Segunda, 23 de junho.

Uma nova pesquisa do MIT acende o alerta: o uso excessivo de chatbots como o ChatGPT pode prejudicar o pensamento crítico, especialmente entre jovens. O estudo mostra que, embora prático, o uso contínuo da IA pode reduzir o engajamento cerebral e a originalidade. O debate sobre como usar essas ferramentas sem atrofiar nossas habilidades mentais está só começando.

E mais: estresse de Wall Street vira caso de saúde pública masculina em Nova York, Instagram tenta atrair a Geração Z, mas jovens já usam o app de outro jeito, sinais de que está na hora de pedir um aumento. Começando a semana com o Zat!

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IMPACTO COGNITIVO

Uso de IA pode enfraquecer pensamento crítico, mostra estudo do MIT

O uso de inteligência artificial (IA) para produzir textos pode comprometer o desenvolvimento do pensamento crítico, segundo um estudo do MIT Media Lab, laboratório do Massachusetts Institute of Technology.

Na pesquisa, 54 participantes, entre 18 e 39 anos, foram desafiados a escrever redações de 20 minutos sobre temas como ética na filantropia e os riscos de excesso de escolhas, baseados em propostas do SAT, exame de admissão universitária dos EUA.

Os voluntários foram divididos em três grupos: um utilizou o ChatGPT, outro fez buscas no Google e o terceiro contou apenas com o próprio raciocínio. Durante a atividade, sensores de EEG (eletroencefalograma) monitoraram 32 regiões do cérebro.

O grupo que usou IA apresentou os menores níveis de atividade cerebral, menos engajamento cognitivo e desempenho inferior tanto em termos linguísticos quanto comportamentais. Além disso, os textos se tornaram cada vez mais dependentes da IA, com pouca elaboração própria.

Por outro lado, quem usou apenas o cérebro demonstrou alta conectividade neural, maior criatividade e satisfação com o próprio trabalho. O grupo que utilizou o Google também manteve bons níveis de atividade cerebral e senso de autoria.

O estudo sugere que a automação cognitiva por IA pode gerar ganhos de eficiência no curto prazo, mas à custa de processos mentais essenciais para aprendizagem, memória e criatividade.

SAÚDE CORPORATIVA

Estresse de Wall Street vira caso de saúde pública masculina em Nova York

O crescente estresse no mercado financeiro está levando homens, especialmente de 20 a 40 anos, a buscarem fisioterapia pélvica em Nova York. Clínicas como a Pelvis NYC, especializada no tema, relatam aumento expressivo de pacientes com dores genitais, disfunção urinária e dificuldades sexuais.

Segundo dados da American Physical Therapy Association, há menos de 2.000 fisioterapeutas certificados para tratar disfunções pélvicas nos EUA, frente a 312.000 profissionais licenciados no país. O problema, antes associado majoritariamente às mulheres, começa a ganhar atenção no universo masculino, sobretudo entre profissionais de alta performance como traders, advogados e executivos.

Os sintomas estão ligados ao tensionamento crônico do assoalho pélvico, uma reação física ao estresse semelhante ao reflexo de luta ou fuga. O custo do tratamento pode chegar a US$ 400 por sessão, muitas vezes fora da cobertura dos planos de saúde.

REDES SOCIAIS

Instagram tenta atrair a Geração Z, mas jovens já usam o app de outro jeito

O Instagram quer reconquistar os jovens, mas a Geração Z tem outros planos. Apesar de ainda usarem o aplicativo, adolescentes e jovens adultos já não se interessam tanto pelo feed tradicional de fotos públicas. Em vez disso, usam a plataforma principalmente para conversar em grupos, espiar perfis, acompanhar tendências discretamente e assistir a vídeos — enquanto postam pouco ou quase nada.

Em resposta, a Meta lançou sua campanha mais cara até hoje, estrelando nomes como Rosalía e Tyler, the Creator, e está testando recursos que reduzam a pressão por engajamento. O desafio é grande: muitos veem o Instagram como um app de “millennial” e preferem o TikTok, que lidera entre os mais jovens, segundo dados do Pew Research e Piper Sandler.

Mesmo assim, o Instagram segue sendo um app de uso frequente — mais por hábito do que por entusiasmo.

Como disse uma jovem usuária, o Instagram virou “o app padrão”. A Geração Z não o abandonou, mas o reinventou: agora, é um espaço de presença silenciosa, mais útil para observar do que para se exibir.

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CARREIRA E SALÁRIO

Estes sinais mostram que está na hora de pedir um aumento

Você sente que está fazendo mais do que sua função exige, mas seu salário continua o mesmo? Talvez seja hora de considerar um aumento. Segundo a Forbes, há cinco sinais claros de que o momento chegou. O primeiro é o tempo de casa: se você está há mais de dois anos na empresa sem reajuste, isso pode indicar que sua remuneração está defasada. Outro sinal importante é o acúmulo de responsabilidades sem compensação financeira — assumir novas funções ou cobrir colegas que saíram, sem retorno no contracheque, exige atenção.

Também vale ficar de olho se você se tornou a única pessoa capaz de executar uma tarefa específica, especialmente se ela for estratégica para a equipe ou empresa. Isso aumenta seu valor e fortalece seu argumento. E, se os elogios dos líderes são frequentes, mas não vieram acompanhados de um aumento, vale transformar o reconhecimento em negociação.

A chave para aumentar as chances está em reunir evidências do seu impacto, manter o tom profissional e escolher o momento certo. Pedir um aumento não é insistência: é uma forma legítima de alinhar seu valor ao que você entrega.

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