Segunda, 25 de novembro.

O Lark, aplicativo corporativo da gigante chinesa ByteDance, está chegando ao Brasil com a ambição de alcançar 500 mil usuários em 2025 e com foco nas pequenas e médias empresas. Desenvolvido para integrar comunicações, organização de tarefas, videoconferências e armazenamento de documentos em uma única plataforma, ele promete facilitar a rotina empresarial e otimizar processos. Será que vai fazer sucesso por aqui? Saiba mais nesta edição.

E mais: crise entre o Carrefour e o Mercosul, fluxo de imigrantes legais bate recorde, Pix via WhatsApp ganha reforço de inteligência artificial. Segundou com o Zat!

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APP CORPORATIVO

Com TikTok sob pressão, ByteDance expande presença no Brasil

Em meio à investigação do TikTok pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e risco de multas de até R$ 50 milhões por infração relacionada à coleta ilegal de dados de menores, a ByteDance, empresa chinesa dona do aplicativo, anuncia sua expansão no Brasil através do Lark, seu super aplicativo corporativo.

O Lark, que deve ultrapassar US$ 300 milhões em receita anual recorrente em 2024, chega ao país via parceria com a IEST, consultoria especializada em auxiliar empresas asiáticas no mercado brasileiro. O aplicativo integra funções de várias plataformas populares como Slack, Zoom e Microsoft Teams.

A ByteDance, avaliada em US$ 225 bilhões e considerada a empresa privada mais valiosa do mundo, registrou faturamento de US$ 73 bilhões no terceiro trimestre de 2024. Tian Bin, fundador da IEST, projeta alcançar 500 mil usuários no Brasil em 2025.

A estratégia inicial focará em empresas chinesas já estabelecidas no país, numa aparente movimentação para diversificar sua presença no mercado brasileiro em um momento crítico para sua principal plataforma.

BOICOTE E REAÇÃO

Carrefour suspende compras de carne de fornecedores do Mercosul

A decisão do Carrefour de suspender a venda de carnes do Mercosul em suas lojas na França gerou forte reação de entidades do agronegócio, indústria, serviços e do governo brasileiro.

O CEO global do grupo, Alexandre Bompard, anunciou a medida como resposta à pressão de sindicatos agrícolas franceses, afirmando que a carne do bloco sul-americano, que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, não atenderia ao mercado francês.

Entidades como CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP) e outras sugeriram suspender o fornecimento de carne ao Carrefour em todos os países, incluindo o Brasil.

O presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), Pedro Lupion, também defendeu boicote ao grupo no Brasil, pedindo respeito ao produtor rural brasileiro.

A Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SP) criticou a decisão do Carrefour, chamando-a de protecionista e destacando a sustentabilidade da pecuária brasileira, que inclui tecnologias de sequestro de carbono. A entidade lembrou que a Danone voltou atrás em decisão semelhante sobre soja brasileira após reconhecer sua produção sustentável.

O setor de serviços também aderiu à pressão. A Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo) convocou empresas de hotelaria e alimentação em São Paulo a boicotar o Carrefour até que a rede reverta sua posição, defendendo a qualidade da carne brasileira no mercado global.

MIGRAÇÃO RECORDE

Fluxo de imigrantes legais atinge máxima histórica em países desenvolvidos

O número de imigrantes legais que chegaram aos 38 países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) alcançou 6,5 milhões em 2023, um aumento de 6,6% em relação ao ano anterior.

O Reino Unido superou os Estados Unidos como principal destino, recebendo 750 mil imigrantes. Os pedidos de asilo também cresceram 30%, totalizando 2,7 milhões, com os EUA liderando com mais de 1 milhão de solicitações.

Economistas destacam que a imigração dos últimos dois anos contribuiu para a geração de empregos e redução da inflação nas economias desenvolvidas, apesar das tensões políticas geradas pelo tema.

O fenômeno tem dominado debates eleitorais e provocado reações adversas em parte do eleitorado contra governos estabelecidos.

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MENTE E EMOÇÕES

Como superar o pensamento “tudo ou nada”

O pensamento tudo ou nada, também conhecido como pensamento preto no branco ou dicotômico, é uma distorção cognitiva que leva as pessoas a enxergar situações em extremos, frequentemente usando termos absolutos como “nunca” ou “sempre”.

Esse padrão de pensamento é comum em quem sofre de ansiedade, depressão ou transtornos de pânico e costuma impactar negativamente o humor, reduzir a autoestima e a motivação e dificultar a gestão das emoções.

Quem pensa dessa forma tende a ver o mundo em absolutos, sem espaço para nuances. Por exemplo, uma única falha pode levar alguém a se considerar completamente incapaz, ignorando seus sucessos anteriores ou outros pontos fortes.

Confira algumas sugestões para, aos poucos, mudar esse padrão de pensamento:

• Reconheça os padrões negativos: perceba quando você começa a pensar em extremos.

• Reformule os pensamentos: questione os absolutos, buscando outras perspectivas. Pergunte-se se suas ideias são realistas ou muito rígidas.

• Pratique a atenção plena: concentre-se no momento presente sem julgamentos.

• Busque apoio: amigos de confiança e terapeutas podem ajudar com insights valiosos.

Superar o pensamento tudo ou nada exige prática, mas, ao reconhecer e reformular esses padrões, é possível desenvolver uma visão mais equilibrada e compassiva, promovendo maior bem-estar emocional.

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