Segunda, 24 de março.

Até 2030, cerca de dois terços da riqueza privada nos EUA estará nas mãos femininas – a maior transferência por gênero já registrada, conforme pesquisa da McKinsey. Confira nesta edição.

E mais: acenos de Lula à classe média desafiam esforços do BC contra a inflação, "Cidade no mar" protagoniza ataque dos EUA contra rebeldes Houthis, ter amigos no trabalho reduz o estresse, aponta pesquisa. Segundou com o Zat!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min43s

US$ 54 TRILHÕES

Mulheres controlarão dois terços da riqueza privada nos EUA até 2030

A próxima década marcará uma mudança substancial na distribuição global de capital. Aproximadamente 70% dos US$ 124 trilhões que compõem a maior transferência de riqueza geracional da história terá as mulheres como destinatárias, segundo análise do Bank of America Global Research.

Este movimento, projetado para ocorrer até 2048, destinará cerca de US$ 54 trilhões para cônjuges sobreviventes – grupo onde 95% são mulheres – através da "transferência horizontal de riqueza". Adicionalmente, US$ 47 trilhões serão direcionados a mulheres das gerações mais jovens como patrimônio herdado.

"As mulheres logo controlarão mais dinheiro do que nunca", indica relatório do Bank of America Institute. Esse cenário, somado ao avanço feminino em educação e carreira, coloca as mulheres em posição central para o crescimento econômico nas próximas décadas.

Especialistas destacam a importância do planejamento financeiro adequado com quatro estratégias principais: conversas financeiras abertas com beneficiários e consultores; conhecimento das implicações fiscais específicas de cada estado; consideração da maior longevidade feminina (em média seis anos a mais que os homens); e estratégias de investimento que equilibrem segurança e crescimento patrimonial.

CONTAS PÚBLICAS

Acenos de Lula à classe média desafiam esforços do BC contra a inflação

A liberação do FGTS, a criação de um novo consignado e mudanças no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) estão em análise no Congresso, mas essas medidas vêm gerando preocupações entre economistas. O pacote de benefícios proposto pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva busca beneficiar a classe média, mas pode entrar em conflito com os esforços do Banco Central (BC) para controlar a inflação.

A principal preocupação está nas alterações no IRPF, que podem gerar um grande impacto nas contas públicas a partir de 2026, quando as mudanças estiverem em vigor. Para economistas, essa flexibilização pode aumentar a pressão sobre o orçamento e agravar o cenário fiscal do país. Segundo o ministro da fazenda, Fernando Haddad, a proposta é neutra e, com a compensação adequada, não há prejuízo para as finanças estaduais e municipais.

Enquanto o governo busca apoiar o consumo e aliviar a carga tributária para a classe média, o BC se concentra na política monetária restritiva para manter a inflação sob controle. Este embate entre políticas fiscais e monetárias pode criar um cenário desafiador para a economia brasileira nos próximos anos.

DEFESA NAVAL

"Cidade no mar" protagoniza ataque dos EUA contra rebeldes Houthis

O porta-aviões USS Harry S. Truman é uma verdadeira cidade flutuante. Com 333 metros de comprimento e capacidade para 90 aeronaves e mais de 5 mil tripulantes, a embarcação conta com lojas, lavanderia, barbearia e até cafeteria para atender seus ocupantes.

Desde sua estreia em 1996, o navio participou de diversas operações militares, incluindo a resposta aos atentados de 11 de setembro e ataques contra o Estado Islâmico. Recentemente, foi deslocado para o Mar Vermelho para conter os ataques dos Houthis contra navios comerciais.

Movido a energia nuclear, o Truman atinge até 56 km/h e pode pesar 100 mil toneladas totalmente carregado. Seu impacto vai além da guerra: durante o furacão Katrina, em 2005, serviu como base de ajuda humanitária.

O USS Harry S. Truman não é apenas um porta-aviões – é um símbolo da presença militar dos EUA nos oceanos.

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CARREIRA

Ter amigos no trabalho reduz o estresse, aponta pesquisa

Ter no mínimo um amigo no ambiente de trabalho pode fazer toda a diferença para o bem-estar e a produtividade.

Um levantamento do Indeed Brasil revelou que 54% dos trabalhadores brasileiros possuem um melhor amigo no trabalho. Além disso, 52% relatam maior satisfação profissional e 57% dizem que a colaboração entre equipes melhora quando há amizade.

Segundo Lucas Rizzardo, diretor de vendas do Indeed Brasil, empresas podem estimular essas relações por meio de eventos internos, como almoços e happy hours. Ele destaca que trabalhadores mais felizes tendem a produzir mais e com maior qualidade.

Sobre amizades com chefes, Rizzardo alerta que a relação deve ter limites para evitar frustrações e conflitos profissionais. Ele também recomenda cautela ao abrir negócios com amigos, pois a dinâmica corporativa pode abalar relações pessoais.

Para quem quer se integrar melhor, a dica é simples: participar dos eventos, ser curioso e manter uma postura aberta ao diálogo.

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