Quinta, 23 de janeiro.

Com bilhões em receita e milhões de usuários, o OnlyFans lida com desafios que vão além dos números: questões éticas, impactos humanos e um mercado que tenta equilibrar inovação e regulação. Veja como o Privacy, concorrente brasileiro, tem enfrentado essas complexidades.

E mais: debate sobre direitos autorais ganha novos capítulos com Adele e Shakira, mulher se apaixona pelo ChatGPT, qual é seu estilo parental? Vamos nessa!

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SOB HOLOFOTES E CRÍTICAS

Plataformas de conteúdo adulto movimentam cifras astronômicas

O OnlyFans, plataforma de conteúdo por assinatura, enfrenta desafios para equilibrar seu crescimento financeiro com questões éticas e regulatórias. Com receita de US$ 1,3 bilhão e 300 milhões de usuários, a empresa britânica tem sido alvo de preocupações de bancos e investidores devido à predominância de conteúdo adulto em sua base.

Criadores relatam problemas significativos. Sophia Mayy, criadora de conteúdo britânica que fatura £35 mil mensais, alertou sobre impactos psicológicos negativos e assédio de usuários. A plataforma tem enfrentado denúncias de conteúdo ilegal e dificuldades com moderação, mesmo utilizando inteligência artificial e revisores humanos.

No Brasil, o Privacy surgiu como concorrente local, oferecendo assinaturas entre R$ 5 e R$ 200 mensais e criadoras de conteúdo que faturam milhões. Ambas as plataformas retêm 20% da receita dos criadores, modelo que gerou US$ 6,6 bilhões em 2023 para o OnlyFans.

Assim como o OnlyFans, o Privacy é bastante associado ao conteúdo adulto, mas também abriga outros tipos de material, como fitness, culinária e lifestyle. Um diferencial do Privacy é o suporte em português, além de métodos de pagamento locais (como Pix e boletos) e uma abordagem mais personalizada para o mercado nacional.

A plataforma brasileira já conta com 370 mil criadores de conteúdo registrados e 12 milhões de assinantes, e registrou um aumento de 7% no portfólio de publicações. Ao todo, a empresa acumulou 500 milhões de acessos em 2024. Ela atrai tanto criadores iniciantes quanto figuras já consolidadas, oferecendo a promessa de ganhos altos em um mercado menos saturado.

PLÁGIO OU INSPIRAÇÃO?

Debate sobre direitos autorais ganha novos capítulos com Adele e Shakira

As acusações de plágio envolvendo Adele e Shakira reacenderam o debate sobre os limites entre inspiração e cópia na música.

A cantora britânica enfrenta uma disputa judicial com o sambista Toninho Geraes, que a acusa de plagiar Mulheres em sua faixa Million Years Ago. Já Shakira é alvo de um processo dos compositores brasileiros Ruan Prado, Luana Matos e Calixto Afiune, que alegam semelhanças entre Bzrp Music Sessions vol. 5 e Tu tu tu, sucesso de Mariana Fagundes e Léo Santana.

Especialistas divergem sobre o tema. Para o produtor Rick Bonadio, a evolução da música dificulta distinguir originalidade de coincidência. Ele sugere que a regulamentação contemple inspirações declaradas com atribuição de créditos. Já o advogado Daniel Valle destaca que processos de plágio podem ser longos e caros, tornando acordos uma alternativa comum.

Casos icônicos, como o de Jorge Ben Jor contra Rod Stewart por Taj Mahal, mostram que a linha entre homenagem e cópia é tênue. Stewart admitiu a influência após anos de negação. Para muitos, o desafio está em provar a intenção por trás das similaridades, mantendo o equilíbrio entre criatividade e respeito aos direitos autorais.

INTIMIDADE VIRTUAL

Mulher se apaixona pelo ChatGPT

Uma estudante de enfermagem de 28 anos desenvolveu um relacionamento romântico e sexual com o ChatGPT, plataforma de inteligência artificial da OpenAI, customizando o assistente virtual para agir como seu namorado chamado Leo.

O caso ilustra uma tendência crescente: segundo Bryony Cole, especialista em tecnologia e sexualidade, "nos próximos dois anos, será completamente normal ter um relacionamento com uma IA".

A usuária gasta até 56 horas semanais conversando com o chatbot e paga US$ 200 mensais pela versão premium do serviço. E sim, eles fazem sexo – virtual, claro.

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FAMÍLIA

Qual o impacto do seu estilo parental no futuro do seu filho?

Vivemos a era dos estilos parentais com metáforas marcantes: do "tigre" ao "helicóptero", passando pelo "snowplow" e agora pelo popular "gentle parenting". Mas será que esses estilos realmente moldam o bem-estar e o futuro das crianças?

O gentle parenting promove compaixão e vínculo com os filhos, mas pode ser difícil de sustentar, com alguns pais relatando esgotamento emocional. Já o snowplow parenting, ao tentar eliminar obstáculos, pode minar a resiliência das crianças, enquanto o helicopter parenting leva à superproteção, prejudicando a independência.

Em contrapartida, o free-range parenting valoriza a autonomia infantil, mas exige equilíbrio para evitar excessos de liberdade. Por outro lado, o exigente tiger parenting é associado a altos níveis de estresse e ansiedade.

Uma alternativa de meio-termo é o lighthouse parenting, que combina apoio consistente e liberdade moderada, aproximando-se do eficaz estilo autoritativo. Pesquisas indicam que esse modelo favorece desempenho acadêmico, autoconfiança e regulação emocional.

Independentemente do rótulo, especialistas concordam: criar um ambiente seguro, emocionalmente acolhedor e equilibrado é a chave para fortalecer laços e preparar os filhos para os desafios da vida.

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