Quarta, 21 de maio.

Cientistas vêm descobrindo que o nosso sistema digestivo abriga trilhões de micro-organismos que impactam diretamente nosso humor, saúde mental e até o risco de desenvolver certas doenças. Essa conexão, chamada de eixo intestino-cérebro, funciona como uma via de mão dupla. O cérebro manda sinais ao intestino, mas também recebe. Estresse, ansiedade e constipação alteram o funcionamento intestinal. E, do outro lado, uma microbiota desequilibrada pode estar ligada a quadros de depressão e inflamações.

E mais: o uso de inteligência artificial para prever crimes já é realidade, Brasil evita adesão formal à Nova Rota da Seda, como ter uma DR mais eficiente no seu relacionamento. Vamos nessa!

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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Policiamento preditivo: o avanço da IA na segurança pública

O uso de inteligência artificial (IA) para prever crimes já é realidade em diversas partes do mundo. Sistemas capazes de cruzar grandes volumes de dados, como históricos de ocorrência, informações geográficas e comportamento social, estão sendo usados por forças de segurança para antecipar onde e quando crimes podem ocorrer — e, em alguns casos, até quem pode cometê-los.

A promessa é de mais eficiência e prevenção. Mas a expansão dessa tecnologia levanta preocupações importantes: ela é justa? Transparente? Está sendo usada com responsabilidade? Em países como os Estados Unidos, experiências com IA no policiamento geraram controvérsias, incluindo casos de violações de privacidade, monitoramento excessivo e reforço de preconceitos raciais e sociais. Em resposta, cidades como San José, na Califórnia, passaram a exigir transparência e controle público sobre esses sistemas.

No Brasil, ainda que o termo “policiamento preditivo” não seja amplamente usado, a tecnologia já está em ação.

Aracaju, por exemplo, implantou mais de 2.700 câmeras de videomonitoramento que, desde 2018, ajudaram a reduzir em 93% crimes contra o patrimônio público. Já em Curitiba, o projeto Muralha Digital integra imagens e dados em tempo real, contribuindo para uma queda de até 40% nas ocorrências em áreas monitoradas. São Paulo avançou ainda mais com o Muralha Paulista, sistema que conecta câmeras de reconhecimento facial, bases de dados do Judiciário, Detran e polícias para identificar comportamentos ilícitos e alertar sobre crimes em potencial.

Especialistas reconhecem benefícios importantes, como melhor alocação de recursos e aumento na capacidade de resposta. Mas alertam para riscos éticos, como viés algorítmico e perda de privacidade — especialmente se não houver regras claras, transparência sobre o uso de dados e fiscalização independente.

GEOPOLÍTICA E COMÉRCIO

Brasil evita adesão formal à Nova Rota da Seda, mas intensifica parceria com a China

Lançada pela China em 2013, a Nova Rota da Seda — também chamada de “Cinturão e Rota” — visa ampliar a influência global de Pequim por meio de investimentos em infraestrutura e comércio. Mais de 100 países já aderiram ao projeto, que movimentou mais de US$ 1 trilhão. O Brasil, no entanto, mantém distância formal.

Durante visita recente à China, o ministro Rui Costa afirmou que o Brasil busca “sinergia” com a estratégia chinesa, mas sem adesão oficial. A decisão preserva a neutralidade brasileira entre China e EUA, ampliando o poder de barganha em negociações bilaterais.

Entre os motivos da não adesão estão a ausência de um tratado internacional claro e a preferência por acordos específicos em áreas estratégicas. Ainda assim, a viagem do presidente Lula rendeu promessas de investimentos chineses no Brasil, somando R$ 27 bilhões em setores como energia, mobilidade e indústria.

O governo brasileiro também assinou acordo para compartilhar com empresas chinesas informações antecipadas sobre projetos de infraestrutura que serão leiloados. A estratégia visa atrair mais capital estrangeiro, mantendo a autonomia na formulação de políticas nacionais.

CONEXÃO INVISÍVEL

Como seu intestino afeta seu humor (e vice-versa)

Você já sentiu “frio na barriga” antes de uma reunião ou ficou mal-humorado após dias sem ir ao banheiro? Isso não é coincidência. O intestino e o cérebro estão ligados por um eixo poderoso, formado pelo nervo vago, hormônios e células do sistema imunológico. É ali, no intestino, que produzimos 95% da serotonina, neurotransmissor do bem-estar.

Além disso, trilhões de microrganismos vivem em nosso sistema digestivo — a chamada microbiota — e influenciam desde o humor até doenças como obesidade e depressão. Estudos recentes indicam que a alimentação pode fortalecer essa conexão. Dietas ricas em vegetais, fibras, probióticos e prebióticos ajudam a manter o equilíbrio da microbiota e, por consequência, da mente.

Embora os cientistas ainda investiguem os efeitos de longo prazo, as evidências sugerem que cuidar do intestino pode ser um bom caminho para uma vida mais saudável — e emocionalmente mais equilibrada.

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RELACIONAMENTOS

Como ter uma DR mais eficiente

Encarar uma DR já é sinal de maturidade. Mas, para que o saldo da conversa seja realmente positivo, é preciso mais do que coragem: exige escuta, empatia e cuidado. Nada de transformar o papo em duelo. Em vez de se defender, tente entender o que está por trás da queixa — muitas vezes, é só um pedido de atenção ou afeto.

Evite frases como “você sempre” ou “você nunca”, que colocam o outro num rótulo. “Desculpa, mas você também…” é outro clássico que deve ser riscado do vocabulário: parece um pedido de desculpa, mas é só uma inversão de culpa.

Se os ânimos subirem, pause. Um chá pode ser mais eficaz que mil argumentos. E não esqueça de marcar o que, para você, é essencial: diga com clareza o que precisa ser ouvido e lembrado. Às vezes, sublinhar uma frase muda toda a história.

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