Quarta, 25 de setembro.

Em 2014, eram 4,6 milhões de brasileiros trabalhando como MEIs, microempreendedores individuais. Em 2023, o número passou a ser de 15,7 milhões. A conhecida “pejotização” emergiu como uma consequência não intencional do programa, surgido em 2008 para estimular a formalização dos trabalhadores. Confira nesta edição.

E mais: Brasil atinge recorde de servidores públicos, data centers viram pesadelo para pessoas que moram próximas, por que o Telegram mudou a política de privacidade. Vamos lá!

🕑 Tempo de leitura da edição: 5min54s

EXPLOSÃO DE MEIs PELO PAÍS

Flexibilidade e pejotização transformam o empreendedorismo no Brasil

Nos últimos anos, o número de Microempreendedores Individuais (MEIs) no Brasil cresceu de maneira significativa, mais do que triplicando em relação a 2014. Três principais fatores explicam esse fenômeno:

1. Busca por flexibilidade e independência financeira: Cada vez mais brasileiros preferem empreender, fugindo da rigidez da CLT em busca de mais autonomia.

2. Pejotização: Muitas empresas e cargos públicos passaram a contratar serviços de profissionais como PJ por ser uma opção mais econômica.

3. Impacto da pandemia: O desemprego elevado levou muitas pessoas a buscar o empreendedorismo como alternativa.

Atualmente, 70% dos CNPJs ativos no Brasil pertencem a MEIs, o que representa um avanço considerável em relação a 2009, quando eles representavam apenas 8,4%.

Esse crescimento traz desafios, especialmente para a Previdência Social, já que a contribuição reduzida do MEI para o INSS pode gerar um déficit atuarial preocupante, estimado em R$ 1,4 trilhão no futuro.

Além disso, a pesquisa revela que 9% dos MEIs trabalham como cabeleireiros ou em atividades de tratamento de beleza, o maior segmento entre os microempreendedores individuais do país.

Márcio França, ministro do Empreendedorismo, reconhece a importância de aprimorar o programa para garantir que os MEIs continuem impulsionando a economia, contribuindo com cerca de 27% do PIB e viabilizando a inclusão econômica e previdenciária no país. O ministro também diz que, apesar das críticas, a figura do microempreendedor individual é indispensável para a economia brasileira.

REFLEXO DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Brasil sobe no ranking de servidores públicos

O Brasil atingiu um recorde de 12,65 milhões de servidores públicos no segundo trimestre de 2024, o que equivale a 13% de sua força de trabalho. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelas contratações nos municípios.

Nos estados e no governo federal, o número de funcionários se manteve estável.

Especialistas indicam que as eleições municipais e a necessidade de melhorar os serviços de educação e saúde contribuíram para esse crescimento. Além disso, o aumento de emendas parlamentares, conhecidas como "emendas Pix", também ajudou.

Embora o crescimento de servidores seja visto como uma resposta à demanda de serviços públicos, há preocupações sobre o controle de receitas e despesas, e discussões sobre a necessidade de uma reforma administrativa.

O PREÇO INVISÍVEL DA TECNOLOGIA

Data centers viram pesadelo para comunidades

Os data centers nos Estados Unidos são essenciais para manter o mundo digital em funcionamento, mas estão se tornando um pesadelo para quem vive nas proximidades.

Empresas como Amazon e Microsoft estão construindo grandes centros que ocupam quilômetros quadrados e produzem ruídos incessantes com ventiladores industriais.

Além do barulho, essas instalações consomem enormes quantidades de água e energia, o que impacta diretamente as contas domésticas.

Muitas comunidades só descobrem o impacto desses projetos quando já é tarde, já que acordos de confidencialidade impedem as autoridades de divulgarem informações.

Enquanto isso, grupos ambientais e moradores tentam resistir, mas enfrentam a pressão das gigantes da tecnologia, que miram um mercado de IA generativa avaliado em trilhões de dólares.

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PRÁTICA NOCIVA EM RELACIONAMENTOS

Como lidar com o “Pocketing”

Com o passar do tempo, o melhor acesso à informação, e um entendimento mais amplo das relações humanas, novas terminologias surgem para colocar luz sobre questões comuns.

É o caso do “pocketing”, prática que consiste em ocultar o(a) parceiro(a) da sociedade. Isso pode ser motivado por medo de compromisso, traumas, infidelidade, personalidade reservada, luto recente ou pressões sociais.

Veja 5 sinais de pocketing:

• Ausência nas redes sociais: O parceiro é ativo online, mas nunca posta fotos ou menções sobre a relação;

• Preferência por lugares pouco movimentados: Insiste em programas em casa ou escolhe locais discretos para encontros;

• Evita perguntas sobre círculo social: Desvia de questionamentos sobre família, amigos ou colegas de trabalho;

• Recusa encontros com família/amigos: Dá desculpas quando o parceiro sugere conhecer pessoas próximas;

• Negação do relacionamento: Apresenta o(a) parceiro(a) como amigo(a) ou conhecido(a).

Caso identifique uma ou mais dessas características no seu relacionamento, o melhor caminho é buscar o diálogo com seu parceiro.

A pessoa afetada pode sentir medo, nervosismo e insegurança. Nesses casos pode ser importante buscar ajuda profissional.

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