Quinta, 25 de setembro.

O Zat nasceu como um experimento para levar informação direta e leve às suas manhãs — e que experiência incrível tem sido! Mas as coisas evoluem: estamos passando por uma fase de reestruturação e repensando nossos próximos passos. A partir desta sexta, as edições diárias não serão mais enviadas, mas logo voltaremos com novidades. Obrigado por cada leitura, cada conversa e cada café compartilhado conosco. Seguimos juntos nessa missão de oferecer informação confiável e boa companhia para começar o dia.

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DESAFIOS ADOLESCENTES

O impacto da masculinidade tradicional na saúde mental e social de meninos

Em meio a discursos públicos sobre sensibilidade e igualdade, adolescentes do sexo masculino enfrentam um cenário contraditório: são incentivados a serem empáticos, mas continuam imersos em ambientes digitais que valorizam dominação, agressividade e misoginia. O resultado é preocupante — e documentado por dados.

Segundo o Instituto Promundo, 48% dos meninos já tiveram contato com conteúdo misógino online. A SaferNet aponta um crescimento de 58% nas denúncias de discurso de ódio contra mulheres em um único ano, com adolescentes como principais consumidores e replicadores.

Esse padrão de comportamento é incentivado por referências em redes sociais, pornografia e jogos, que reforçam estereótipos. Segundo a UNESCO, essa exposição precoce está ligada à normalização da violência de gênero.

E o impacto vai além: meninos são as maiores vítimas de suicídio e violência letal no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O problema não se resolve apenas com leis, segundo a juíza Vanessa Cavalieri, mas com mudança cultural e educação socioemocional nas escolas.

Iniciativas como grupos reflexivos e protocolos restaurativos têm mostrado resultados positivos.

A discussão sobre masculinidade e discurso de ódio entre adolescentes envolve disputas culturais e gerações diferentes. Pesquisadores alertam para a complexidade do tema e sugerem abordagens educativas, e não punitivas.

COMÉRCIO INTERNACIONAL

China abre mão do status de país em desenvolvimento na OMC

A China anunciou que deixará de reivindicar o tratamento especial concedido a países em desenvolvimento nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). A decisão, revelada pelo primeiro-ministro Li Qiang em Nova York, busca fortalecer o sistema multilateral em meio a tensões comerciais e guerras tarifárias.

O status de “país em desenvolvimento” garante prazos mais longos para implementar acordos e exceções a regras comerciais. Os Estados Unidos pressionavam há anos para que Pequim abrisse mão desse benefício, argumentando que a segunda maior economia do mundo já não se enquadra nessa categoria.

Autoridades chinesas destacaram que a medida é voluntária, não afeta acordos já firmados e não obriga outros países a seguir o mesmo caminho. Apesar da mudança, o governo afirma que a China continua sendo uma nação de renda média e parte do mundo em desenvolvimento.

A diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, elogiou a decisão, classificando-a como um passo importante para a reforma da entidade, que enfrenta perda de influência diante de políticas protecionistas. A medida pode abrir espaço para negociações mais equilibradas e maior acesso de produtos estrangeiros ao mercado chinês, embora detalhes práticos ainda não tenham sido divulgados.

SAÚDE

Fazer exercícios em microdoses funciona — mas exige intensidade

Se falta tempo para um treino de 30 minutos, pequenas doses de atividade física ao longo do dia podem trazer benefícios semelhantes.

Pesquisas mostram que dividir o treino em sessões curtas melhora a saúde cardiovascular, a pressão arterial e até ajuda a controlar o colesterol, desde que haja intensidade.

Estudos indicam que três blocos de dez minutos, cinco vezes por semana, podem equivaler a uma sessão única de 30 minutos. Até “snacks” de exercício — como três sprints de 20 segundos por dia, três vezes por semana — já mostraram ganhos no condicionamento aeróbico. A regra de ouro é simples: quanto menor a duração, maior o esforço.

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BEM-ESTAR

Como recuperar o vínculo com a natureza na vida adulta

A vida urbana, marcada por escritórios fechados, trânsito e telas, afasta milhões de adultos do contato diário com o verde. Esse distanciamento, chamado de “déficit de natureza” pelo escritor Richard Louv, não é um diagnóstico médico, mas tem efeitos reais: estudos ligam a falta de exposição ao sol, árvores e paisagens naturais ao aumento do estresse, da ansiedade, de distúrbios do sono e até de problemas cardiovasculares.

Especialistas defendem que pequenas pausas ao ar livre já ajudam a reequilibrar corpo e mente. Caminhar em parques, cuidar de plantas ou simplesmente abrir a janela para observar o verde melhora o humor, regula o sono e reduz a pressão arterial. Entre as práticas mais estudadas está o banho de floresta (shinrin-yoku), tradição japonesa que propõe caminhadas silenciosas e exercícios de respiração para despertar os sentidos. Pesquisas mostram que a atividade reduz o cortisol, fortalece a imunidade e pode até baixar a pressão.

Não é preciso morar perto de uma mata: quinze minutos em uma praça já trazem benefícios, e até ter vasos de planta em casa já faz diferença.

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