Terça, 23 de setembro.

O Zat nasceu como um experimento para levar informação direta e leve às suas manhãs — e que experiência incrível tem sido! Mas as coisas evoluem: estamos passando por uma fase de reestruturação e repensando nossos próximos passos. A partir desta sexta, as edições diárias não serão mais enviadas, mas logo voltaremos com novidades. Obrigado por cada leitura, cada conversa e cada café compartilhado conosco. Seguimos juntos nessa missão de oferecer informação confiável e boa companhia para começar o dia.

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POLÍTICA

Senado se mobilizam contra PEC da Blindagem e texto perde força

A chamada PEC da Blindagem, aprovada na Câmara na semana passada, enfrenta forte resistência no Senado. Levantamento do Globo mostra que 51 dos 81 senadores já se declaram contrários à proposta, que precisa de 49 votos para ser promulgada. Apenas seis parlamentares se dizem favoráveis, enquanto o restante não informou posição.

Nos últimos dias, senadores antes indecisos anunciaram mudança de voto após protestos em todo o país e críticas à anistia implícita no texto. A senadora Ivete da Silveira (MDB-SC) e o ex-jogador Romário (PL-RJ) passaram a se opor à medida. Weverton (PDT-MA) e Beto Faro (PT-PA) também se alinharam ao bloco contrário seguindo orientações partidárias.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), encaminhou a PEC para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde a derrota parece ainda mais provável: 17 dos 27 integrantes já anunciaram voto contrário, ante apenas três a favor. O relator, Alessandro Vieira (MDB-SE), também é contra.

A proposta restabelece a necessidade de autorização do Congresso para que deputados e senadores respondam a processos criminais, além de prever votação secreta em caso de prisão em flagrante. Para críticos, a medida representa um retrocesso de mais de duas décadas e ameaça a responsabilização de parlamentares.

TRADUÇÃO EM TEMPO REAL

AirPods da Apple viram a tecnologia mais impactante da marca

A Apple pode ter no iPhone seu produto mais famoso, mas é nos fones de ouvido que está a inovação mais surpreendente do momento. Os novos AirPods Pro 3, lançados por cerca de R$ 2,7 mil, trazem tradução em tempo real com inteligência artificial — recurso que promete mudar a forma como pessoas de diferentes idiomas interagem.

Durante um teste do New York Times, a Siri traduziu instantaneamente uma conversa em espanhol para inglês, com precisão impressionante. Em apenas um segundo, a fala é captada e reproduzida no idioma escolhido, sem necessidade de aplicativos ou microfones extras. A tecnologia funciona nos AirPods Pro 3 e também em modelos anteriores com atualização de software, desde que pareados a iPhones recentes com o iOS 26.

Especialistas destacam que os modelos de linguagem avançados usados pela Apple tornam as traduções mais contextuais e naturais que as de apps tradicionais, como Google Translate.

A novidade recoloca a empresa na disputa da inteligência artificial. Para viajantes, imigrantes ou quem lida com diferentes idiomas no dia a dia, os AirPods prometem ser muito mais do que simples fones: um intérprete pessoal sempre à mão.

ENIGMA LITERÁRIO

O assalto de Pushkin intriga a Europa

Quase 200 primeiras edições de clássicos russos do século XIX sumiram de bibliotecas europeias entre 2022 e 2023. Obras de Alexander Pushkin, ícone nacional da Rússia, e de autores como Mikhail Lermontov e Nikolai Gogol foram substituídas por réplicas quase perfeitas, capazes de enganar até especialistas.

A trama envolve uma rede criminosa da Geórgia, ligada à família Tsirekidze e a cúmplices como Mikheil Zamtaradze, preso em Bruxelas com livros falsificados e passaportes forjados. O golpe mais ousado ocorreu na Universidade de Varsóvia, onde desapareceram 79 volumes, avaliados em quase US$ 1 milhão.

Entre investigadores, cresce a suspeita de que os furtos atendam a colecionadores secretos em Moscou — ou até a uma operação discreta de repatriação cultural. O destino dos volumes ainda é nebuloso, reforçando a sensação de que a literatura russa segue sendo peça de um xadrez geopolítico oculto.

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RELAÇÕES

Como os “divórcios grisalhos” afetam os filhos adultos

Separações na maturidade — conhecidas como divórcios grisalhos — estão em alta no mundo todo. Nos Estados Unidos, 36% dos divórcios envolvem pessoas com mais de 50 anos, e o fenômeno também cresce em países como Japão e Coreia do Sul. Viver mais tempo e a menor disposição para manter casamentos infelizes ajudam a explicar a tendência.

Mas os impactos vão além do casal. Pesquisas mostram que o divórcio tardio pode abalar profundamente os filhos adultos, que muitas vezes relatam surpresa, raiva e uma sensação de que “a base da família desapareceu”. Alguns questionam suas próprias relações amorosas ou rompem noivados após a separação dos pais.

Outro efeito frequente é a aproximação com a mãe e o distanciamento do pai, padrão que aumenta o risco de isolamento masculino. Pais recém-divorciados também podem buscar apoio emocional nos filhos, rompendo limites tradicionais.

Apesar das tensões, especialistas destacam que os laços podem se recompor após um tempo de adaptação à nova realidade. Grupos de apoio e diálogo aberto ajudam a lidar com a mudança. Para alguns filhos, o divórcio representa alívio: a chance de os pais viverem com mais liberdade e menos conflito.

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