional de Doenças Raras (RARAS), financiada pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), traçou o primeiro retrato epidemiológico dos pacientes com doenças raras no Brasil. Essas condições são definidas como aquelas que afetam até 65 pessoas a cada 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde. A estimativa é que entre 7 e 16 milhões de brasileiros convivam com alguma dessas enfermidades.

O estudo, conduzido entre 2018 e 2019 e publicado no Orphanet Journal of Rare Diseases, analisou 12.530 pacientes atendidos em 34 unidades de saúde públicas. A maioria tem idade média de 15 anos, sendo 50,5% mulheres e 47% autodeclarados pardos.

As doenças mais frequentes foram a fenilcetonúria, que impede o organismo de processar um aminoácido essencial, levando a danos neurológicos; a fibrose cística, que gera acúmulo de muco nos pulmões e pâncreas, causando infecções respiratórias e problemas digestivos; e a acromegalia, causada pelo excesso de hormônio do crescimento, resultando no aumento anormal de partes do corpo.

O tempo médio entre o surgimento dos sintomas e a confirmação do diagnóstico foi de 5,4 anos, fenômeno conhecido como “odisseia diagnóstica”, reflexo da dificuldade dos profissionais em reconhecer essas condições e da baixa oferta de exames específicos.

O SUS (Sistema Único de Saúde) financiou 84,2% dos diagnósticos e 86,7% dos tratamentos.

A pesquisa também apontou que 21,6% dos casos têm recorrência familiar e 6,4% estão associados à consanguinidade. A taxa de mortalidade registrada foi de 1,5%, com maior concentração em doenças neurológicas e fibrose cística.

O Brasil ainda não possui um registro nacional estruturado de doenças raras, o que limita o desenvolvimento de políticas públicas específicas para esse grupo.

PASSADO RECENTE

Museu dos millennials vira aula de história para geração Alpha nos EUA

Uma professora do ensino fundamental nos Estados Unidos transformou sua sala em um “museu dos millennials”, expondo objetos como Game Boys, celulares flip e CDs para alunos da geração Alpha – nascidos a partir de 2010.

A atividade, documentada pela professora Malinda Nichols, viralizou no TikTok, acumulando mais de 800 mil visualizações. Os estudantes jogaram tazos, criaram nomes de usuário da AOL (antigo provedor de internet) e interagiram com os itens como “artefatos históricos”.

Os pais também participaram da aula, ajudando a explicar o cotidiano sem smartphones. A proposta era mostrar que a história pode ser vivida e compartilhada além dos livros. Apesar do tom nostálgico, muitos millennials – nascidos entre 1981 e 1996 – reagiram com surpresa ao ver sua infância em contexto museológico, o que evidencia a mudança de geração e o avanço do tempo na cultura digital.

MATCH ABENÇOADO

Cristãos recorrem a apps com filtros religiosos para encontrar o par ideal

Aplicativos de namoro com filtros religiosos vêm crescendo entre católicos e evangélicos que buscam relacionamentos baseados em valores da fé cristã. Plataformas como Mutual, Achei, Éden, Salt, Caná e Gospel Love permitem limitar conexões por denominação, versículos bíblicos preferidos, e até função dentro da igreja.

Segundo os criadores, o objetivo é alinhar expectativas espirituais e afetivas. Mas especialistas apontam dilemas: excesso de oferta, idealização e o uso de lógicas seculares — como “swipe” por aparência — que podem colidir com princípios religiosos.

Enquanto isso, lideranças cristãs reconhecem a utilidade dos apps, mas alertam que o formato pode incentivar relações mais rápidas e superficiais. Ainda assim, para usuários como Ana Clara Butcher, que encontrou seu marido britânico no Mutual, o recurso funcionou: “Queria um parceiro de fé e encontrei.”

A busca por afinidade espiritual, agora, passa também pelo algoritmo.

ASSUNTO
PARA O ALMOÇO 💬

O QUE MAIS

TÁ ROLANDO? 👀

MÉTODO DE ESTUDO

A técnica de Feynman para aprender qualquer coisa

Richard Feynman, ganhador do Prêmio Nobel de Física e conhecido por tornar a ciência acessível, criou um método de estudo tão simples quanto eficaz para quem deseja entender profundamente qualquer assunto. A técnica consiste em quatro passos:

1. Escolha um tema e escreva o que você sabe sobre ele;

2. Explique como se estivesse ensinando a uma criança, usando palavras simples;

3. Identifique os pontos que não entendeu direito e volte às fontes para estudá-los;

4. Reescreva sua explicação de forma ainda mais clara, usando analogias.

Apesar de exigir dedicação, a técnica aprofunda o aprendizado e desenvolve a habilidade de comunicar ideias com clareza. Feynman dizia que, se você não consegue explicar algo de forma simples, é porque ainda não entendeu bem.

Zat.News 🐾

Somos uma plataforma que valoriza a qualidade da informação e a leveza na leitura. Em meio a tantas turbulências digitais, conte conosco para acessar notícias de maneira equilibrada. Nossa curadoria conta com cerca de 100 veículos nacionais e internacionais, para que você possa poupar seu tempo e acessar um conteúdo direto, relevante e interessante. Tudo isso 100% gratuito.

Chegamos sempre de segunda a sexta, logo cedo. Não se esqueça de checar a caixa de spam e liberar nosso endereço de e-mail, assim você garante nossa visita diária.