Terça, 24 de setembro.

De tempos em tempos, aparecem novos métodos que prometem mais longevidade, bem-estar e saúde. Pois um artigo do The New York Times fez questão de retomar as sete orientações mais básicas, comprovadas e amplamente aceitas entre os especialistas no assunto. É aquela história: sabemos, mas nem por isso implementamos, por isso é sempre bom relembrar. Confira nesta edição.

E mais: como o aeroporto de Guarulhos virou rota de imigração clandestina, por que as japonesas estão abaixo do peso, greve no Tesouro Direto. Vamos nessa!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min53s

POLÍTICAS MIGRATÓRIAS

Como o aeroporto internacional de Guarulhos se tornou rota de migração clandestina

O Brasil concede visto para pouco mais de 90 nações, de um conjunto de 195, o que nos torna um dos países mais abertos do mundo para a entrada de estrangeiros. Porém, essa acessibilidade pode estar com seus dias contados.

Entre 2022 e 2023, o número médio de solicitações mensais de pedidos de refúgio no Brasil saltou de 230 para 775. No entanto, as autoridades descobriram que muitos dos solicitantes não pretendiam ficar aqui.

Eles usavam o país como escala, tendo como destino final os Estados Unidos ou Canadá.

Esses indivíduos, ao chegarem ao Brasil, entram com um pedido de refúgio, mas a investigação mostrou que apenas 1% dos refugiados aceitos entre janeiro de 2023 e agosto ainda estavam no país, o que indica que a maioria não tinha a intenção de permanecer aqui.

Essa movimentação gerou resposta da autoridades, que em 26 de agosto de 2024 endureceram as regras de controle, e embates com a Defensoria Pública da União (DPU), que tem recorrido à Justiça em defesa de migrantes.

Essas discussões entre segurança e direitos humanos devem se intensificar nos próximos meses, à medida que o governo tenta equilibrar a necessidade de controle com o compromisso humanitário de proteção aos refugiados. O futuro das políticas migratórias no Brasil parece estar em um ponto de inflexão, com o debate entre acessibilidade e segurança ganhando cada vez mais força.

AUTORA DE “NAÇÃO DOPAMINA”

O perigo do vício em trabalho e em redes sociais

A psiquiatra Anna Lembke é professora da Universidade de Stanford e autora de Nação Dopamina, livro que aborda como a abundância de estímulos na sociedade moderna afeta negativamente nosso bem-estar. “A superabundância é um fator estressor para o cérebro humano, porque nosso cérebro evoluiu para uma vida em escassez, e não abundância”, afirma a autora.

Em entrevista recente, Lembke destaca que a sociedade estigmatiza certas dependências, como de drogas ilegais, mas é tolerante com certos vícios, como as redes sociais e o trabalho excessivo. Ela lembra ainda que substâncias como o álcool e a nicotina são amplamente aceitas, apesar de também serem prejudiciais.

Ao destacar esses comportamentos, Lembke nos convida a refletir sobre como definimos os vícios que aceitamos ou condenamos, revelando as contradições em uma sociedade que muitas vezes ignora ou até premia comportamentos prejudiciais.

PRESSÃO ESTÉTICA

Por que as japonesas estão abaixo do peso

O Japão é o único país de alta renda no mundo com predomínio de mulheres abaixo do peso.

Uma pesquisa revelou que 20,7% das japonesas entre 20 e 29 anos têm um Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo de 18,5, o que está fora da faixa considerada saudável pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Especialistas alertam para os riscos de infertilidade, perda muscular e desnutrição.

Embora sucessivos governos japoneses tenham adotado algumas medidas para combater o problema, como oferecer orientação nutricional a estudantes, a pressão social e os padrões estéticos ainda influenciam fortemente as escolhas das mulheres.

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Os 7 pilares comprovados para a longevidade

A humanidade busca há milênios a fórmula para viver mais e com qualidade. Hoje, alguns tentam métodos como dormir em câmaras hiperbáricas, fazer crioterapia ou usar luz infravermelha. Mas a maioria dos especialistas em envelhecimento duvida que essas práticas realmente prolonguem a vida.

O que os cientistas defendem é que, com hábitos simples, muitos podem viver até os 80, 90 e até 100 anos, com boa saúde física e mental.

Aqui estão 7 dicas de especialistas endossadas por estudos recentes:

1. Movimente-se mais.
Manter o corpo ativo é a dica número um. Inúmeros estudos mostram que o exercício reduz o risco de morte precoce, protege contra doenças crônicas e fortalece os músculos. O ideal é escolher uma atividade que você goste e consiga manter.

2. Coma mais frutas e vegetais.
Não há uma dieta milagrosa, mas o consenso é claro: mais alimentos frescos e menos processados. A dieta mediterrânea, rica em vegetais, grãos integrais, peixe e azeite, é um bom exemplo, reduzindo o risco de doenças como diabetes e demência.

3. Durma bem.
O sono é fundamental para envelhecer com saúde. Dormir entre 7 e 9 horas por noite pode não só proteger o cérebro, mas também prolongar a vida.

4. Não fume e modere no álcool.
Fumar aumenta o risco de várias doenças fatais. E estudos indicam que beber em excesso também pode causar problemas cardíacos e diversos tipos de câncer.

5. Gerencie suas condições crônicas.
Doenças como hipertensão e colesterol alto afetam muitos adultos. Manter essas condições sob controle, com mudanças no estilo de vida e medicamentos, é essencial para viver mais e melhor.

6. Priorize suas relações.
A solidão pode ser tão prejudicial à saúde quanto fumar. Ter laços sociais fortes é crucial para o bem-estar e reduz o risco de doenças como AVC e demência.

7. Cultive uma mentalidade positiva.
Pesquisas mostram que pessoas otimistas tendem a viver de 5 a 15% mais do que as pessimistas, provavelmente porque adotam hábitos mais saudáveis e lidam melhor com os desafios da vida.

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