Sexta, 24 de janeiro.

Entre "hi-touches", "fansigns" e encontros de despedida, os fãs de k-pop e k-dramas estão redefinindo o significado de proximidade. Pode ter certeza: alguns segundos com o ídolo valem ouro para muita gente.

E mais: o dilema do vício digital entre idosos, tem gente estudando o fenômeno doppelgänger, astronauta da Nasa fez a “melhor foto da história da Estação Espacial”. Sextou com o Zat!

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VIDA DE FÃ

Fãs pagam até R$ 2.650 por segundos ao lado de astros do k-pop e k-dramas

No Brasil, eventos como "hi-touch", "send off" e "fansign" trazem as estrelas sul-coreanas de k-pop e k-dramas para momentos breves com os fãs — e movimentam uma indústria que alia proximidade simbólica e altos custos.

O k-pop, abreviação de Korean Pop, é um fenômeno mundial: grupos como BTS e Blackpink misturam música, dança e produções impecáveis que conquistam multidões. Já os k-dramas são séries coreanas que encantam pela emoção, histórias cativantes e visuais cinematográficos.

No evento "hi-touch", o fã toca rapidamente a mão do artista em fila única, sem contato prolongado. Já no "send off", também chamado de "goodbye session", o astro se despede com acenos à distância enquanto os fãs passam pelo local. O cantor Kino, por exemplo, oferece pacotes que vão de R$ 170 por um "hi-touch" até R$ 1.290, incluindo outras vantagens.

Os "fanmeetings", comuns entre atores de k-dramas, combinam shows e interações. Junho, membro da boyband 2PM, chega ao Brasil em março com pacotes de até R$ 2.650. Uma foto individual custa R$ 700 e, por um "toca aqui", paga-se R$ 430.

Para o antropólogo Thiago Haruo Santos, do k-pop ao k-drama, a ideia é transformar a distância em laços simbólicos. "Essas interações criam uma relação platônica e de fidelização com os artistas, projetando-os como figuras idealizadas", explica.

Além da renda, essas práticas reforçam o vínculo emocional dos fãs com seus ídolos, transformando segundos de interação em memórias para toda a vida.

DESAFIOS E SOLUÇÕES

O dilema do vício digital entre idosos

Na era das conexões digitais, o vício em celulares e redes sociais não é exclusividade dos jovens. Cada vez mais idosos têm enfrentado esse desafio, como no caso da mãe de Ester, em São Paulo. Aos 74 anos, ela exibe comportamentos típicos de dependência: dormir com o celular, evitar interações e passar horas no Facebook e TikTok. A solução da família? Desligar o Wi-Fi e remover o chip do aparelho.

Pesquisas apontam que isolamento social, depressão e solidão tornam os mais velhos vulneráveis à nomofobia — o medo de ficar desconectado.

Apesar de as redes sociais oferecerem conexão e distração, o uso exagerado pode gerar ansiedade, dependência e até confusão mental, conhecida como hebefrenia. Para reverter esse quadro, especialistas recomendam atividades presenciais.

A CIÊNCIA EXPLICA

Você tem um sósia por aí?

Já imaginou ter um doppelgänger – alguém pelo mundo que é assustadoramente parecido com você? Pesquisadores descobriram que essas semelhanças não são apenas coincidências visuais: pessoas que se parecem podem compartilhar características genéticas, mesmo sem serem parentes.

O geneticista Manel Esteller, por exemplo, estudou sósias do projeto fotográfico “I’m not a look-alike!” e encontrou variantes genéticas responsáveis pela estrutura óssea e outros traços físicos explicam as semelhanças impressionantes entre pessoas que nem se conhecem. No entanto, suas personalidades não são iguais – como provou a psicóloga Nancy Segal, que comparou sósias a gêmeos idênticos.

Esteller acredita que essas descobertas podem avançar o diagnóstico precoce de doenças genéticas usando reconhecimento facial. Já Segal aponta que a busca por sósias, popular em plataformas como Reddit e Twinstrangers.net, revela nosso desejo por conexões.

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ZAT INDICA

Podcasts que são quase uma sessão de terapia

Se você está em busca de companhia para refletir sobre a vida e encontrar novas perspectivas, alguns podcasts são verdadeiras joias para o autoconhecimento. Eles misturam acolhimento, reflexões profundas e até boas risadas. Confira:

1. Vibes em Análise – Este podcast conduzido por André Alves e Lucas Liedke explora questões comportamentais e culturais de forma acessível, como se fosse uma análise compartilhada.

2. De Saída – A série de quatro episódios aborda o exagero do uso das redes sociais e outros aspectos da vida contemporânea, a partir do sumiço digital de Jout Jout, ex-youtuber que resolveu viver de modo mais analógico.

3. É Nóia Minha? – Camila Fremder transforma paranoias cotidianas em boas risadas, trazendo convidados que compartilham seus próprios pensamentos absurdos.

4. Para Dar Nome às Coisas – Natália Sousa cria um espaço intimista e acolhedor, como uma conversa de bar, onde reflexões sobre conquistas, tombos e erros inconfessáveis ganham vida.

5. Jornada da Calma – A jornalista Helena Galante entrevista convidados inspiradores que compartilham experiências que envolvem meditação, autoconhecimento e bem-estar.

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