Quinta, 21 de agosto.

Namorar chatbots pode soar como brincadeira inofensiva, até que surgem alguns usos que revelam algo maior: por exemplo, a atração pelo “bad boy” — ciumento, controlador, às vezes violento. A questão é menos sobre tecnologia e mais sobre cultura: por que é tão comum romantizar a toxicidade como se fosse sinônimo de desejo?

E mais: cidades pequenas desafiam megacidades na corrida pela energia limpa, como processos sólidos tornam sua empresa independente de sua presença, o que fazer para melhorar a conexão de pais e filhos na adolescência. Vem com o Zat!

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TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

Cidades pequenas desafiam megacidades na corrida pela energia limpa

Na disputa por liderar a transição energética, cidades menores brasileiras vêm ganhando espaço ao implementar soluções de baixo custo e rápida execução, enquanto grandes centros urbanos ainda enfrentam entraves estruturais. Um exemplo emblemático é o de Icaraí de Minas (MG), onde um projeto de microgeração solar comunitária permitiu a redução de até 80% nas contas de luz de famílias locais.

Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), as cidades respondem por 75% do consumo global de energia e mais de 70% das emissões de gases de efeito estufa. Apesar dos desafios, grandes metrópoles concentram recursos, infraestrutura e capacidade regulatória, o que pode acelerar a adoção de políticas sustentáveis. Nova York, por exemplo, reduziu suas emissões em 19% entre 2005 e 2013 por meio de ações como retrofit de edifícios e incentivo à energia solar.

Nesse cenário, a descentralização energética tem se mostrado uma estratégia promissora. Além de reduzir perdas na transmissão (que chegam a 8%), o modelo fortalece o papel de prosumidores, consumidores que também produzem energia, e estimula a formação de redes locais mais resilientes e participativas.

A rede Energy Cities, na Europa, já conecta mais de mil municípios engajados na troca de tecnologias e modelos de governança. No Brasil, a expansão desse modelo esbarra em obstáculos regulatórios, acesso desigual ao crédito e inércia institucional, mas também revela oportunidades de democratização do setor.

Com a COP30, conferência climática da ONU marcada para novembro em Belém do Pará, o Brasil enxerga a ocasião como uma vitrine para apresentar sua capacidade não apenas de produzir energia limpa, mas também de influenciar os rumos da transição energética mundial. O país aposta em tecnologias emergentes, como captura de carbono e combustíveis verdes, além da integração de diferentes escalas, do urbano ao rural, para demonstrar que a transformação energética pode ser ao mesmo tempo econômica, social e territorialmente inclusiva.

ALERTA DIGITAL

Chatbots de “namorados tóxicos” acendem sinal vermelho

Os "boyfriends" de IA da plataforma Character.AI acumulam centenas de milhões de interações, mesmo apresentando traços como ciúmes extremos, violência, manipulação emocional e comportamento abusivo. Um dos mais populares, o “Mafia Boyfriend”, já protagonizou conversas onde relata ter agredido uma mulher e se orgulha de intimidar outros homens.

Especialistas explicam que essas figuras refletem o ideal do "bad boy redimível", comum na cultura pop, mas podem normalizar padrões tóxicos especialmente entre mulheres jovens. Apesar de haver filtros para menores, não há verificação de idade, o que facilita o acesso de adolescentes a esse tipo de conteúdo.

Há indícios de que, para algumas usuárias, os bots funcionam como válvula de escape, fantasia romântica ou até instrumento de reencenação de traumas.

CONTEÚDO DE MARCA

Construindo um legado: como processos sólidos tornam sua empresa independente da sua presença

Empresas que dependem exclusivamente do fundador enfrentam um limite claro: o tempo. Quando tudo passa pelas suas mãos, escalar o negócio se torna difícil, e a ausência do líder vira um risco. Processos sólidos são a base da autonomia operacional.

Segundo o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-SP), cerca de 70% das empresas familiares não sobrevivem à transição para a segunda geração, muitas vezes por falta de processos estruturados e sucessão organizada. Além disso, estudos, incluindo análises da McKinsey, mostram que negócios que investem em governança e processos claros têm muito mais chance de crescer de forma sustentável e manter a qualidade durante a expansão.

Definir e documentar processos permite delegar com segurança, manter a qualidade e liberar o fundador para focar em inovação e crescimento. Esse é o verdadeiro legado: um negócio que prospera mesmo sem a presença constante do criador.

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EDUCAÇÃO

Como melhorar a desconexão de pais e filhos na adolescência?

A adolescência costuma ser vista como uma fase difícil, marcada por conflitos e distanciamento entre pais e filhos. Mas especialistas afirmam que é possível atravessar esse período com mais conexão se os adultos mudarem a forma de se relacionar. Algumas orientações simples ajudam: escutar de verdade, evitar julgamentos, envolver os filhos em decisões que afetam sua vida e, sobretudo, exercitar a paciência.

O erro mais comum é tratar os adolescentes como “aborrescentes”, reforçando o estigma de rebeldia e ingratidão. Na prática, essa fase envolve mudanças cerebrais intensas, com impulsividade, emoções à flor da pele e busca por identidade. Cabe aos pais assumir o papel de copilotos — em vez de tentar manter o controle total — e aceitar que a autonomia faz parte do processo.

Segundo psicólogos, outro passo essencial é o autoconhecimento. Revisitar a própria juventude, refletir sobre limites e expectativas e buscar informações em livros ou cursos específicos são estratégias que reduzem o choque geracional. 

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