Segunda, 22 de setembro.

Um estudo revela que 9 em cada 10 ferramentas de IA usadas nas empresas operam sem o conhecimento da equipe de TI. Recursos embutidos em apps como Zoom, Slack e Salesforce chegam em atualizações automáticas, processam dados sensíveis e escapam do controle de segurança. O perigo não é a IA que você escolhe, mas a que se infiltra silenciosamente no fluxo de trabalho.

E mais: tarifas de Trump derrubam preços de alguns alimentos no Brasil e no México, por que os medicamentos Ozempic e Mounjaro não têm o mesmo efeito de emagrecimento em todas as pessoas, as perguntas profundas que criam laços até entre estranhos. Vem com o Zat!

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IA CORPORATIVA

O risco da inteligência artificial que já está no seu trabalho

Quase 91% das ferramentas de inteligência artificial (IA) utilizadas dentro das empresas operam sem supervisão das áreas de TI (tecnologia da informação).

A conclusão é de um estudo da Reco, empresa especializada em segurança digital, que alerta para a crescente presença de recursos embutidos em plataformas corporativas, como Zoom, Slack, Microsoft 365 e Salesforce.

Esses sistemas passaram a oferecer funções como resumo de reuniões, geração automática de relatórios e análise de mensagens, sem que novas instalações sejam exigidas ou haja comunicação formal com os responsáveis por compliance e segurança. Segundo a Zluri, plataforma de governança de SaaS (software como serviço), 4 em cada 5 ferramentas de IA corporativas não são gerenciadas pelos departamentos internos.

Além disso, 8,5% das interações com IA envolvem dados sensíveis, como informações financeiras e pessoais, ampliando o risco de exposição e vazamento. O problema não está na instalação de novos softwares, mas na ativação automática de novas capacidades, que passam despercebidas.

A crítica de especialistas é que os modelos tradicionais de governança digital não conseguem acompanhar esse ritmo. Eles foram pensados para um ambiente onde as atualizações ocorriam de forma mais controlada e previsível.

Em resposta, algumas empresas vêm adotando soluções como o Maxen, da LeapXpert, que incorpora IA com controles de acesso, rastreabilidade e conformidade desde a origem.

A conclusão dos analistas é clara: sem visibilidade, não há controle possível sobre a IA, e isso pode custar caro.

COMÉRCIO INTERNACIONAL

Tarifas de Trump derrubam preços de alimentos no Brasil e no México

Uma guerra comercial entre Estados Unidos e América Latina trouxe um efeito inesperado: alimentos mais baratos em países produtores.

No Brasil, café, carne, arroz e tomate ficaram mais acessíveis em agosto, com queda em 24 das 27 capitais, segundo o Dieese. Além de boas colheitas, pesa a tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros. Com menos demanda dos EUA, parte da produção que antes seguia para exportação abastece o mercado interno, aumentando a oferta e reduzindo preços.

Situação semelhante ocorre no México, onde o tomate caiu de valor graças à retração nas vendas para o mercado norte-americano.

Economistas, no entanto, alertam que o alívio pode ser passageiro: sem a rentabilidade das exportações, produtores tendem a investir menos em tecnologia e produtividade, o que pode reduzir a produção e provocar novas altas no futuro.

SAÚDE E ESTÉTICA

Ozempic e Mounjaro: quando os remédios para emagrecer funcionam menos

Novo estudo japonês com 92 pessoas com diabetes tipo 2 revela que os populares medicamentos Ozempic e Mounjaro, usados para controlar a glicemia e favorecer a perda de peso, não têm o mesmo efeito para todos. Os pesquisadores observaram que o padrão de comportamento alimentar influencia os resultados.

Pacientes que comem em resposta a estímulos externos — como cheiro ou aparência da comida — tiveram melhor resposta, com maior perda de peso e melhora da glicose. Já aqueles que comem por razões emocionais, como ansiedade ou tristeza, apresentaram menos sucesso, mesmo após um ano de tratamento.

Os autores sugerem que identificar esses padrões antes da prescrição pode ajudar médicos a combinar a medicação com apoio psicológico ou mudanças comportamentais, aumentando as chances de resultados duradouros.

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RELAÇÕES

As perguntas profundas que criam laços até entre estranhos

Pesquisadores da Universidade de Amsterdã descobriram que fazer perguntas profundas pode aproximar pais e filhos — e até desconhecidos.

O estudo mostrou que uma simples conversa de nove minutos com questões provocadoras fez crianças de 8 a 13 anos se sentirem mais amadas. Perguntas como “Quando foi a última vez em que você se sentiu sozinho?” geraram vínculos mais fortes do que diálogos cotidianos.

A técnica não é nova: criada pelo psicólogo Arthur Aron, ela ficou famosa por aproximar casais em encontros amorosos, mas serve para qualquer tipo de relação. Em vez de conversa fiada, os participantes compartilham medos, sonhos e lembranças marcantes — revelações que ativam sistemas cerebrais ligados ao prazer e à conexão social.

Outros estudos mostraram que esse tipo de diálogo também reduz preconceitos, fortalece amizades e até ajuda alunos de cursos online a persistirem nos estudos. A lição é simples: abrir-se, com coragem e curiosidade, cria proximidade real.

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