Quarta, 25 de junho.

Katie Tanner, recrutadora em Utah, viu mais de 1.200 currículos para uma única vaga em poucos dias: “É uma loucura”. A frustração é comum entre profissionais de RH, que agora gastam mais tempo peneirando aplicações semelhantes — muitas claramente geradas por IA, que anda bagunçando os processos de recrutamento. Confira nesta edição.

E mais: cirurgia plástica masculina ganha força, teste simples revela a idade real do seu cérebro, por que as pessoas traem: terapeutas apontam 5 motivos comuns. Vem com o Zat!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min53s

IA E MERCADO DE TRABALHO

Recrutadores enfrentam tsunami de currículos, fraudes e entrevistas "robóticas"

A inteligência artificial anda bagunçando o processo de recrutamento. Ferramentas como o ChatGPT permitem que candidatos adaptem seus currículos com base nas palavras-chave de uma vaga em segundos. Outros usam agentes autônomos pagos que localizam e se inscrevem automaticamente em oportunidades. Resultado? Um tsunami de candidaturas: só no LinkedIn, são 11 mil por minuto, segundo dados da plataforma.

Para lidar com o volume, empresas têm adotado entrevistas automatizadas por chat e vídeo, às vezes conduzidas por algoritmos. Plataformas como a HireVue avaliam candidatos com base em testes de habilidades e até jogos cognitivos. Mas a corrida é de dois lados: candidatos também usam IA para “trapacear” as entrevistas, criando um cenário de IA contra IA.

Outro problema emergente é o aumento de perfis falsos. Relatórios apontam um crescimento de identidades fictícias e até fraudes organizadas. A Gartner estima que, até 2028, um em cada quatro candidatos poderá não ser real.

Diante desse cenário, algumas empresas estão evitando publicar vagas e priorizando buscas ativas. O LinkedIn lançou ferramentas de triagem baseadas em IA e indicativos de compatibilidade de perfil para reduzir o número de candidaturas pouco relevantes.

Enquanto isso, cresce a pressão por regulamentações. A União Europeia já classifica o uso de IA em processos seletivos como atividade de alto risco. Nos EUA, o tema avança em legislações estaduais. No meio do caos, especialistas defendem um retorno à autenticidade. Mas até lá, o mercado de trabalho segue em terreno instável — e automatizado.

TENDÊNCIA GLOBAL

Cirurgia plástica masculina ganha força

A busca de homens por procedimentos estéticos cresce no mundo, impulsionada pela demanda por resultados naturais e discretos. Dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps) mostram que eles já representam 14,3% das cirurgias plásticas e 14,5% dos procedimentos não cirúrgicos realizados globalmente.

No Brasil — segundo país que mais realiza cirurgias plásticas, atrás dos EUA — os procedimentos mais procurados são blefaroplastia (pálpebras), ginecomastia (redução de mamas), lipoaspiração, rinoplastia e enxerto de gordura facial. No campo não cirúrgico, lideram botox, ácido hialurônico e bioestimuladores de colágeno.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a maior parte da demanda vem de homens entre 45 e 65 anos, preocupados em suavizar sinais do envelhecimento sem perder características masculinas.

SAÚDE E LONGEVIDADE

Teste simples revela a idade real do seu cérebro

A velocidade com que uma pessoa caminha pode ser um indicador surpreendentemente preciso da saúde do corpo e da mente. Pesquisas mostram que passos mais lentos estão associados a maior risco de doenças cardíacas, declínio cognitivo e até menor expectativa de vida. Em um estudo da Universidade Duke, pessoas de 45 anos com marcha mais lenta apresentaram sinais de envelhecimento cerebral — como menor volume do neocórtex — e saúde física mais frágil, incluindo força muscular reduzida.

Para testar a sua velocidade, basta medir 10 metros, caminhar essa distância e cronometrar. A média ideal varia com a idade, mas quedas abruptas no ritmo podem ser sinal de alerta. A boa notícia? Caminhadas regulares e exercícios progressivos podem ajudar a melhorar a velocidade — e, com ela, preservar o cérebro por mais tempo.

Segundo especialistas, andar é simples, mas mobiliza todos os sistemas do corpo. E quanto mais rápido, melhor.

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Por que as pessoas traem? Terapeutas apontam 5 motivos comuns

Uma das perguntas mais difíceis após o impacto de uma traição é: por quê? Segundo terapeutas de casais, embora a infidelidade muitas vezes pareça um ato egoísta ou impulsivo, suas causas podem ser mais profundas e complexas.

Entre os motivos mais comuns estão: a busca por validação (quando a traição serve para inflar o ego e amenizar inseguranças antigas), insatisfação sexual e o desejo de emoção, carência emocional (sentir-se ignorado ou não valorizado), medo da vulnerabilidade (sabotar o vínculo antes que ele se aprofunde) e, por fim, a traição como uma “saída fácil” de um relacionamento que a pessoa não tem coragem de terminar.

Entender essas razões não significa desculpar o comportamento, mas pode ajudar quem foi traído a encontrar clareza — e, quem sabe, um caminho de cura. Em alguns casos, sim, é possível reconstruir a confiança, desde que haja arrependimento, comprometimento e vontade de reparar os danos. Mas cada casal é único — e o “por quê” é apenas uma peça do quebra-cabeça.

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